Princesa da Neve.

Prólogo.


Ironicamente fazia sol em Arendelle. Elsa, em seu último mês de gestação, passeava tranquila pelos arredores de seu palácio de gelo, sendo observada de longe por Kristoff e Jack. Ela tentava ao máximo ignorar a presença dos dois ali, mas era meio difícil.

– Vocês querem parar de me vigiar, ou eu vou ter que mandar Marshmallow ir aí fazer com que parem? – ela disse em sua mais completa delicadeza.

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Os dois se entreolharam assustados e saíram assoviando.

Ela respirou aliviada e continuou a andar. A Rainha de Arendelle deslizava a mão por seu ventre dilatado, curtindo a experiência de se tornar mãe. O que ela mais desejava era ter seu bebê em seus braços, poder brincar com ele e – moderadamente – fazê-lo brincar com a neve. Agora que ela aprendera a controlar os seus poderes – e ainda contando com instintos maternais –, nada poderia fazê-la mais feliz. Sem dúvida, Jack foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida.

Enquanto um vislumbre de um sorriso brotava em sua face, algo como se fossem mil agulhas perfurando a sua barriga se deu. Ela abafou um gemido de dor e ignorou uma pontada forte em seu ventre. Nesta faze da gestação – segundo o médico do palácio –, era normal que ela sentisse pontadas.

– Au! – ela exclamou segurando a barriga.

Uma figura de estatura baixa apareceu em sua frente. Era Olaf.

– Amoras são lindas... – ele suspirou sorridente, se ela estivesse bem, teria rido. – Ah oi Elsa! Como vai? Por que essa cara amarrada?

Ela soltou um risinho.

– Nada Olaf, apenas uma dorzinha, nada de incrível. – o boneco de neve arregalou os olhos.

“Anna, Kristoff, Jack!” o pobre coitado boneco de neve que adora o verão saiu correndo em direção ao castelo de gelo.

Elsa até poderia ir atrás de Olaf e fazê-lo ficar calmo, mas as condições em que ela se encontrava eram muito precárias. Seu ventre latejava, seu bebê implorava para sair e para “arrebentar a boca do balão”, um líquido viscoso saia de dentro dela.

– Elsa, o que foi? – pergunta Jack, já ao seu lado.

– Parece que o bebê está nascendo. – ela respondeu num fio de voz.

Jack arregalou os olhos e pegou a esposa no colo, levando-a para a torre principal. Ele gritara por Anna, e logo saíra à procura do médico de Arendelle.

– Fique calma Els, Jack já, já chega com o médico. – dizia Anna, tentando manter a cama.

Os minutos que se seguiram foram de agonia geral. Elsa tentara congelar a Fada do Dente umas duas vezes, sempre que ela chegava perto. Quase quebrara a mão de Jack quando o mesmo segurou a dela.

Após vários e vários minutos de tensão, um chorinho curto é ouvido pelos arredores do castelo. A criança nascera.

– É uma menininha! – Anna disse feliz da vida. – Uma linda menininha.

Elsa segurou a sua filha, fruto de sua união de mais de seis anos com Jack. A menina tinha cabelos extremamente pálidos, mantinha os olhos fechados e a respiração regular. Para completar, ela tinha um perfeito rostinho de coração.

– É. Seu nome vai ser Ella... – a mãe sussurra o nome da filha, porém ela não abre os olhos.

– Ella... É o papai, acorda! – Jack sussurrou ao seu lado.

A garotinha abriu os olhos azuis e deu um curto risinho para os ali presentes, enchendo todos de uma súbita alegria. A Rainha do Gelo olhou para o Guardião e mostrou-lhe a língua, em um breve sinal de sua maturidade.

Um raio de luz cruza o céu, ele partira do cajado de Jack, cujo anunciava para todo o reino que a pequena herdeira nascera.

No mesmo instante, uma sombra negra aparece escurecendo todo o céu de Arendelle. Elsa entrega a pequena Ella para Anna, que a sustenta atrás de Kristoff e Swen. Um barulho de cavalo estronda o castelo de gelo. Das sombras, surge Breu, assustando a todos.

– Breu! – Fada empalideceu. – O que você faz aqui?

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– Quem é ele? – Elsa perguntou preocupada.

– Pelo visto estão dando uma festa e não me convidaram, não é? – ele ignorou todas as perguntas. – Rainha Elsa! Que prazer vê-la. Quanto tempo, não é, Guardiões?

Os músculos de Jack se retesaram.

– O que você quer aqui? – ele perguntou entre dentes.

– Oh! Meu caro Frost. Eu só queria ver a filha da rainha. – Breu responde com inocência fingida.

– Vá embora. – disse North, com toda a sua delicadeza.

– Por eu iria? – ele aproximou-se de Swen. – Me dê uma boa razão, North.

Elsa encontrava-se totalmente perdida. Em uma conexão de gelo – há muito descoberta por ela –, que permitia a ela entrar em contato com Jack através do pensamento, fez a seguinte pergunta:

“Quem é ele?”

Jack fez uma cara feia, mas respondeu:

“Ele é Breu, o bicho papão. Ele representa o mal em grande escala. Ele é malvado até demais e não gosta de nós, Guardiões. Tudo o que ele mais quer é que o mal triunfe e que as crianças esqueçam de nós. Resumi bem?”

Ela olhou para Jack e assentiu. Os olhos de ambos voltou-se para Breu, que sorria diabolicamente.

– É uma bela herdeira, não acha Jack? – Breu andou contornou Swen. – Será que ela tem o mesmo poder que vocês têm?

Breu parou de andar entre Kristoff e Anna. Sob o olhar atento de todos ali presentes, ele cria uma névoa que fez com que o grandalhão loiro desmaiasse.

– Kristoff! – Anna grita.

– Oh! Que peninha! – Breu ironiza.

Em um gesto rápido, o Bicho-papão captura Ella dos braços de sua tia e voa em seu cavalo alado. Sandman tenta acertá-lo com seus sonhos, mas já era demasiado tarde. A pequena Princesinha da Neve já havia sido levada por Breu.

– Ella! – Elsa grita frustradamente.