By my side

Capítulo 3


{Emma}

Não sei por quantas horas eu dormi, mas aquele sono realmente me fez bem. Por mais que eu lutasse contra a louca vontade de dormir por medo de não acordar mais pelas loucuras que Neal poderia cometer contra mim ou contra o meu filho. Ah.. O meu pequeno Henry, como eu sentia falta dele. Havia se passado algumas – não sei quantas – horas desde que esse maluco me seqüestrou. Sabia que o meu pequeno estava em boas mãos, sabia que August estaria cuidando dele.

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– Vejo que já acordou, novamente, querida. Você tem um sono pesado. – Novamente aquela voz me causando arrepios e medo. Como poderia existir pessoas desse nível?

– Poupe-me de seu joguinho de palavras, meu querido. – Ironizei. Vi que ele ria e mexia em algo nas mãos, levantei a cabeça para ver o que ele trazia consigo. Senti um frio na espinha quando percebi que era uma navalha. Logo, fiquei assustada tentando entender o que ele faria comigo.

– Meu amor.. Não seja tão má! Agora que nós começaremos a brincar. – Novamente ele ria. – Farei perguntas a você, a cada resposta que não me convencer.. – Ele falou passando a ponta da navalha na minha bochecha provocando um pequeno corte, acabei segurando o gemido de dor que provavelmente sairia da minha boca. –..Você levará um pequeno corte, no lugar que EU quiser. – Falou passando a mão nos meus seios e apertando bruscamente.

– NÃO! – Eu gritei. – Para com isso. – Eu tentava me soltar daquela mesa horrenda e fria. Eu já não conseguia mais segurar minhas lágrimas que molhavam todo o meu rosto indo para os meus cabelos, não conseguia falar mais nada, a voz faltava, eu sentia cede, fome, saudade do meu pequeno, tudo estava acumulado dentro de mim e claro, acima de tudo, raiva. Eu não podia conter a raiva que eu sentia daquele ser humano – se é que posso chamá-lo assim – que estava à minha frente.

– Está pronta, querida? – Ele falou descendo a mão que estava entre os meus seios para minha parte íntima adentrando minha calça ficando com a mão por cima da calcinha. Claro que eu estava seca, quem ficaria excitada em uma situação dessas? Só alguém que quisesse ser estuprado e violentado. – Amor, relaxe. – Ele começou a me acariciar, eu só conseguia virar o meu rosto para não ver a cara daquele desgraçado. Eu estava enojada, enraivada, irada, tinha vários ‘’adjetivos’’ que eu poderia citar nesse momento. Perguntava-me onde estaria meu filho, Graham ou August nesse momento?

– Então.. – Ele voltou a falar. – Acho que está pronta. Por que escondeu meu filho de mim?

– Por quê? Você ainda pergunta? – Falei com raiva e senti seus dedos sujos me penetrando a seco. Só conseguia gritar de dor. – Primeiramente, ele é MEU filho, – dei ênfase na palavra propositalmente. – segundamente, você me abandonou pra ficar com aquela puta de esquina. – Senti um forte tapa na minha cara, ele não parava de me estocar e voltou a pegar a navalha que estava na mesa ao lado da minha, levantando a minha blusa, passando por minha barriga fazendo vários cortes, alguns superficiais, outros nem tanto. – Terceiro, eu o criaria melhor sem um pai. – Depois de eu ter falado esta última frase, vi que os olhos dele ficaram vermelho de raiva, ele soltou a navalha da mesa novamente e apertou forte o meu pescoço fazendo com que eu ficasse sem ar. Claro que não era isso que ele queria ter ouvido de mim.

– Eu só não te mato porque tenho mais coisas interessantes para fazer com você. – Arrependi-me das palavras que usei quando o vi abrindo sua própria blusa, tirando-a e jogando-a longe. Ele desamarrou meus braços que estavam presos na altura da cintura e os amarrou na altura da minha cabeça. Começou a tirar minha calça, mesmo eu estando amarrada ele conseguiu tirá-la. Com minha blusa foi diferente, ele rasgou a regata branca que eu usava deixando meus seios cobertos pelo sutiã preto rendado. Ele retirou o cinto de sua calça, estava se preparando para tirar as duas últimas peças quando ouvimos batidas na porta. Ele olhou para mim um tanto preocupado com o que poderia ser.

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– Você fica aqui quietinha enquanto eu já volto, amor. – Ele falava sinicamente.

Suspirei querendo que fosse alguém para me resgatar.

[...]

{Narrador}

August entrou rapidamente na delegacia com o documento na mão. Ele havia conseguido o mandato provando que poderiam invadir a casa de Neal. Agradecia aos céus que aquela digital na mesa de Emma fora o bastante para o promotor entregar-lhe o mandato. Agora que tinha o documento em mãos, deveriam planejar algo porque sabiam muito bem que ele poderia ter escondido Emma em outro lugar. Graham deu ordem para que Archie, o analista de DVD’s, CD’s e especializado em computação, conseguisse algum outro endereço que Neal pudesse estar, trabalho, galpões abandonados, outras propriedades e claro sua própria casa.

– Bom, eu estive analisando o mapa e podemos excluir alguns lugares. – Archie falou apontando para a grande tela de computador. – Vários galpões abandonados estão sendo utilizados para alguma coisa, mesmo que são ditos ‘’abandonados’’ estão guardando maquinários velhos. E podemos excluir quatro dos sete que temos. Verifiquei o trabalho dele e a secretária disse que ele não aparece lá faz duas semanas. Vi também que ele não tem outras propriedades no nome, além do apartamento que ele paga aluguel.

– Ok.. E o que faremos agora? – Regina que estava junto, ajudando na investigação, caso a loira precisasse de um ombro quando a resgatassem. – Deixei Henry com Tinker, quero muito ir com vocês, claro que se não oferecer nenhum risco.

– Bom Regina, – August começou a falar – nós teremos que nos arriscar. No apartamento dele ele não colocaria ninguém, até porque é um local pequeno. Acho que ele não escolheria nenhum local muito longe de sua casa, nem muito perto para não dar nenhum tipo de pista.

– Então, eu apostaria nesse aqui. – Falou Regina colocando o dedo encima do local indicado por um círculo azul na tela, era o local que ficava no meio dos três galpões. Os demais que estavam na sala concordaram com a morena. – O que estamos esperando? – Falou apreensiva.

– Vamos nos arrumar. – Graham falou, a mulher assentiu e colocou o colete a prova de balas, luvas e um sapato confortável assim como os outros que iriam. Graham convocou cerca de quinze homens para a operação. Queria ter certeza de que Emma saísse sem se machucar gravemente e que Neal saísse com vida para que pudesse responder vários processos e ser condenado da maneira que deveria.

Após todos estarem prontos e em seus devidos carros, foram para o local combinado. Cada viatura foi por um caminho diferente para não dar nenhum tipo de pista. Chegaram ao local depois de quinze minutos. Graham, o chefe da operação foi na frente, seguido por alguns homens e Regina logo atrás de todos entraram no galpão. Havia inúmeras portas e muitos deles tinham janelas pretas de ferro que não dava para ver nada. Optaram por algumas salas que não tinha janela, talvez fosse onde Neal estava com Emma. Verificaram o local, havia cinco salas que não havia janelas.

Agora, todos estavam parados, lado a lado, alguns mais atrás. Observaram todo o local tentando encontrar algum vestígio. Encontraram pegadas que levava para apenas uma sala em específico, August mandou oito homens para o lado de fora do galpão caso Neal tentasse fugir. Os demais se aproximaram à porta, prontos para arrombar o lugar. Os homens contaram até cinco e arrombaram a porta. Graham e August entraram primeiro encontrando Neal em pânico com uma arma na mão e a outra havia uma navalha. August sentiu suas pernas tremerem ao ver Emma presa na mesa com apenas roupas íntimas e com sangue no rosto, barriga e pernas. A última coisa que ouviram naquela sala foi o sussurro de Emma chamando por socorro e um tiro que ecoou no lugar.