Heartbreak Girl

Problems With The Plan


Percy

Não consigo acreditar até agora. Isso porque eles eram só amigos... Isso estragou tudo, se ela ficar com... Com esse garoto, eu volto para a estaca zero! Quando eu tinha que ouvir o dia todo sobre o Luke, o conhecia até mais que ele mesmo de tanto que a Annabeth falava dele.

Domingo, o relógio marcava 14:37, em outubro, ao invés de eu sair e me divertir com meus amigos, eu estava deitado no quarto, cabeça enfiada no travesseiro, me lamentando e pensando no que vou fazer, agora que tudo que eu planejei foi por água abaixo.

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–Percy? – Minha mãe abriu a porta de meu quarto.

–Que foi? – Me virei para encará-la.

–O que aconteceu, filho? Você está entalado nesse quarto, e aposto que não se levanta da cama desde quando acordou – Ela entrou no quarto e se sentou na ponta da cama, e eu voltei a enterrar minha cabeça no travesseiro.

–Nada, mãe, absolutamente nada – Ouvi-a suspirar e hesitar antes de dizer:

–Você quer passar mais tempo com a mamãe? Um dia de mãe e filho?

–Não! Mãe, não – Fiz uma careta, tirando a cara do travesseiro – Isso é muito careta.

–Eu sou careta? Eu consigo ser moderninha, cara. Como é que vai aí, mano? – Ela disse numa imitação horrível do que deveria ser adolescência na época dela.

–Mãe! Não, é que é coisa de menina.

–Coisa de menina? Filho, você é gay? – Ela perguntou.

Não!­ – A respondi rapidamente, indignado.

–Você engravidou uma menina então? Foi isso? – Ela começou a chutar milhares de coisas.

–Não, mãe! Não é nada!

–Okay! Okay! Acredito em você. Mas se quiser desabafar, é só chamar – Ela passou a mão por meus cabelos – Eu te amo, Percy.

–Eu também, mãe – Sorri.

–Ah, eu lembro quando você era bebê e ninguém aguentava o cheiro do seu pum...

–Mãe! – A interrompi e ela riu.

–Sai desse quarto, vai ser bom para você – Ela aconselhou, deixando o quarto. E ela tinha razão. Eu precisava enfrentar minha difícil vida... Nem tão difícil... Whatever.

Levantei-me e andei até o banheiro. Olhei-me no espelho e percebi:

–Preciso de um banho – E eu o fiz.

Depois de um banho gelado e curto, parti para meu quarto e me troquei, pegando o celular logo depois. No visor, vi que Annabeth havia me mandado uma mensagem há cinco minutos. Abri-a sem delongas.

“To com saudade, cabeça de alga. Hum... Que tal a gente dar uma saída? Sei lá... passear pela cidade, alguma coisa.”

“Eu adoraria, também to com saudade, quando passo aí?”

“O mais rápido possível.”

(...)

–Oi! – Annie sorriu, abrindo a porta.

–Hey – A abracei.

–Tchau, mãe! – Annabeth gritou.

–Espera! Credo, Annabeth, fazia um tempão que o Percy não vinha aqui, preciso falar um “oi” para ele – Atena resmungou, andando pela casa até chegar na porta – Perseu, olá! – Atena sorriu.

Meu relacionamento com a Atena era um pouco diferente. Ela odeia meu pai, e eles já se conheciam antes de eu e Annie nos conhecermos, pois ambos trabalhavam para Zeus, que é irmão do meu pai, mas não é parente da Atena. No começo da minha amizade com Annabeth, Atena me detestava, e isso continuou até um dia em que eu tive que esperar a Annabeth, só estava eu e Atena na casa. Conversei com ela normalmente, e fui muito educado. A partir daí, ela passou a gostar de mim. Diferente de Atena, meu pai e minha mãe adoram Annabeth.

–Oi, Atena, como vai? – Pergunto.

–Bem, muito bem, e você?

–Estou bem.

–Tchau mãe – Annabeth me arrastou pelo braço até o carro.

–Tchau, tia Atena! – Acenei para ela e entrei no carro.

Virei meus olhos para Annabeth e sorri de canto.

–E aí... o que quer fazer? – Ela olhou para mim e sorriu, mas sem mostrar os dentes. Depois, fez uma cara de pensativa.

–Já sei! Central Park! – Ela disse como se isso fosse a coisa mais genial inventada no universo.

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–Okay, ao Central Park – Falei de um jeito engraçado, com a voz mais grossa, o que fez Annabeth rir. É incrível como sua risada é contagiante.

–Mas, então... Ficou em casa ontem? – Perguntou-me e eu respirei fundo.

–Ambos sabemos a resposta – A encarei e ela sorriu fraco.

–É... Você está tendo algo com a Bianca? – Annabeth me encarou assim que o sinal ficou vermelho, me obrigando indiretamente a olhá-la.

–Não – Olhei no fundo de seus olhos. Foi como se um choque se formasse só com o encontro de meus olhos verdes e seus olhos cinza. Tratei de desviar o olhar rapidamente.

A Bia vai ajudá-lo a esquecê-la, Jackson, pensei e preguei meus olhos no sinal verde, acelerando o carro novamente.

–Você e aquele cara... Vocês... – Comecei, mas Annabeth me interrompeu.

–Não, literalmente não – Ela arregalou os olhos em uma careta e eu soltei uma gargalhada – Por quê? – Nossa. Essa eu não sei. Porque, hã... eu sou apaixonado por você desde os 13 anos?

–Boa pergunta – Depois disso, o silêncio tomou conta do carro. Incrivelmente, esse silêncio não durou muito, porque depois de poucos minutos já estávamos no Central Park.

Eu e Annabeth descemos do carro, andando sem rumo pelo grande parque.

–Então... Como vai seu irmão? – Annie perguntou. Ah, fazia tempo que eu não falava do Tyson.

–Ele anda ligando bastante, está se divertindo lá na Austrália – Tyson estava fazendo intercambio.

–Quando ele volta mesmo?

–Dezembro – Sorri, lembrando-me de Tyson. Meu irmão é importante para mim.

–Que bom – Annie sorriu também – O que será que eles farão na festa de Halloween desse ano na escola?

–Não faço a mínima ideia.

–Tomara que seja algo mais criativo, mas do jeito que os representantes são preguiçosos... Não tenho certeza – Concordei com a cabeça.

–Anda falando com a Thalia? – Perguntei.

–Não muito, mas as vezes ela me liga ou eu ligo para ela. Calypso tem falado bastante comigo ultimamente.

–Ah, sim. Eu ando falando bastante com o Frank, porque o Leo vive no mundo da lua. Não sei o motivo.

–É, Calypso também, mas quando ela sai do mundinho dela, ela vira uma boa amiga – Annie riu. Eu sorri e levantei minha cabeça para observar o lugar. Turistas tirando fotos com as estatuas eram frequentes de se ver. Virei minha cabeça para todos os lados e prendi meus olhos em uma pessoa.

–Annie... A Thalia e aquele seu amigo são amigos? – Perguntei.

–Não que eu saiba... – Annie franziu a testa – Por quê?

–Eles dois estão bem ali – Apontei para onde eles estavam e Annie olhou naquela direção. E lá estavam os dois.

–Ai. Meu. Deus. Acha que devemos ouvir o que estão falando? – Annie perguntou.

–Isso não seria bisbilhotar? – Perguntei, fazendo uma careta.

–Sim, e daí? – Annie deu de ombros e fomos andando discretamente na direção dos dois. Eis o que ouvi:

–E... A Annabeth provavelmente vai estar na loja ao lado, e ele vai ver os dois. Entendeu cabeçudo? – Thalia explicava.

–Acho que sim. Mas o plano é deixar não só Annabeth com ciúme, mas Percy também. Como faremos isso? Digo, seu plano de unir os dois é genial, mas... – O garoto foi dizendo, mas não consegui terminar de ouvir, porque a Annabeth me puxou pelo braço para bem longe deles.

–Eu ouvi o que eu ouvi? FALSO! IDIOTA! – Annabeth começou a desabar em lágrimas.

E voltamos a estaca zero.

–Você gostava dele? – Perguntei abraçando-a.

–Percy, o Aaron é gay – Ela abafou uma risada e eu arregalei os olhos.

–Annie, você vai ficar bem, eu prometo – Dei-lhe um beijo na testa.

–Ah, eles me pagam. Precisamos acabar com o plano deles. Aqueles idiotas, egocêntricos, ah, eu odeio eles. Como odeio – Annabeth falava uma besteira atrás da outra. Ela virou-se de costas enquanto falava e ficava gesticulando. Aproximei-me dela.

–Annabeth! – Chamei a atenção dela.

–Que foi? – Ela virou-se para me encarar. Poucos centímetros nos separavam.