Give me Love

Casa de Praia.


Eu conseguia escutar o som das ondas batendo contra as pedras, e sentir o cheiro salgado do vento, ainda que meus olhos estivessem fechados eu conseguia criar em minha mente a imagem que o som e o cheiro invocavam. Aferrei-me mais ainda ao corpo masculino ao qual eu estava abraçada.

– Hora de acordar. – Escutei sua voz rouca sussurrar em meu ouvido.

– Eu não quero. – Confessei ainda sem abrir os olhos. Estava muito bom assim. Os sonhos que ele havia comentado. Os que antes pareciam tão distantes. Eram como agora, só que reais.

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– Tenho todo um dia programado. – Comentou roçando sua boca em meu cabelo. Pude senti-lo quando o fez, sempre fui muito curiosa e não pude evitar abri os olhos e finalmente encara-lo.

– Como o que?

– Vamos caminhar na praia. – Sussurrou.

– Eu estou na cama com Oliver Queen desnudo. – Erguei uma sobrancelha. – Você vai precisar fazer algo melhor que isso.

– Despidos. – Acrescentou inclinando minha cabeça para poder morder meu pescoço, pequenos arrepios se estendeu pelo meu corpo, quando eu me cansaria disso? A resposta poderia ser perigosamente nunca.

– Essa é uma boa ideia. – Sorri. – Mas ouvi dizer que tem crianças nas praias. – Comentei, mas sua atenção já não estava na conversa, seus lábios desciam pelo pescoço roçando a barra do lençol no qual eu estava enrolada, seus olhos levantaram-se até os meus antes de puxar lentamente o lençol para baixo, quando seus lábios seguiram o mesmo trajeto qualquer ideia de sair do quarto foi deixada para trás pelas seguintes horas.

– Ok. Estamos caminhando na praia. – Falei andando ao seu lado, levei uma porção de sorvete a boca. – Confesso que ainda queria estar no quarto. – Falei em tom baixo, seus olhos brilharam enquanto seus lábios estiam-se em um sorriso, era como ele havia dito, ele estava feliz, e o fato de eu fazer parte disso não poderia provocar outra coisa senão felicidade em mim.

– Insaciável. – Meneou a cabeça fingindo recriminar, ergui-me nas pontas dos pés e o beijei provando que ele estava certo, quando nossas línguas frias entraram em contatos ironicamente tudo o que provocou foi calor. Quando nos afastamos quase pedi voltássemos para a casa novamente, mas eu daria o que ele queria hoje, Oliver queria um dia como outro qualquer, ele queria algo simples, a gente podia ficar trancados o dia inteiro nos amando, mas eu duvido que ele já tenha andado ao lado de alguém apenas observando o movimento, ele supostamente deveria odiar, mas curiosamente seus olhos observavam a tranquilidade do mar, a absorvendo para si. E este foi o nosso dia, passamos um tempo na praia, tomamos banho de mar e almoçamos, voltamos apenas para tirar a areia dos nossos corpos em um banho (felizmente para mim) dividido, quando estamos vestidos sentamos na areia da praia quase vazia, o frio da noite já chegando, e com a cabeça encostada em seu ombro observamos o por do sol.

Era momentos como esse que fazia tudo pelo o que havíamos passado ter valido a pena.

– Sabe... – O encarei não conseguindo esconder meu sorriso. – Eu também estou feliz.