Me apaixonei pelo seu sorriso...

2º temp. " Prioridade "


Seu abraço, seu corpo, seu beijo, seu tudo. Seus olhos, a melhor coisa que eu encontrava ao acordar. Sua boca, o gosto mais gostoso de todos os gostos do universo. Sua pele a coisa mais intensa e macia que eu tocara. Seu perfume, mesmo que suado era a melhor fragrância do galáxia. E seus braços, o lugar onde eu me sentia mais segura... O sol de final de tarde sombreava sobre nossos corpos parados em frente a janela, seus braços me envolviam por inteira e seu rosto se escondia em meu pescoço, meus cabelos caiam sobre meu rosto encostado ao seu peito, meus braços apertavam sua cintura.

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Estávamos perfeitamente colados como se houvesse uma saudade do tamanho do mundo e isso já fazia mais de vinte minutos:

_ Juro que nunca vou deixar alguém te machucar... - sua voz estava rouca. Abri os olhos que estavam fechados e suguei seu cheiro que eu amava.

_ Eu sei... - respondi levantando minha cabeça e segurando seu rosto com as duas mãos. Seus olhos estavam vermelhos e os meus provavelmente também.

_ Você e a coisa mais preciosa da minha vida! - falou encarando meus olhos que agora não choravam de tristeza e sim de emoção. Sorri de tão feliz com suas palavras e puxei seu rosto para o meu. Seus lábios eram as coisas mais deliciosas do mundo e seu beijo a coisa mais perfeita do planeta. A porta se abriu e afastamos nossas bocas.

_ Foi mal. Mais é que a mamãe quer falar com você. - disse Gabi se referindo ao ruivo que assentiu, beijou minha testa e saiu.

_ É sobre a suspensão? - perguntei para a garota que agora sentava sobre a cama.

_ A diretora ligou e explicou as coisas, mais sabe como ela é. Quer ouvir dos filhos! - a garota respondeu meio irônica e depois se deitou sobre a cama.

Sorri com tamanha tranquilidade e felicidade que a garota esboçava e fui para o banheiro tomar um banho. Um banho quente tiraria as impurezas de hoje do meu corpo, voltei para o quarto enrolada em uma toalha e encarei a cama vazia. Vesti uma roupa simples e amarrei os cabelos em um rabo de cavalo, peguei meu celular e desci. Dizem que braços de mãe é o melhor lugar para deixar suas mágoas. E talvez seja verdade. Quando fui recebida pelo abraço de minha mãe que chorava triste, eu senti como se o melhor lugar do mundo fosse ali, nos seus braços frágeis e aconchegantes.

_ Eu vou processar esse garoto. - ouvi meu pai dizer e depois o senti beijando o topo de minha cabeça.

_ Não pode. Ele ainda é menor de idade. - o ruivo respondeu encostado ao sofá.

_ Então os pais deles vão pagar por isso. - meu pai estava realmente irritado. Minha mãe me soltou limpando as lágrimas e recebi abraços do meu tio e minha tia.

_ Pai, o conselho tutelar já está cuidando disso. Não devemos julgar os pais dele, eles não têm culpa de colocarem um monstro no mundo. - falei o abraçando e senti sua respiração acelerada.

_ Tudo bem, minha pequena. - ele disse esmagando meus ossos.

***

Um fato importante por não precisar ia ao colégio: Você pode ficar acordado até tarde e fazer algumas bobagens, como assistir filmes de terror com seu namorado nada amável.

_ PUF! Odeio sangue. – reclamei ao ver a cena macabra do filme. Era exatamente meia noite.

_ Então se eu fosse um vampiro você não namoraria comigo? – perguntou o ruivo com os olhos atentos na TV.

_ Primeiro se você fosse um vampiro, você ia querer me morder e eu viraria uma vampira então meu ódio por sangue deixaria de existir e segundo que vampiros não existem. – respondi de braços cruzados, sentada ao sofá e ele sorriu.

_ Odeio meninas mimadas... – sua voz era num tom irônico e fuzilei-o com os olhos. Ah, se eles tivessem o poder.

_ Quem é mimada aqui, senhor Castiel?! – perguntei num tom irritado e o vi sorrindo debochado.

_ Ninguém, meu amor... – respondeu tentando se aproximar. O empurrei e bati forte com uma almofada em seu rosto.

_ Idiota! –bufei e ele riu.

***

ROSA:

Passei a mão pela ultima vez sobre meu vestido preto e me encarei no espelho dando um leve suspiro. Calcei minhas sapatilhas e retoquei o batom vermelho, não esquecia nunca de colocar o colar que ganhei do Victor. “Um floco de gelo para a linda garota que descongelou meu coração” essas foram às palavras dele quando me entregou o colar com pingente de floco de gelo. Passei perfume e me encarei novamente na frente do espelho e sorri ao ver o que refletia no espelho.

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_ Vou dormir aqui todos os dias só para te ver assim... – ele dizia enquanto eu encarava-o pelo reflexo do espelho e continuava sorrindo.

_ Minha cama adorará isso, ela já está mal acostumada contigo. – respondi o vendo se aproximar e me abraçar por trás.

_ E a dona dela também! – ele disse convencido, afastou meu cabelo e beijou meu pescoço. Não provoca em plena 07h10min da manhã, Victor.

Ele se soltou do meu corpo e caminhou até a porta:

_ Vamos. Ou vou me atrasar para faculdade. – ele disse sumindo no corredor e revirei os olhos.

Era sempre assim. Nossos encontros passaram a ser rápidos e de vez em quando. Quando ele dormia aqui e me levava para o colégio feito um jato ou quando a faculdade terminava mais cedo. Não era assim antes. Peguei minha bolsa e meu celular e sai.

_ Vai chegar o momento em que terei que marcar a hora para ver meu namorado. – resmunguei já dentro de seu carro.

Seus olhos me encararam confusos e revirei os meus, irritada:

_ Os momentos que te vejo são quando dorme aqui, o que é muito raro, ou quando você sai mais cedo da aula e nos finais de semana que você não vai sair com sua galera. – falei irritada e dei ênfase no “sua galera”.

_ Não é bem assim... – ele disse dando partida no carro.

_ Ah não?! E como é?! – perguntei irônica.

_ Só temos vidas diferentes e isso dificulta um pouco as coisas, mas nada de exagerado. – respondeu com a maior calma do mundo.

_ Ah claro. Sua vida é tão corrida que me sinto até culpada em querer que perca seu tempo comigo. – continuei sendo ainda mais irônica.

Ouvi seu suspiro e depois simplesmente ele desligou. Percebi que já estávamos em frente ao meu colégio:

_ Não dificulta mais, por favor. A gente conversa sobre isso melhor mais tarde, eu prometo! – ele disse tocando minha perna. Tirei sua mão da mesma e mordi os lábios, irritada.

_ Para Jenny você sempre tinha tempo... – falei sem encara-lo.

_ Eu não estava na faculdade quando a conheci. – respondeu.

_ Mais aposto que se fosse agora, você não a largaria pra ficar com sua galera da faculdade, ou muito menos a viria tão pouco. – rebati e ouvi seu suspiro cansado.

_ Quer dizer que eu ainda gosto da Jenny? – perguntou meio ofendido.

_ Com certeza. – respondi.

Ouvi seu suspiro irritado:

_Estou atrasado. A gente conversa sobre isso mais tarde! – ele disse e sorri sarcástica.

_ Não tem mais tarde. Se não sou prioridade na sua vida, eu prefiro não fazer parte dela. – falei irritada e abri a porta do carro. _ Aproveite sua vida, eu estou fora! – conclui saindo do mesmo e batendo a porta.

Olhos não me falhem agora. Segurava as lagrimas e passava as mãos pelo cabelo. Meus olhos lentamente encontraram os deles ainda me encarando decepcionado. Suspirei e adentrei os portões velhos de minha vida completamente diferente da dele.