Coração de Soldado

Capitulo 14 - Preparativos


– Leon, esse tipo de brincadeira não tem graça - digo irritada. No fundo eu sabia que era verdade, mas tentava não acreditar.
– Violetta, não é uma brincadeira. Isso é serio. Com xxxx e xxxx em guerra o exercito precisa de pacificadores - diz firme.
– Não pode estar acontecendo tudo denovo. Leon você não pode... não pode me deixar aqui. Não faça isso comigo, não me deixe - digo começando a chorar.
– Eu sinto muito - diz se aproximando.
– Você não entende - digo balançando a cabeça - Você volta, muda toda a minha vida, diz que vai ficar. Ai quando eu tenho a certeza de te amar, no momento em que eu me apego tão fortemente a você, eles te chamam - digo me exaltando.
– Você é que não entende, Violetta - diz alto - eu não tenho escolha. Acha que eu quero ir? Acha que quero ver pessoas mortas e feridas? Acha que eu quero me afastar de minha familia e de meus amigos? E o mais importante: acha que quero me afastar de você? - nessa ultima parte ele ficou com voz chorosa, e com os olhos lacrimejando - Eu te amo, Vilu. Não suporto a ideia de ter de ficar longe de você e do teu amor, porque por incrivel que pareça, é quando estou com você que eu consigo me sentir seguro - começa a chorar - olha o que você fez: eu to chorando - diz sem acreditar, e sorrindo um pouco, eu ri entre lagrimas. Eu me assustei também, depois que ele voltou estava muito frio, achava que nunca o veria chorar.
Acho que ao mesmo tempo nos corremos um pro outro e ficamos ali, no meio da sala, abraçados, tentando consolar um ao outro. Ele passando a mão em minha cabeça carinhosamente e eu descendo e subindo as mãos em suas costas as vezes fazendo cafuné em seus cabelos.
– Eu te amo - diz com toda a ternura.
– Eu te amo - digo - quando você vai?
– queriam me levar hoje, mas eu consegui ficar até depois de amanhã - diz com medo de minha reação.
– vão ser tempos dificeis.
– Vão - pronuncia calmamente.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Pov's Leon

Eu e Vilu fomos ao parque para o pequinique. Apesar de estarmos tristes eu precisava me despedir de todos.
Chegando lá o pequinique foi em clima de despedida. Para cada um eu dei uma instrução para tornar aquele tempo mais facil para Violetta.
Fran, Cami e Naty: tentarão todos os dias ir a casa de Vilu lhe fazer compania.
Maxi e Broadway: afastar qualquer engraçadinho que a maltrate ou que tente alguma coisa (se é que vocês me entendem).
André: sempre que Vilu estiver triste ele deve ficar perto (estranho mais eu sei que se ele esriver perto, alguma bestera ele vai falar, fazendo-a rir kkkk)
Marco e Diego: serão os melhores amigos, os mais proximos dela, e providenciarão tudo o que precisar.
Amanhã eu queria passar o dia todo com Violetta, focalizar-me somente nela e em nosso tempo juntos.
Por fim, dei um abraço e um beijo (só nas meninas kkk) em cada. As meninas tentavam não chorar e os garotos me olhavam tristemente.
Cami: - Volta logo, Leon.
Naty: - Toma cuidado.
Fran: - Amigo, por favor se cuida e volta assim que puder, você faz muita falta - deixa uma lagrima escorrer e eu a limpo.
– Eu volto - digo me segurando.
Maxi: - Valew por tudo, cara.
Broadway: - Volta logo, se não eu volto pro Brasil, porque desanima sem você kkk
André: - cara, não vai - diz me abraçando forte e chorando.
– Eu tenho que ir - digo dando tapinhas em suas costas e ele se afasta.
Marco: - acaba com isso e volta logo.
Diego: - sei que tivemos nossas diferenças mas ja passou. Amigo, volta logo.
– Vocês dois cuidam da banda, juntos. Façam-na crescer - digo a Diego e Marco. Então falo pra todos - Eu nunca pensei que iria dizer isso mas vou sentir falta de vocês. - sorrio.
Todos me abraçam num grupo então eu vou.
Chego aonde Vilu estava com Laura. Estava de costas, segurando o corrimão do carrinho, olhando para o começo do por do sol. Ela me deixou despedir deles e não quis ver, provavelmente não querendo chorar.
– Vamos, Vilu - digo pegando sua mão. Ela se assusta com minha chegada mas logo me acompanha silenciosamente triste.
Deixei-a em casa pois precisava resolver algumas coisas. Prometi que no dia seguinte fariamos o que ela quisesse e meu tempo seria só pra ela.
Depois de resolver tudo o que precisava eu voltei pra casa.
No jantar, meus pais estavam se segurando para não chorar, tentando me animar, mas de nada adiantou. Eu só sei que enquanto eu via Laura engatinhando pelo tapete de seu quarto, eu imaginava quanto tempo eu ficaria fora, sem ve-la crescer, sem ver meus amigos se tornarem homens e mulheres famosos na música e na dança, sem ver Violetta sorrindo e vivendo sua vida ou quem sabe NOSSA vida, e saber que estava tudo bem...
– Podemos entrar? - pergunta meu pai, parado na porta do quarto de Laura.
– Claro - digo entregando um brinquedo (que eu nem sabia o que era) para Laura - precisam de alguma coisa?
– Não, queriamos conversar - diz minha mãe se aproximando - como você esta?
– Mal. Violetta não gostou nem um pouco. Tenho medo de deixa-la sozinha e algo acontecer - respondo tirando o brinquedo da boca de Laura.
– Vai dar tudo certo, rapaz. Quando ver, estará de volta com ela - diz meu pai tentando me animar.
– Eu sei...
– Sabe que te amamos, meu filho. Logo estaremos reunidos denovo como familia. Aguenta firme, querido - diz minha mãe.
– Eu amo vocês - digo beijando sua bochecha, então peguei Laura e dei-lhe um beijo Laura.
– Nós também te amamos - diz meu pai. E todos nos abraçamos, ali eu senti muito amor por minha familia, e senti medo de não re-velos.
Quando eu pensava que em dois dias estaria atravessando o oceano para a guerra, me dava calafrio.
Naquela noite eu não dormi, tudo me assustava: essa mudança brusca de me afastar dos meus amigos, familia e Violetta; pensar em estar na guerra; receio de meus traumas piorarem....a propria guerra me dava fazia arrepiar por completo. Por isso aproveitei o tempo para arrumar minha mala e escrever uma carta pra Vilu. Essa carta eu guardei na gaveta da cabeceira da minha cama, não sei porque mais sabia que um dia em que Vilu precisasse ser consolada ela encontraria essa carta.
No dia seguinte me levantei as 7 da manhã. Tomei banho e fui buscar Violetta.
– Bom dia senhor German - digo estendendo a mão.
– Bom dia, Leon - diz e me surpreende ao me abraçar - sinto muito por ter de ir.
– Eu também, mas o país me chama - respondo - onde esta Vilu?
– Acho que esta falando com Angie. Ela não conseguiu dormir então ficou a noite inteira conversando com Angie.
– Que dó da minha Vilu - respondo. Antes que German pudesse responder, a porta do quarto de Vilu se abriu aprupitamente e ela saiu rapidamente se inclinando sobre o corrimão.
– Leon!!!!! - fala animadamente e desce as escadas correndo enquanto eu vou ao seu encontro - Achei que não viria - diz me abraçando.
– Claro que eu viria, Vilu - respondo.
German se foi e disse que estaria no aeroporto no dia seguinte para se despedir.
Na saida, Vilu esperou que eu subisse na moto.
– Você vai guiar-la hoje - digo.
– porque? - pergunta.
– Ela vai ficar com você - digo sorrindo.
– o que? - diz incredula - eu não sei dirigir.
– Eu te ensino. Se tiver alguma emergencia ela será bem util. Só para emergencias, Vilu - respondo - vem, sobe.
– E agora? - pergunta quando ja estamos em cima da moto. Ela segurava o guidão e eu estava na garupa, tambem segurando o guidão para ajuda-la a guiar.
Fui ensinando-a calmamente e ela prestou muita atenção. Logo nos saimos pelas ruas com ela dirigindo. Em um certo ponto começou a se arriscar mais ja acelerando.
Eu sorri, minha Vilu que era tão dependente dos outros quando nos conhecemos estava se tornando independente, isso a ajudará enquanto eu estiver fora....

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!