Capítulo 10

Na quinta feira Jason revolveu que era hora do número um. Fomos até uma escola de paraquedismo, ou sei lá como se chama, e fomos instruídos até a hora do salto. Teria sido algo extremamente legal se Jason não tivesse dado em cima da instrutora que correspondeu e saiu com ele na mesma noite.

...

Sexta Feira

Estamos voltando para casa.

Estamos na metade do caminho, isso quer dizer que ainda faltam duas horas.

– Princesa, que tal uma parada ?

– Pode ser.

Paramos em um posto na estrada e Jason sussurra em meu ouvido antes que nós entremos na loja de conveniência.

– Número dois.

Nós entramos na loja e vejo um senhor de mais ou menos 50 anos atrás do balcão ele sorri para nós. A loja é cheia de todo o tipo de variedade de coisas, desde flores até bebidas alcoólicas. Jason anda pela loja como alguém que procura algo e eu vou até o balcão olhar alguns livros em exposição.

– São livros muito bons - diz o senhor olhando para mim e sorrindo - sou Earl.

– Lizzi - sorrio de volta - por que estão aqui ?

– Para qualquer um que queria levar e ler.

– Ah, eu posso...?

– Claro.

Olho os título e acabo com um exemplar do Conde De Monte Cristo.

– Desculpe a pergunta, mas vocês estão juntos ? - ele aponta para Jason.

– Ah sim, estamos sim.

– Entendo - ele faz uma pausa - só um conselho de um velho bobo: acho que uma garota doce como você deveria tomar cuidado com... bom, com pessoas como ele.

– Ah sim, pode deixar - sorrio para Earl e Jason aparece ao meu lado.

– Aqui - ele diz colocando dois pacotes de cheetos e duas latas de refrigerante em cima do balcão.

Earl passa tudo e Jason paga a conta.

– Foi um prazer, Lizzi - ele diz sorrindo.

– O prazer foi meu, Earl - sorrio de volta e entro no carro.

Dentro do carro Jason joga as coisas em cima de mim.

– Seu pai nunca te ensinou a não conversar com estranhos ?

– Pensei que você tinha entrado lá para roubar.

– Eu roubei - ele sorri triunfante.

– E o que foi ?

Jason abre a jaqueta e tira uma rosa vermelha de lá.

– Pra você.

Pego a rosa.

– Obrigada! - faço uma pausa - Mas você entrou lá para roubar uma rosa ?

– Ah, não estraga o momento! - ele ri e eu também.

Jason dá partida no carro e nós voltamos para a estrada.

...

Nós paramos na frente da minha casa.

– Como está a lista?

Entrego o papel para ele.

01-Pular de pára-quedas

02-Roubar uma loja sem ser notado

03-Entrar de penetra em uma festa importante

04-Nadar pelado no mar

05-Pular de um trem

06-Criar uma cena em publico

07-Roubar um carro de luxo

08-Arrumar uma briga com uma pessoa famosa

09-Ir a um baile de escola

10-Tocar algum instrumento

–Acho que é hora do número nove - estico o pescoço parar ver o que é o número nove.

– Você nunca foi em um baile ?

– Não, eu não era bem um exemplo de aluno no ensino médio.

– Entendi.

– Então, amanhã a noite vai ter um baile de outono, vista-se para a ocasião, passo aqui as oito.

– Ok.

Saio do carro e me abaixo para olhar pela janela.

– Obrigada! Foram ótimos dias.

– Que bom que gostou - ele diz sorrindo.

Sorrio de volta e me levanto indo em direção a porta.

– Princesa! - viro de frente para o carro onde Jason está para fora da janela do motorista - amanhã é sábado que é quando sua semana acaba, precisa levar sua lista.

Assinto.

Ele entra no carro e vai embora.

...

– Você vai a um baile com o filho da mãe do Jason que não teve a capacidade de me ligar ? - pergunta Sam.

Nós estamos na minha casa e falta duas horas para Jason me buscar, eu pedi sua ajuda para me arrumar.

– Vou, é uma longa história. Você vai me ajudar ou não ?

– É claro que eu vou.

– Obrigada!

Depois de quase duas horas eu estou parada na frente do espelho. Uso um vestido que vai até os joelhos creme, ele tem decote princesa, uso um sapato baixo e uma leve maquiagem no rosto.

– Parece o ensino médio de novo - diz Sam me olhando - Você está linda.

Sam me abraça e depois vai embora, eu a acompanho até a porta, e quando me viro para a sala vejo meu pai com os olhos cheios de lágrimas me olhando.

– Você está linda! - ele diz.

– Obrigada, pai!

Eu o abraço, e minutos depois ouço batidas na porta. Meu pai abre a porta, Jason entra usando um smoking e fica parado boquiaberto me olhando e sorrindo.

– Podemos ir ?

– Sim. Tchau pai.

Saímos de casa e vejo a moto de Jason parada na rua.

– Moto? Hoje ?

– Cansei do carro.

Jason se senta na moto e antes que eu sente, ele segura meu braço e coloca uma pulseira de rosas brancas no meu punho.

– Você está linda.

Sorrio para Jason e subo na moto. Minutos depois estamos na frente do ginásio onde acontecerá o baile.

– Acha que isso vai dar certo ?

Jason e eu andamos de braços dados até entrada.

– Acho.

E por incrível que pareça, deu tudo certo. Nós entramos no baile, e tudo correu muito bem, até conheci uma garota, seu nome era Cindy e ela ia falar com Jason, mas quando viu que ele estava acompanhado virou minha amiga.

Já eram quase 23h e o baile estava no fim, alguns casais últimos casais dançavam uma musica lenta na pista junto conosco.

– Matamos dois coelhos com uma cajadada só, de novo.

– O que ?

– Entrar de penetra em uma festa importante e ir a um baile.

– Ah sim, tem razão.

– Vamos, já são quase onze.

– Onde vamos ? - pergunto enquanto Jason me arrasta para fora do ginásio.

– Número cinco.

Subimos na moto e Jason dirige até a estação de trem perto do posto onde eu fui parar aquele dia.

– Ele já deve estar chegando.

Como que para confirmar, ouço o apito de um trem. Jason me fez tirar os sapatos e agora eu aperto os dedos na grama. Ele segura minha mão assim que trem aparece, nós nos preparamos e quando o trem passa na nossa frente nós começamos correr. Há uma porta aberta e Jason se lança por ela, em seguida ele estende o braço e eu seguro, enquanto ele iça meu corpo para cima. Estamos dentro do vagão vazio e aberto de ambos lados.

– Isso foi loucura - digo ofegante.

– Foi sim - ele ri e eu acompanho sua risada - Temos que descer.

– Mas já ?

Ele assente.

O trem corre e eu vejo a lua no céu limpo.

– No três - ele diz, eu assinto - Três.

Jason pula do trem me levando junto com ele, aterrisso em cima do seu corpo e depois rolamos até ficarmos estáveis lado a lado.

– Ainda bem que a semana acabou - digo rindo - você ia acabar me matando antes da hora.

Ele ri também.

– Duvido. Do jeito que você é com suas pedras, aposto que vai sambar em cima do meu caixão.

Um bolo se forma na minha garganta e eu paro de rir. Ah , se você soubesse...

Sinto meu joelho ardendo, levanto a cabeça e vejo que ele está ralado.

– Qual é ! - ele diz brincalhão seguindo meu olhar - Você não consegue nem pular de um trem sem ficar com o joelho ralado ?

Dou um soco no braço dele e nós nos levantamos indo em direção a moto.

– Já é meia noite - ele diz quando chegamos na moto e eu coloco os sapatos.

Pego a bolsa no chão ao lado da moto e tiro dois papeis e uma caneta. Risco o primeiro papel, a lista dele, e a entrego.

– Não tivemos tempo para o número dez.

– Eram o menos importante.

– Ok - faço uma pausa segurando o segundo papel - promete que não vai rir ?

– Prometo.

Entrego o papel a Jason.

1.Patinar no gelo

2.Tomar sorvete na praia

3.Assistir uma luta ilegal

4.Fazer uma roadtrip

5.Assistir um filme comendo pipoca, tomando refrigerante e comendo chocolate

6.Fazer uma tatuagem

7.Jogar bilhar

8.Apostar em um racha

9.Andar de barco

10.

PS: não consegui pensar em um número 10.