Meu Novo Emprego

Problemas


Capítulo 01

Estava frio, meu Kami a quanto tempo não ficava frio assim. Levantei-me do sofá e fui para a cozinha, os problemas não me deixavam descansar. Fiz uma pizza para mim, apesar de não estar transbordando dinheiro, por enquanto minha poupança está ajudando e isso vai acabar se eu não arrumar um emprego logo.

Coloco a pizza no forno e pego meu celular, checo meus e-mails e nenhuma proposta. Checo as mensagens e também o correio de voz... Nada.

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Perco um pouco de tempo no Twitter e em sites variados com assuntos irrelevantes, aliás sou jovem ainda, apesar de ser caseira gosto de me divertir com meus amigos e procuro me informar o possível para ter uma conversa ao menos sociável com os outros, ter 21 anos não é fácil. Além de nos preocuparmos com aparência, temos as responsabilidades e por mais que eu tente tirar isso da cabeça, eu dou voltas e voltas e volto pro mesmo pensamento, preciso arranjar um emprego.

Volto dos meus devaneios com o apito que coloquei para cronometrar no meu fogão, gosto de cozinhar mas ter noção de tempo não é a minha praia. Tiro a pizza do forno e vejo se tem um suco ou refrigerante na geladeira. Sento na cadeira e saboreio minha pizza, essa pizza vai dar para o café da manhã, almoço e talvez janta de amanhã, e volto ao pensamento de 'preciso arranjar um emprego ou vou morrer gorda de comer tanta besteira'. Dou um riso seco e suspiro, coloco o prato sobre a pia e penso em lava-lo, mas mudo de ideia na hora que abro a torneira. A água está com um gelado cortante. Seco minhas mãos no pano de prato e vou para o meu quarto, preciso relaxar e dormir, esse é meu problema de pensar demais, eu me estresso.

Vou para o banheiro e me despido, faço um coque com minhas madeixas azuis petróleo, e me olho no espelho. Os meus olhos fundos denunciam o meu estado de cansaço e meu me vejo obrigada a usar maquiagem quando for sair. Entro no box e regulo a água até ficar em uma temperatura agradável, o morno mais para quente do que para frio, entro parcialmente no chuveiro deixando fora só minha cabeça. E esse é o primeiro momento de relaxamento do meu dia, e sem querer volto a pensar no meu problema.

~Flashback~

O que o senhor gostaria de comer? - perguntei ao cliente que se acomodava na mesa.

—Um suco de laranja e o sanduíche natural. - deixei a mesa e passei o pedido para Shino, meu colega de trabalho na Lanche da Tarde, uma lanchonete bem frequentada em que trabalho.

—Hey Shino, um suco de laranja e um sanduba natural. - falei um pouco divertida, apesar de divertido aquele homem não ter nada. Ele acenou positivo e foi para cozinha.

Observo o estabelecimento e vejo a chefe chegar, Kurenai, uma mulher muito elegante e bem simpática. Ela dá uma checada no local e vem em direção ao balcão, cumprimento com um Boa Tarde e ela devolve com um sorriso mínimo porém muito simpático na minha opinião.

—Hinata, pode por favor, avisar aos funcionários que eu quero vê-los hoje depois do expediente? Tenho um aviso para vocês. - me perguntou.

—Tudo bem Kurenai-sama. - assenti e fui para a cozinha avisar os outros funcionários.

Depois disso, não tive tempo para ter uma batalha com minha curiosidade, trabalho demais. Logo após o expediente terminado, arrumamos o pequeno local, e nos reunimos em uma mesa grande para fazer a pequena reunião, Kurenai parecia um pouco inquieta e eu particularmente me incomodei, não vinha notícia boa por ai.

—Bom gente, eu não sei como dar essa notícia então eu vou ser direita e curta. - ela deu uma longa respirada e acabou com o suspense. - Eu vendi a loja e eles vão terceirizar o atendimento.

E foi naquele momento que eu vi o problema que estava se estabelecendo na minha vida. Kurenai começou se explicar, mas não entendi direito, estava muito preocupada com os problemas que começariam dali pra frente, aliás são 4 anos que trabalho ali, são 4 anos que minha vida dependente daquele lugar. Fui despertada com Kurenai me chamando com a voz preocupada.

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—Hinata, você escutou? -ela me perguntou.

—Desculpe não, pode repetir? - respondi.

—Vocês vão continuar até o final desse mês, os seguros desempregais vão ser acertado com cada de acordo com o tempo trabalhado, e eu sinceramente sinto muito e espero que vocês consigam se arrumar na vida, mas foi necessário para a minha. Bom gente, é isso estão dispensados. - ela deu um sorriso nervoso e saiu desejando uma boa noite para todos.

—Hinata você está muito pálida, ta bem? - Chouji me perguntou.

—Estou sim Chouji só, surpresa. - respondi e dei um sorriso sem graça.

—Okay, em gente é o seguinte se alguém conseguir arrumar um lugar onde precise de mais de uma pessoa pode ta avisando pro resto e ... - Darui começou a falar e dessa vez prestei atenção.

Aquela noite eu não dormi e assim se sucedeu as outras entre cochilos e piscadas.

~Fim de Flashback~

Fechei o chuveiro, me sequei e depois me enrolei na toalha. Fui para meu quarto, coloquei o pijama mais folgado que eu tenho e me deitei na minha cama. E tentei dormir até um certo som irritante me dá uma leve despertada.

Olhei o relógio e ele marcava 0:43, okay que não está tão tarde, mesmo assim é um incomodo. Olhei o identificador e constatei que era Sakura, realmente a flor de cerejeira não tinha o senso do incomodo, mesmo sendo minha amiga.

—Moshi Moshi Sakura-chan. - saudei com a voz um pouco sonolenta.

—Ai Hina-chan, já está dormindo? Meu bem, hoje é sexta. Você devia estar em uma boate Hina. Cadê o espirito da juventude. Nossa corta isso, pareceu o Sensei Gai na época da escola. - Se pronunciou e deu uma risada que faz as pessoas se sentirem melhor.

—Sakura-chan não tenho tempo e nem dinheiro para isso e você mais que ninguém sabe disso. - dei um suspiro e continuei- Então qual o motivo da sua ligação?

—Hina-chan tô te ligando para perguntar se você aceitar qualquer emprego? Tipo sei lá algo como babá? - ela me perguntou.

Bom babá não é o sonho de qualquer pessoa, mas eu não to podendo me dar ao luxo de não aceitar algumas oportunidades.

—Claro Sakura-chan, não to podendo desperdiçar essas oportunidades. - respondi enfim. Escutei um gritinho um pouco histérico do outro lado da linha, típico da Sakura e dei uma risadinha.

—Então prepara uma roupa meu amor, amanhã você tem uma entrevista 8:00 horas. Não precisa ir toda trabalhada, e só pra ser babá, okay? Ah pega a caneta vou passar o endereço. Hina pelo amor de Deus, consiga esse emprego que semana que vem a gente sai pra balada do centro. -risada- e eu pago tudo.

—Ta bom, só um momento. Vou pegar a caneta. - levantei e estremeci, o chão estava frio demais. Peguei uma caneta na escrivaninha e um papel na gaveta. Anotei o endereço e pedi um ponto de referência.

—Okay Sakura-chan, muito obrigada. Tenha uma boa noite. Beijos. - saudei antes que ela iniciasse um discurso de que eu tinha que me divertir mais do que ficar dentro de casa enfiada em um livro ou televisão.

—Não Hina-chan, me escuta antes. São duas crianças pra você cuidar entendeu. Ah e você tem se desgrudar desses livros e sair comigo. Sabe a Tenten está com saudade e nós vamos em uma boate amanhã e voc..- começou a falação.

—Desculpe Sakura-chan, não posso. Boa noite. - me despedi e desliguei, antes de ouvir alguma resposta do outro lado.

Não era grosseria, na verdade ela já se acostumou com isso. E vamos combinar já são 1:00, e amanhã eu tenho uma entrevista. Preciso estar um pouco apresentável, certo? Coloquei o endereço na escrivaninha e separei uma roupa simples, uma regata preta com uma calça jeans e uma blusa de frio azul nos pés sapatilhas.

Me deitei novamente e agora com uma chama de esperança me esquentando além dos cobertores. Seria amanhã que resolveria parte do meu problema?