Hope In Darkness

1x17-Sequestrados


—Está maluca Rebekah?O que te deu pra ficar lendo o meu diário?-perguntei tomando o diário de suas mãos.

—Você é quem está ficando maluca. Você não pode matar o Klaus.

—Você não devia ter lido o meu diário.

Ela tinha me decepcionado pra valer. Quem ela pensava que era para ler o meu diário, eu tinha confiado nela e mais uma vez tomado uma apunhalada nas costas.

—Eu preciso te contar tudo Hope.

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—Vai ter que ficar pra depois eu tenho muitas coisas pra fazer e a prioridade é matar um híbrido original.

Abri o meu guarda roupa e peguei as minhas armas contra vampiros que eu guardava em um fundo falso.

—Hope eu vou te contar tudo e vai ser agora.

—Não enche Rebekah. -respondi deixando-a sozinha no quarto.

Ele veio me seguindo até a saída gritando comigo. Respirei fundo e então fiz o mesmo com ela.

—Quem você pensa que é?Faz anos que eu te peço uma resposta e você nunca estava preparada para falar, agora quem não quer mais saber sou eu. Você perdeu a minha confiança.

—Hey!Pare de gritar comigo.

—Você só entende na base do grito. Eu tenho que ir salvar o Alek.

—Salvar do quê?

—Klaus pra variar. -respondi entrando no carro dela e travando as portas.

Meu celular tocou e eu atendi enquanto dirigia mesmo. Era ele.

“O que você quer?”

“Muitas coisas e a prioridade é um feitiço de vida e morte.”

“Você é burro ou o quê? Eu não sei fazer nenhum feitiço. Isso tudo ainda é muito novo pra mim”

“Se vire princesinha”-ironizou e depois desligou na minha cara.

Senti um arrepio percorrer por todo o meu corpo e tive a certeza que aquilo era um péssimo sinal. Alek tinha desaparecido do mapa e eu não tinha a mínima ideia do que fazer.Carregar as munições das minhas armas seria uma boa.Uma boa não, uma ótima.Rebekah não parava de telefonar pra mim e eu não tive outra opção além de jogar o celular pela janela do carro.Acelerei o máximo possível e após alguns minutos cheguei na floresta de Londres.

Fiquei imaginando o que a Dora e a Lia fariam comigo se conseguissem sair da casa da árvore. A Lia me xingaria por duas horas e a Dora me ignoraria pelo resto do ano.No final eu sabia que mereceria o que quer que elas fizessem comigo, mas eu não podia deixar ninguém mais se machucar.Mesmo que elas me odiassem eu não me arrependeria de nada.

Alek Narrando

Abri os olhos com um pouco de dificuldade e não reconheci o lugar onde estava. Ao menos eu tinha a certeza de que era um local desconhecido.Minha cabeça doía um pouco e eu não me lembrava muito bem do que tinha acontecido.Ouvi passos vindo em minha direção e me levantei rápido.

—Finalmente você acordou. -ouvi uma voz nada peculiar.Era a voz do Antônio.

—O que você quer?-perguntei tentando me soltar das correntes que envolviam os meus braços.

—Você fez e tudo para que a Hope terminasse comigo, achou mesmo que não teria troco?-ele perguntou não esperando uma resposta em troca.

Ele esquentou uma faca na lareira e olhou para mim três vezes pelo canto do olho. Tentei me soltar, quanto mais eu me mexia mas as correntes me queimavam.

—Eu não tive nada a ver com isso, então que tal me soltar?

—Você não está entendendo. Não vou soltar você, trouxe você aqui para matá-lo.

—Então você é um assassino?

—Não diria assassino, apenas um pouco vingativo.

Droga!Pra variar um maluco tinha me seqüestrado por causa daquela garota. Tentei me soltar novamente até desistir e encostar a cabeça na parede.

—O que foi Alek?Está com medo da morte?-perguntou e um segundo depois gargalhou.

—Estava pensando em quais métodos seriam mais antiquados para te matar assim que eu me soltar.

—Sobre “se soltar”, duvido muito que consiga. Essas correntes foram feitas para prender lobisomens.Mas um tipo raro de lobisomem requer um tipo raro de mata lobo.

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—Acônito branco.

—A cada segundo que passa você está sendo mais e mais envenenado Alek Nervill.

—Está fazendo isso tudo por uma garota?Onde fica a sua dignidade?-debochei.

Ele veio na minha direção rápido e fincou a faca que ele tanto esquentava no meu abdômen.

—Não deboche mais de mim. Acha que eu vou te aturar?

—Acho que você está cada vez mais louco. Já tentou uma psicóloga?-perguntei com um pouco de dificuldade.

—Hope disse que eu deveria eliminar os meus problemas e é isso que eu estou fazendo.

Uau!Hope você me surpreendeu e eu que achava que vou não podia ser mais burra.

Dora Narrando

—Lia você é uma lobisomem ou não afinal?

—Eu não vou pular desta árvore, ta maluca é?

Dora se aproximou da entrada da casa e recuou novamente.

—Se você morrer eu prometo fazer um enterro bonitinho.

—Isso é extremamente alíviador e tranqüilizante amiga. -ironizou.

—Obrigada. -respondi sorridente.

—Ok, a nossa amiga está encrencada e precisamos salvá-la. -respondeu.

Lia se levantou e foi até a entrada da árvore, contou até três dizendo que ia pular, mas recuou.

—Lia!-gritei repreendendo.

—Queria ver se fosse você Dora. -retrucou.

Ela se direcionou e fez o mesmo processo de contagem regressiva. Recuou novamente.

—Lia pula logo!-gritei.

—Não dá eu não consi...

Levantei-me e empurrei-a da casa. Ela caiu agachada e se virou para mim.

—Você pirou!Eu podia ter morrido.

—Mas não morreu, agora coloque a escada no lugar.

—Não.

—O quê?-perguntei assustada.

—A Hope pode ser a vaia que for, mas ela tinha razão em uma coisa. Ao menos uma de nós precisa sobreviver.Além do mais que vai contar a história no final das coisas?

Ela foi se afastando enquanto eu implorava para que ela voltasse e colocasse a escada no lugar. Ela fingiu que não tinha me escutado e se foi cantarolando enquanto saltitava.

Olhei para dentro da casa da árvore. Eu nunca quis tanto não estar ali como eu queria naquele momento.Se elas esquecessem de mim iriam ver só.Tinha alguém me observando.Na verdade era um casal, vi que eles possuíam uma marca de nascença como a da Hope.

—Quem são vocês?

—Precisamos da sua ajuda garota. -respondeu a mulher.

O rosto deles era muito familiar para mim. Mas eu não consegui me recordar deles.

Rebekah Narrando

Meu coração estava palpitando e aquilo era sinal de mau presságio. Eu não sentia o meu coração disparar daquele jeito desde que sai de Nova Orleans com Hope em meus braços.Eu não fazia ideia de como cuidar de um bebê, mas mesmo assim eu encarei o desafio e agora eu tinha a certeza de que eu era a única culpada de tudo estar dando errado.Hope nunca fora a adolescente mais obediente do mundo mais ultimamente ela não me ouvia e estava cega por vingança.

A campainha da minha casa tocou e eu fui abrir a porta rápido. Poderia ser ela desistindo daquela loucura.Minhas esperanças se foram assim que vi que quem estava ali era a Hayley.

—O que está acontecendo?-perguntou assustada e em seguida seu corpo tombou em minha direção e ela desmaiou.

—Ai meu Deus!Hayley acorda. Hayley.

Levei-a para o quarto de hóspede e fiquei esperando que ela acordasse. Algum tempo depois ela voltou a ter consciência e eu pude finalmente perguntar o que estava acontecendo.

—Eu não consigo me lembrar. -essa foi a única resposta que obtive.

Olhei os olhos dela e percebi que ela tinha sido hipnotizada por alguém.

—Quem está por trás disso?

—Do que está falando?

—Alguém controlou a sua mente.

Klaus Narrando

Estar preso em uma árvore no meio de uma floresta não era uma das melhores experiências do mundo. Quando uma garota psicopata te olha com um olhar de assassina o que se deve fazer?De qualquer forma eu teria muito tempo para refletir ou simplesmente perguntar por que ela me prendera ali e como ela tinha conseguido este prodígio.

—Vai ficar me olhando com essa cara?-perguntei.

—O que fez com o Alek?Tínhamos um acordo seu traidor.

—Você deveria descansar querida. Está horrível.

Tentei me soltar e percebi que pra alguém iniciante ela tinha uma energia incrivelmente alta e conseguia me matar preso a uma árvore com correntes. Enferrujadas pra variar.

—Quer um conselho?Fale logo onde ele está eu te solto.

—Eu não sei do que está falando.

Ela mirou uma flecha no meu coração. Como se eu me assustasse com aquela reação que os assassinos tinham.

—Acho melhor você falar ou...

—Ou você vai me matar com uma flecha?-debochei.

—Te matar não é o meu plano.

—Que bom que tem um plano. Espero que ele seja bom porque quando eu saí daqui eu vou te colocar na minha sala de tortura e...

—Vai dedicar a sua existência a me matar, amor?

—Não gosto que fale nesse tom de petulância comigo.

—Não gosto que você respire e, no entanto aqui estamos nós conversando civilizadamente.

—Chama isso de civilizadamente?

—Eu preferia como soava na minha cabeça. -debochou.

—Não estou com o Alek, querida. Se estivesse você não me intimidaria com um arco e flecha e eu não estaria aqui preso nesta árvore.

—Se você não está com ele quem está?

—É o que eu também queria saber.

Alek Narrando

—Qual é cara?O seu plano é horrível.

—Claro nele você morre.

—Não mesmo se eu não fosse a vítima acharia o seu plano patético.

—Que tal calar a boca enquanto eu lubrifico o ar com acônito branco?

—É incrível como existe pessoas que não se valorizam no mundo?-falei baixo.

—O que disse?

—Se você fosse menos burro saberia que não é bom se meter com um lobisomem na lua cheia. Ele pode se chatear.

—Vai fazer o quê?Vai se transformar é?

—Talvez eu possa te ajudar com a Hope.

—Você já atrapalhou tudo.

—Pare de ser derrotista Tony.

—Está debochando de mim?

—Não, imagina se eu ia debochar de você amigão. -ironizei.

—Sem dúvidas você fica melhor calado.

Ele me amordaçou com um pano qualquer, sem se importar com gentileza alguma. E de quem era a culpa de tudo isso mesmo?Ah!Lembrei-me da sonsa da Hope. Se ela não implorasse tanto a minha ajuda para matar o próprio pai eu não teria sido seqüestrado, pelo ex psicótico metido a besta, dela.

Minha visão começou a embaçar rapidamente e eu pude perceber que o wolfsbane estava sortindo efeito em mim. Meu corpo tombou para o lado direito e tudo se apagou.

Hope Narrando

—O que está fazendo?-perguntei enquanto escorava o corpo em uma árvore.

—Estou tentando me soltar. Acha que eu vou ficar preso aqui?

Ouvi um barulho vindo na nossa direção. Andei em direção ao Klaus, talvez ele tenha trago alguns capangas pra Londres.

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—Nem adianta me olhar com essa cara. Não faço ideia de quem está aqui.

Peguei o meu arco e flecha e mirei em direção ao barulho.

—Tem alguém aí?-gritei.

—O que está rolando aqui?-era só a Lia pra minha sorte ou azar.

—Ele pegou o Alek.

—Acho que faltou um “não” depois do “ele”. Não faço ideia de onde o seu namorado esteja.

—Vem cá, ele é o híbrido vilão?-perguntou Lia e em seguida me puxou para um lugar mais afastado.

—O que você quer?-perguntei olhando para trás pra ter certeza de que ele não conseguira se soltar.

—Eu imaginava que ele seria tipo o Coringa, Freddy Krueger, Choque ou até mesmo o Voldemort. Nunca imaginei que ele seria tão...

—Quer calar a boca. Ele está te ouvindo.Ele não é lá grandes coisas.

—Pessoas como ele não precisam ouvir elogios, só precisam acordar e se olhar no espelho.

—Lia vá para casa, okay?

—Não, você me deixou naquela árvore super alta e acha que eu vou te obedecer?Não vou não queridinha!

—Agradeço os elogios e dispenso as ofensas, mas está na hora de acabar com isso.

Ele se soltou da árvore. Tudo por culpa da Lia que ficou me distraindo.To ferrada!