Diário de Hermione Granger

Prometo não tentar nada


Eu já estava no aposento com Malfoy. Estávamos aconchegados no sofá. Encarar ele depois do que aconteceu não foi tão difícil assim. Ele até ficou meio feliz com a Gina, porque segundo ele não teríamos que "nos esconder mais".

– A Weasley meio que fez um favor. - disse ele.

Ainda no assunto...

– Meu Deus, já podemos mudar de assunto.

Ele riu.

– Sobre o que queres falar, então?

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Pensei.

– Há algo que me incomoda. - falei, pensando no assunto.

Um nó surgiu em minha garganta e meus olhos começaram a arder. Draco se virou para mim, a testa vincada em preocupação.

– O que?

– Bem... Harry e Rony. Eles estão com raiva de mim, Draco, é isso!

Me aconcheguei mais no seu peito. Ele deitou novamente no braço do sofá.

– O que aconteceu desta vez? - perguntou.

Contei toda a história com a voz um pouco embargada. Tinha horas que me dava uma vontade imensa de chorar, mas eu respirava fundo e continuava. Algumas lágrimas haviam caído no decorrer.

– Não sei porque você se incomoda. Se eles ficam com raiva de você por causa disso, vai ver não são seus amigos de verdade.

– Ah, Draco... - chorei.

Ele afagou meus cabelos e assim eu só consegui chorar mais.

– Não chore. - pediu ele calmo.

– Não tem como. - solucei.

Do nada eu bocejei.

– Seria sono? - perguntou ele.

– Eu não acho que seja. Isso é tão idiota! Eu amo meus amigos e ele estão de mal comigo! - falei, me levantando.

Ele se levantou junto.

– Onde você vai?

– Lavar o rosto. - respondi.

Ele se sentou no sofá e eu fui ao banheiro. Me olhei no espelho e vi uma garota de olhos vermelhos e tristes. Draco veio até o banheiro e me abraçou por trás.

– Não fica assim... - murmurou ele baixinho no meu ouvido.

Me virei para abraçá-lo.

– Draco, eu te amo. - sussurrei no seu ouvido.

Os pelos da sua nuca se arrepiaram e uma corrente elétrica atravessou o meu corpo.

– Eu também te amo, Hermione. - sussurrou ele.

Naquele momento eu me senti aquecida por dentro e feliz. Mas meus olhos começaram a pesar. Nos separamos e ele me beijou.

Seu beijo me era incrivelmente familiar agora. Mas ainda me surpreendia. Nos separamos. Eu pisquei, e por um momento me esqueci de como se abria os olhos.

– Você está com sono. - concluiu ele.

– Talvez eu esteja. - murmurei, enxugando o rosto e saindo do banheiro com ele logo atrás.

Entrei no meu quarto e já ia fechando a porta quando ele a abriu.

– Por que você tá aqui? - perguntei, meio debilmente.

– Eu vou dormir com você. - falou ele calmamente, embora estivesse corado.

– Dormir? Comigo? Tudo bem, o chão está disponível.

Ele sorriu e revirou os olhos.

– Não se faça de besta, Granger.

Suspirei.

– Draco... eu não...

Era a vez dele suspirar.

– Prometo não tentar nada. Só vamos dormir.

Ergui uma sobrancelha, mas confiei. Nos deitamos e dormimos assim mesmo.

Ele me abraçou e fez um cafuné na minha cabeça, e começou a cantarolar uma canção de ninar desafinada.

E cumpriu sua promessa.