P.O.V. Elizabeth

Eu quero me atirar da ponte! Estou simplesmente horrível! Este vestido ficou ridículo em mim e apesar de não admitir, eu concordo plenamente que esse sapato que Izabelle me comprou parece de Drag Queen!

Eu realmente preferia ter ficado em casa com os gêmeos, os G’s e a Claire, comendo os chocolates do Gust, ganhando do Tom no Guitar Hero, fazendo cara feia pro Georg quando ele fica boiando em algum assunto e brigando com o Bill! Nós iríamos nos meter em alguma confusão e Claire iria me salvar como ela já tinha feito algumas vezes antes.

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É, isso seria muito mais divertido do que vir para Munich numa festa da empresa do meu pai, onde eu teria que agüentar minha mãe e manter as aparências! Não que eu não goste do meu pai. Na verdade, eu o amo! Eu sempre pude contar com ele e tive que fazer um grande esforço ao decidir ficar em Hamburgo quando ele resolveu vir para Munich! Meu problema mesmo era minha mãe. Sei que não é comum uma filha não gostar da mãe, mas acredite, eu tenho meus motivos!

- Lizzie, chegamos! – Chamou-me Bill da porta do carro.

Tínhamos nos dividido em dois carros, sendo que eu vim com o Tom e o Bill e o Gustav, o Georg e a Claire vieram no outro carro.

Saí sem dizer nada. Bill sabia que eu não queria falar e apenas pegou minha mão e, quando eu olhei para ele confusa, ele apenas sorriu para mim docemente e eu logo entendi que não importava o quão difícil aquilo seria, eu teria os gêmeos ao meu lado.

Há algum tempo atrás, meu pai disse que a minha única chance para ficar em Hamburgo era morando com os irmãos Kaulitz. Na hora eu briguei, pois na realidade os meus planos eram continuar em Hamburgo e morar com a Jane. No entanto agora, eu não sei o que eu tinha na cabeça. Os gêmeos se tornaram minha família e eu acredito que eu me tornei parte da deles.

- Vamos lá – disse Tom vindo postar-se do meu outro lado. Caminhamos pela entrada até a porta do salão, onde estava minha mãe batendo o pé, nervosa.

- Até que enfim vocês chegaram! – disse ela quando nos viu. – Já estamos dez minutos atrasados e seu pai precisa entrar logo, Elizabeth! Ele não pode ficar esperando por uma pirralha irresponsável e...

[roupa Izabelle: http://www.polyvore.com/izabelle_festa/set?id=16798966 ]

- Filha! – exclamou uma voz muito conhecida e familiar, cortando minha mãe.

- Pai! – gritei largando das mãos dos gêmeos e correndo para abraçá-lo. Eu não o via há quase quatro meses, só nos falávamos por telefone e somente quando ele tinha tempo. Senti muita falta dele, apesar de tudo.

[Victor: http://www.collider.com/uploads/imageGallery/Daniel_Craig/daniel_craig_02.jpg ]

- Família! – exclamou minha mãe ironicamente. Eu e meu pai olhamos para ela com um olhar mortal e ela apenas nos ignorou, começando a tagarelar sobre como estávamos atrasados.

- Izabelle, eu acho que todos já entendemos! – disse titia Simone tentando acalmar os nervos da minha mãe enquanto chegava perto do barraco.

[Roupa Titia Simone: http://www.polyvore.com/simone_festa/set?id=16799312 ]

Simone foi até seus filhos e os abraçou dizendo o quanto estavam lindos e toda aquela coisa de mãe que eu não sofro.

- Vamos entrar, aí podemos acabar logo com isso e cada um vai para o seu canto! – disse meu pai dando um beijo na minha bochecha e indo estender o braço para minha mãe.

Izabelle lançou-lhe um olhar gelado, que congelaria até o inferno e aceitou o braço do meu pai, empinando o nariz, como uma verdadeira rainha do gelo.

Meu pai suspirou, cansado das atitudes de Izabelle e entrou no salão. Eu estava logo atrás deles e praticamente o salão inteiro parou para olhar a família “perfeita” que entrava no recinto.

Depois de algum tempo de sorrisos, cumprimentos e palavras sem nexo, eu estava livre para fazer o que quisesse, ou seja, nada!

Sentei-me à mesa onde Bill e Gustav estavam.

- Onde estão Georg, Claire e Tom? – perguntei.

Cada um apontou para um lado, Gustav indicando Georg e Claire e Bill indicando Tom. Até me assustei com a sincronização com que eles apontaram pra cada um.

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Georg e Claire estavam dançando uma musica lenta no meio de outros casais e sorriam um para o outro. Era nessas horas que eu via o quanto se amavam, apesar do Georg as vezes ser mais tapado que o Tom!

E falando no Tom, este estava no outro lado do salão, dando em cima de uma moça muito bonita, mas que definitivamente não era pro bico dele.

- Pobre mulher! – eu comentei ainda observando o Tom e a garota.

Agora ela virava os olhos e olhava em todas as direções, em busca de alguém para salvá-la do gêmeo chato que a enchia o saco.

- Hey, Gustav! Vá salvá-la do Tom! A garota parece que vai ter um colapso nervoso se continuar na companhia daquele porre por muito mais tempo! – disse Bill pensando o mesmo que eu.

- Por que eu? – perguntou Gustav surpreso com a “intimação”.

- Porque você está sentado aí desde que entramos e eu não estou querendo levantar! – respondeu Bill.

Gustav fez careta e eu ri.

- Tudo bem, eu vou! – disse ele se arrastando até onde o Tom estava com a garota.

Eu e Bill ficamos assistindo Gustav fazer uma operação resgate. Depois de um tempo em que ele ainda mexia uns pauzinhos para salvá-la do Tom, Bill puxou conversa:

- O que ficou fazendo este tempo todo que não estava aqui conosco?

Dei de ombros.

- Estava fazendo uma social. Deus o livre se alguma “socialite” descobre que a “filha preciosa” de Izabelle Sandford é uma revoltada! – eu respondi virando os olhos e tomando um gole de champagne do copo de Bill.

Ele olhou-me com a sobrancelha arqueada.

- O que é? Eu mereço um pouquinho de álcool no sangue para aliviar a tensão! Você não tem noção do que estou passando! – eu disse indignada.

Quando ia tomar mais um gole, uma mão arranca a taça de mim.

- Hey! – exclamei brava. Olhei para o lado e vi Tom virando o copo de champagne do Bill.

- Tá tudo bem, Tom? – perguntou Bill confuso.

- NÃO! O troxão do Gustav foi lá encher o saco e pegou a garota pra ele! – respondeu ele pegando a garrafa e enchendo o copo de novo.

Eu e Bill olhamos para onde estavam os três antes e agora no mesmo lugar o Gustav estava dançando coladinho com a garota que estava quase tendo um ataque enquanto o Tom a cantava.

- Tenta outra, Tom! Aquela estava quase tendo um AVC com o que você falava! – eu disse despreocupadamente enquanto tentava recuperar o copo de champagne.

- Hey! Isso é uma mentira! Ela estava quase caindo na minha quando o idiota do Gustav veio se intrometer! – reclamou Tom não me deixando pegar o copo, pois continuava tomando de guti-guti nele.

- Sim! Já estava quase caindo na sua... Só se for na sua perna desmaiada! É sério Tom! Foi ridículo! A garota parecia estar querendo por sua cabeça dentro de um balde de champagne! – disse Bill olhando para suas unhas, tentando achar alguma coisa errada, o que não tinha, óbvio!

- Ah! Quer saber? Fiquem vocês aí que eu vou pro bar pegar um copo de whisky! – disse Tom saindo de perto de nós e levando o copo de champagne consigo. ¬¬

- Eu não posso acreditar nisso! – eu exclamei indignada.

- No que? Que o Tom está bravo porque perdeu uma garota para o Gustav? Isso é normal! Ele odeia perder mulher! – disse o Bill ainda prestando atenção nas unhas que hoje estavam pintadas totalmente de preto.

- Não! Que ele foi embora com o copo de champagne! Eu estava bebendo com aquele copo! – eu reclamei olhando o Tom se esgueirar pelo meio da multidão que dançava alguma musica dos anos oitenta.

- É, eu também estava! Por sinal, aquele copo era meu! Como é que é, será que até o copo nós três teremos que dividir também? Já não basta eu ter que dividir tudo em dois por causa do Tom vou ter que começar a dividir em três por sua causa também? – perguntou Bill agora olhando para mim, ficando bravo do nada.

Eu ri dele.

- Vamos, Bill! Vamos dançar e esperar o Tom ficar bêbado para termos uma desculpa de ir embora! – eu disse puxando-o pela mão bem na hora em que começava Íris, do Goo Goo Dolls. – Cara, eu amo essa musica!

Bill riu da minha empolgação com a musica e, chegando na pista de dança, ele envolveu minha cintura de forma delicada e começou a me conduzir lentamente pela pista de dança, enquanto eu mantinha minhas mãos firmemente no pescoço dele.

- Qual é o problema na sua família? – ele perguntou, me pegando de surpresa.

Ergui minha cabeça de seu ombro e o encarei. Meu salto sendo bastante alto me fazia ficar quase da altura dele, então eu o olhava diretamente nos olhos, apenas alguns centímetros separando nossos rostos.

- O que foi que você disse? – perguntei pensando não ter ouvido direito.

- Perguntei qual o problema na sua família – ele disse diretamente, também me olhando nos olhos.

Nos encaramos por um tempo até que eu virei a face, um pouco confusa.

- Será que podemos falar sobre isso uma outra hora? – perguntei querendo me livrar.

Senti ele dando de ombros.

- Se você não quiser falar, não precisa! Eu respeito – ele disse. Eu voltei a olhá-lo e ele tinha um sorrisinho doce estampado na cara.

- Obrigada, Bill – eu sussurrei para ele, voltando a encostar minha cabeça em seu ombro, enquanto continuávamos dançando alguma outra musica qualquer.

P.O.V. BILL

- Manooooo – disse alguém extremamente bêbado atrás de mim.

Senti Lizzie abafar o riso contra o meu ombro e tive a confirmação: o bêbado era meu irmão!

Soltei Elizabeth e virei para encará-lo.

- Cara, o quanto você bebeu essa noite? – perguntei olhando para o estado deplorável no qual meu querido irmão se encontrava.

Ele franziu os olhos, se esforçando para pensar numa resposta. Sem sucesso, ele apenas deu de ombros e disse algo que eu entendi como:

- Acho que não muitas!

É difícil de entender o que um bêbado diz com aquela voz pastosa.

Olhei para Lizzie e vi que era hora de irmos embora.

- Você avisa o Georg e o Gustav que estamos indo? – pedi para Lizzie enquanto ia enganchar Tom para o bêbado sem noção do meu irmão não cair.

- Claro – ela respondeu e foi procurar a Claire, sem duvidas.

- Vamos, Tom! Está na hora de ir embora! – eu disse apoiando-o.

- Mas já? *ic* Eu nem consegui *ic* pegar nenhuma *ic* mulher! – ele dizia e soluçava ao mesmo tempo.

- Bom, melhor sair sem pegar ninguém do que pegar um travesti, não é Tom? – eu disse ironicamente enquanto o conduzia para a porta.

- E desde quando *ic* eu pego *ic* travestiiii? – perguntou meu irmão puxando o “i” da ultima palavra devido ao seu estado lamentável de embriaguez.

Resolvi ignorar a pergunta para não entrar numa briga com o meu irmão embebedado.

- Hey! Já avisei o Georg e a Claire! Pedi para eles avisarem o Gustav porque quando eu o achei ele estava muito ocupado... Hãn... Você me entendeu! – disse ela sem graça vindo me ajudar com o Tom. – Cara! Ele é pesado!

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- Pois é! Nem me fale! Normalmente eu tenho que carregá-lo sozinho para casa, subir todas aquelas escadas da garagem até a cozinha e depois ainda tenho que levá-lo para o quarto e colocá-lo na cama! Agora eu divido o peso dessa mula com você, querida Samara! – eu disse fazendo graça.

Ela deu um sorrisinho de quem não achou graça nenhuma.

- Muuito engraçado, Bill! Agora, onde estão as chaves do carro? – ela perguntou.

Firmei meu aperto com a mão direita no Tom e soltei a minha mão esquerda dele para poder pegar as chaves no bolso do meu casaco.

- Será que servem essas? – perguntei dando um sorrisinho sabe-tudo pra ela, que apenas virou os olhos e se concentrou em carregar o Tom e não deixá-lo cair.