P.O.V. BILL



[duas semanas depois...]



- Sim, senhora... Eu aviso, sim, pode deixar... Em no máximo meia hora estamos chegando aí... Até logo. – Tom dizia ao telefone.



- E aí, quem era? – eu perguntei curioso.



Tom soltou um longo suspiro. Aí vinha bomba.



- Aparentemente a Samara se meteu em uma briga no colégio e a diretora nos chamou lá para resolver essa situação – disse ele se jogando no sofá.



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- Então vamos lá! – eu disse indo para a sala do piano pegar as chaves do carro e da casa.



Tom olhou para mim como se eu fosse louco, o que me fez pensar que o louco aqui era ele.



- Se a diretora pediu para irmos é melhor irmos logo! Daqui a pouco a louca ainda vai acabar ligando para o pai da garota e nós dois nos ferramos! – eu disse.



- Eu duvido muito que Victor iria nos xingar quando quem entrou em uma briga foi a Samara! – disse Tom levantando e caminhando até a sala, sentando na banqueta do piano.



- É claro que ele não vai nos xingar! Ele vai castigar a Lizzie e ela vai ficar P* da cara com a gente e vai querer se vingar! E eu não quero deixar aquela maluca brava! – eu disse abrindo a porta para descer até a garagem, onde o Porsche estava. Eu já comentei que eu amei esse carro? *-*



Tom não falou nada e apenas me seguiu, entramos no carro e eu arranquei para chegar logo no colégio da garota.



P.O.V. Elizabeth



- ELIZABETH! – gritou a Diretora Littmann, tirando-me dos meus devaneios.



- Sim, senhora? – eu disse respeitosamente. Eu gostava bastante da Diretora Littmann, apesar dela não gostar muito de mim.



- Oh, Liza! Meu Deus, por quê? Você estava indo tão bem, querida, porque tinha que resolver socar a pobre Srta. Taylor por uma bobagem como esta? – disse a diretora.



É, realmente é uma bobagem ela chegar na minha cara e me chamar de sapatão só porque eu não peguei nenhum dos gêmeos e fico mais na casa da Jane do que na minha própria casa.



Ignorei seu comentário e a Sra. Littmann suspirou, resignada.



- Bem, já liguei para seus responsáveis e eles estão a caminho, acredito que já estejam chegando, inclusive! – ela disse olhando por sua enorme janela, que residia atrás de sua imensa mesa na sala da direção.



Arregalei os olhos. Não podia acreditar que ela tinha chamado meus pais à escola só por causa de uma garota que quebrou o nariz.



- VOCÊ CHAMOU OS MEUS PAIS? – eu gritei desesperada, recebendo um olhar reprovador da diretora por meus modos excessivamente escandalosos.



- É claro que não, Elizabeth! Eu chamei os seus responsáveis locais...



Olhei para ela incredulamente, como se ela tivesse acabado de confessar que ia a todas as paradas gays que existiam nesse mundo a fora.



- Você não pode estar falando... – nesse momento fui interrompida pela porta sendo praticamente arrombada e os gêmeos Kaulitz entrando na sala da diretora.



- Diretora – cumprimentou Bill respeitosamente se sentando do meu lado direito e Tom do meu lado esquerdo, nas cadeiras que tinham dispostas na frente da mesa da Sra. Littmann.



- Muito prazer conhecê-los, senhores – disse ela, quase me fazendo rir pela maneira como chamou os gêmeos de senhores.



- O que houve? – perguntou Tom, curto e grosso.



A diretora pigarreou, sem saber por onde começar.



- Bem, ãhn... A senhorita Elizabeth, ela...



Irritei-me com a diretora dando uma de gaga e falei logo, sem rodeios:



- Esmurrei a cara de uma garota que me chamou de sapatão!



Bill e Tom arregalaram os olhos e me encararam, incrédulos.



Tom foi o primeiro a se recuperar e fez a pergunta menos esperada:



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- Você bateu com vontade, certo?



- TOM! – reprovou Bill indignado com o irmão que ao invés de me reprovar, me apoiava.



- O que eu posso dizer? Ela está certa! Eu teria feito a mesma coisase algum idiota viesse e me chamasse de gay! – disse Tom dando de ombros, fazendo a diretora ficar horrorizada com ele.



- Ela quebrou o nariz da Srta. Taylor! – exclamou a Sra. Littmann incrédula que ele realmente me apoiaria.



- Pois muito bem feito! – disse Tom.



Ao lado dele, eu ria tanto que minha barriga chegava a doer e Bill não sabia onde enfiar a cara.



P.O.V. TOM



Velha chata! Bruxa agourenta! Mulher infernal! Porcaria de diretora! Uma hora e meia para discutir sobre o que fazer com a Samara e no final a única coisa que fez foi me passar sermão!



Eu estou com VINTE anos! Sua coroa gagá! Eu não vou mais à escola e NÃO preciso de nenhuma diretora me passando sermão!



- Que horas são? – perguntou Bill me tirando dos meus xingamentos para a Senhora dona Diretora.



Nessa hora, o sinal do colégio tocou e um bando de aluno saiu de dentro das salas.



- É A HORA DA SAÍDA! – gritou a Samara desesperada.



- E daí? – eu perguntei sem entender. Pra que gritar, garota louca?



Antes que eu pudesse raciocinar muito mais, garotas e garotos nos viram e vieram correndo pra cima, me fazendo entender o que Elizabeth queria dizer.



- CORRAM SEUS ANIMAIS! QUEREM MORRER? – gritou Lizzie pra mim e pro Bill.



Eu não precisei de nenhum incentivo e virei em perna, arrastando Bill e a Samara junto.



- TOM, QUANDO EU DISSE PRA CORRER ERA PARA VOCÊ E O BILL CORRER! EU NÃO PRECISO! – disse a Samara em meio a toda a gritaria dos fãs que vinham atrás.



- CORRE GAROTA! NÃO PÁRA SE NÃO VOCÊ NÃO CHEGA VIVA EM CASA! – eu gritei de volta, fazendo a gente correr ainda mais.



- EU TO COMEÇANDO A FICAR SEM FOLEGO! – reclamou a garota um tempo depois.



- SÓ MAIS UM POUQUINHO E JÁ ESTAMOS CHEGANDO NO CARRO, AÍ É SÓ ARRANCAR! – eu gritei.



- TÁ, MAS CADÊ O BILL? – perguntou Elizabeth desesperada, olhando para o lado onde meu irmão deveria estar.



Olhei também para o lado e meu irmão não estava lá. Quando eu ia começar a entrar em pânico ouvi um grito se destacando de todos e olhei para trás, constatando que meu irmão corria desesperado para perto de nós, com os fãs em seu encalço.



- SEUS IDIOTAS! TOM EU VOU TE MATAR QUANDO CHEGARMOS EM CASA! COMO VOCÊ ME ESQUECE NO MEIO DO CAMINHO??? – gritava Bill desesperado, cada vez chegando mais perto de nós.



- Eu podia jurar que tinha pegado a mão dele também! – eu disse mais para mim mesmo.



- Nossa como ele corre rápido! – ouvi a Samara comentar impressionada com a rapidez de Bill para nos alcançar.



- Não se preocupa, é só quando ele está muito desesperado que ele fica assim! – eu respondi para ela, que soltou uma gargalhada.



Quando chegamos ao carro, Bill conseguiu nos alcançar e logo entramos, eu no lado do motorista saí cantando pneu, deixando os fãs todos para trás.



Não me levem a mal. É bom saber que temos tantos fãs, mas quando eu estou de “férias” prefiro ficar no anonimato!



- SEU IDIOTA! VOCÊ ME DEIXOU PRA TRÁS E QUANDO EU VI VOCÊS DOIS JÁ TINHAM DESPARADO NA FRENTE E AQUELAS CRIANÇAS ESTAVAM QUASE ME PEGANDO! – gritou Bill ao meu lado, totalmente em pânico.



- Bill, calma! Já passou! – a Samara ainda tentou acalmar.



- E VOCÊ! ISSO É TUDO SUA CULPA! SE VOCÊ NÃO TIVESSE SOCADO O NARIZ DAQUELA ESTÚPIDA GAROTA ISSO TUDO NÃO TERIA ACONTECIDO! – gritou Bill descontrolado.



- Cara, eu não estou mais agüentando essas crises de descontrole do Bill. Está começando a encher o saco! –-‘ – disse a Samara.



Olhei para ela pelo retrovisor e ela tinha praticamente se deitado no banco de trás, com os pés no vidro e a cabeça apoiada na mochila.



- Eu convivo com o Bill e suas crises de descontrole, tristeza, raiva, felicidade e todas essas coisas a minha vida inteira! E olha que eu sobrevivi! – eu disse.



- Você realmente é um guerreiro, Tom! – disse ela me admirando. Não preciso dizer que meu ego foi lá em cima, certo?



- Valeu *-* - eu disse sorrindo igual bobo.



Bill apenas bufou pela nossa conversa.



Assim que chegamos em casa, meu irmão saiu batendo porta e esbravejando, no mínimo indo se trancar no quarto.



Eu e Elizabeth nos olhamos e eu falei primeiro:



- É a sua vez!



Ela suspirou e subiu as escadas para entrar na casa. Eu liguei o alarme e subi também, deixando as chaves em cima do piano e me jogando no sofá, ligando o cronometro. Vamos ver quanto tempo a Samara leva para convencer o Bill de parar com a manha.