– Annabeth. – Melissa deu um leve empurrão em Annabeth para que ela acordasse – Preciso que faça uma coisa para mim.

– Que horas são Melissa? – perguntou tentando acostumar seus olhos a luz do sol depois de Melissa ter aberto a janela.

– Bem cedo. – respondeu apenas – Preciso que vá com Luke até a cidade e o ajude com os cavalos.

– O rei comprou mais cavalos? – Annabeth perguntou indo até o banheiro para se arrumar enquanto Melissa estendia sua cama.

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– Sim. Ouvi um boato de que o reino está em ameaça de guerra. – explicou.

– Guerra? – saiu do banheiro parecendo surpresa com aquilo e prendeu seus cabelos loiros em um coque bem arrumado.

– Sinceramente o clima está tenso entre os guardas. – Melissa comentou – Eles parecem estar mais atentos a tudo que acontece no palácio.

Annabeth se lembrou de quando foi atacada por dois bandidos antes de chegar ao palácio e se perguntou se isso tinha algo a ver com essa ameaça de guerra da qual Melissa falava. Esperava que fosse apenas um boato. Ela seguiu Melissa até a cozinha e depois de dar bom dia para Mary se dirigiu para os estábulos em busca de Luke.

O encontrou selando o cavalo branco que sempre montava. Annabeth se aproximou devagar e depois de quase estar na frente dele, Luke a notou e sorriu. Ele estava usando botas de couro que estavam sujas e roupas pretas, seu rosto tinha um pouco de feno e seu cabelo estava despenteado. Tinha de admitir que já tivera uma queda pelo rapaz afinal ele estava ali a quase o mesmo tempo que ela.

– Olá Luke. – ela disse sorrindo.

– Annabeth, que surpresa. – Luke disse fingindo surpresa e ela riu – Olha eu juro que falei para Melissa que não precisava te acordar, mas você sabe como ela é.

– Eu sei, mas fico feliz em ajudar. – falou sincera – Quantos cavalos vamos trazer?

– Dois. – ele disse – Vamos até a fazenda de Apolo aqui perto. Pode ir com a Mia, soube que já montou ela.

– Claro. – sorriu e foi até a égua marrom que montava no dia em que foi atacada.

Ela já estava com a sela pronta, então Annabeth apenas a montou enquanto Luke montava Relâmpago, o cavalo branco com manchas marrom. Eles sairam dos estábulos e passaram pelo portão do palácio cavalgando lado a lado.

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– Bom dia pai. – Perseu disse enquanto sentava-se à mesa de refeições onde seu pai estava tomando café da manhã. Ele parecia sério como sempre e apenas acenou com a cabeça para o filho.

– O que achou do baile de ontem? – o rei perguntou – Achou alguma moça em especial?

– Talvez. – respondeu enquanto pensava em Annabeth e em como ela estava linda no baile na noite anterior, queria dizer a seu pai, mas sabia que ele o repreenderia e então não poderia mais ver Annabeth.

– Bem, eu já esperava por isso. – Poseidon disse – Por isso convidei a família do Conde Dare para um jantar hoje à noite.

– Pai ainda tenho duas semanas para escolher alguém. – o príncipe falou um pouco frustrado – Não tem que empurrar ninguém para mim.

– Só quero garantir que ira escolher uma pessoa adequada. – Perseu ergueu uma sobrancelha percebendo as entrelinhas nessa frase.

– Está com medo do que? – perguntou casualmente.

– Só não quero que faça besteiras. – Poseidon disse – Espero sinceramente que saiba o que está fazendo e que não coloque em risco todo o povo.

– Está dizendo que o povo depende de quem eu vou colocar no trono ao meu lado? – o príncipe perguntou indignado.

– Perseu. – disse com voz de repreensão – Pretendia manter isso em segredo, mas não da para esconder mais. Como você sabe o reino do rei Cronos sempre teve algo contra nós. – Perseu assentiu – Ele está ameaçando começar uma guerra que temos poucas chances de ganhar sinceramente.

– Mas por que ele iria querer uma guerra? – perguntou – Nunca fizemos nada ao reino dele.

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– Há coisas que você ira entender com o tempo. – Poseidon explicou – Mas preciso que saiba que é muito importante que você escolha uma futura rainha o mais rápido possível.

O rei se levantou e começou a andar em direção ao escritório. Querendo entender mais sobre o que seu pai falava, Perseu se levantou e o seguiu lado a lado.

– Acha que não vamos ganhar se essa guerra acontecer? – perguntou.

– Talvez. – o rei disse enquanto abria a porta do escritório, deixando o príncipe entrar logo em seguida e fechar a porta atrás de si – Cronos está mais forte, com exércitos mais preparados que os nossos no momento.

– Então precisamos reunir mais soldados. – sugeriu Perseu, mas o rei balançou a cabeça negativamente.

– Há problemas maiores que esse no momento. – disse – Tenho certeza que há pessoas aqui dentro trabalhando para Cronos.

– Espiões? – o príncipe perguntou incrédulo – O senhor desconfia de alguém?

– Não tenho nada concreto no momento, mas direi a você se souber de algo. – o rei garantiu – Por isso cuidado ao escolher em quem confiar. Cronos faria qualquer coisa para nos desarmar.

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– Não importa quantas vezes eu venha para cá. – disse Luke olhando para a enorme fazenda que se estendia logo à frente – Eu sempre vou me surpreender com o tamanho desse lugar.

– Idem. – concordou Annabeth.

Apolo era dono daquela fazenda onde se criava gado e uma enorme linhagem de cavalos de raça, mas quase nunca aparecia por ali. Tudo ficava com Geríon que administrava a fazenda para Apolo.

– Tomara que hoje Geríon esteja de bom humor. – Luke suspirou e Annabeth riu.

– Não quero me meter em confusão hoje.

Eles se dirigiram até a casa de fazenda que possuía dois andares e era pintada de branco. Na frente havia duas cadeiras de balanço e em uma delas se encontrava Geríon sentado observando os dois com um ar entediado e irritado. Digamos que não era a melhor pessoa para conversar.

– Bom dia Geríon. – cumprimentou Luke desmontando do cavalo e Annabeth fez o mesmo – Viemos buscar os cavalos.

– Novidade. – resmungou e se levantou gesticulando para que os dois o acompanhassem.

Eles andaram até os fundos onde havia um enorme pasto onde cavalos de todos os tipos pastavam e corriam. Ao lado da porteira de madeira antiga tinha um estábulo onde dois cavalos estavam presos. Luke se aproximou e pareceu examinar os animais atentamente e Annabeth se juntou a ele.

– São lindos. – observou Annabeth.

Um cavalo tinha a crina branca e manchas pretas ao redor de seu corpo e parecia o tipo de cavalo utilizado em corridas, já o outro era marrom com uma mancha branca ao redor do olho esquerdo.

– São mesmo. – disse Geríon apontando para os animais – Apolo tem as melhores raças e os melhores cavalos.

– Com certeza. – disse Luke com ironia e Geríon não pareceu perceber, Annabeth apenas sorriu e abafou o risinho.

Ela ajudou Luke a laçar os dois cavalos, já que Geríon disse que não era trabalho dele ajudar a amarrar os animais. Depois de amarrados, ambos montaram em seus respectivos cavalos e começaram a cavalgar novamente em direção ao palácio.

– Geríon não estava de mau humor. – disse Luke.

– Não imagino como ele fica quando está de mau humor. – Annabeth riu e ele admirou o quanto a garota ficava bonita cavalgando.

– Não me importaria de brigar com ele se você estivesse comigo. – ele disse e a moça corou.

– É melhor voltarmos nossa atenção para a estrada. – mesmo querendo parecer séria ela não pode deixar de sorrir.

I don't blame you for being you
But you can't blame me for hating it
So say, what are you waiting for?
Kiss her, kiss her