A deusa maldita

A deusa lança uma granada de veneno em minha direção, mas eu consigo desviar. Elijah tenta a atacar por trás , porém ela o derruba no chão , toma sua espada e a aponta para a garganta do garoto. Sem pensar duas vezes grito:

– Só isso? Cade sua honra? A parte épica? Corra atrás de mim, me mate entes dele, sou mais poderosa - falo, um pouco mal pelas ultimas palavras, mas eu sei que não é verdade

Akhlys vem em minha direção e me derruba no chão, fazendo eu engolir um pouco do que está no chão (não sei dizer se era terra), com certeza estava envenenado, pois começo a tossir imediatamente.

O filho de Poseidon aproveita enquanto a deusa dá uma risada fraca e arremessa uma lança quebrada (o dono era algum azarado que perdeu para a deusa) na cabeça de Akhlys, que começa a jorrar icor dourado(sangue divino). Ele me encara e, em um segundo, é como se estivéssemos com o pensamento conectado, a mesma ideia percorre nossas mentes e sabemos exatamente o que fazer.

– Ei, o que acha de brincar de pega-pega? - grito para a deusa- Eu corro, e você tenta me pegar.

– Não cairei nesse truque, se tentarem me jogar penhasco abaixo, vocês caem junto.

– Acho que Não vai rolar, primeiro os mais velhos caem, faz parte da vida

– Por isso é que eu vou mata-los.

Ela se lança sobre mim, mas Elijah agarra seu cabelo, a fazendo cair no chão, nós nos entreolhamos e começamos a correr para o penhasco, única chance de sairmos vivos dali e derrubando-a. A deusa corre atrás de nós e, devo acrescentar que para uma pessoa que é só carne e osso, ela está em forma. Elijah sobre em uma árvore ( na verdade, o que restou de uma) quando a deusa chega perto de mim e me levante pelo pescoço, ela está prestes a me jogar penhasco abaixo quando ele salta sobre suas costas e segura o pouco de cabelo que ela tem. Corro para longe, a fim de ganhar velocidade para derruba-la , tudo corria bem, Elijah já estava no chão e corria para longe, então começo a correr, quando já estou no ar, prestes a chuta-lá, percebo que ela sabia do meu plano o tempo todo. Uma planta venenosa cresce sob os pés de Elijah e ele é lançado para a mão da deusa, que o agarra e cai do penhasco junto com ele, desaparecendo no ar.

– ELIJAH! - grito- Elijah, onde você está?

– Você queria se livrar de mim, só fiz o favor de leva seu amigo junto comigo - a voz de Akhlys ecoa no tártaro. - Pode deixar, ele terá uma morte bem dolorosa.

Assim que ela termina a frase, um grito corta o ar, era de desespero. Junto aos meus pés, estava um frasco de veneno e um bilhete em um pedaço de pedra, decido ler primeiro "Cara Katherine, esse veneno é para acabar com sua miséria de existência, culpada da morte da mãe e agora da de seu amigo, tome-o e sua medíocre existência terá fim. P.S: Eu sempre venço! "

Desabo sobre o chão, tudo o que eu tinha era ele, o motivo de eu ainda Não ter morrido aqui era ele, não sei como sair daqui, não sei como não pirar de vez. tudo o que eu conseguia manter sob controle era com ele, e por minha culpa ele morreu, afinal que plano estúpido era aquele? Tento me levantar, porém minhas pernas fraquejam e eu caio de cara no chão,me rendo ao choro e sinto como se meu coração tivesse sido arrancado do peito. As lágrimas vem, salgadas e em grande quantidade, os soluços ecoam por todo o tártaro, me recuso a acreditar na morte de Elijah. Por que ele?

Perdida em pensamentos, viro de lado e fecho os olhos, lembro-me das canções de ninar que minha mãe cantava quando eu era criança, uma delas falava de não desistir, de ser forte. Minha mãe... outra que morreu injustamente, e por minha culpa, eu tinha que ter falado aquele convite? Poderia ter mentido para Hades, pelo menos ainda a teria comigo.

Levo um susto quando algo toca meu ombro

– Ei, eu não morri ainda

– AI MEUS DEUSES! ELIJAH?

– Não sou a deusa Akhlys, tentei mata-lo, mas me envenenei comeu próprio veneno. Claro que sou eu!

Sinto um misto de felicidade, alívio e raiva

– Sua sereia maldita! Precisava ter gritado?

– Não fui eu quem gritei, foi ela

– Você a venceu?

– A retardei, agora temos que correr. Fala sério, o que seria de você sem mim, fantasminha?

– Nada, sua sereia maldita.

Começamos a correr.