What Is Love

Capítulo IV - Inconsciência.


Cheguei em casa, subi para o meu quarto e fui para o banheiro. Tomei um banho, mas sem molhar meus cabelos. Coloquei uma roupa meio simples, como estava frio eu coloquei uma blusa e uma calça preta. Depois pus pantufas.

Fui para a biblioteca da minha casa (sim, tem uma) e sentei-me à mesa. Coloquei meus livros lá e comecei a ver as tarefas de casa. Para minha sorte havia apenas três, e consegui fazer dois deles rapidamente, já que sou mais adiantada na escola. Então se eu dormir na aula, os professores não poderão reclamar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Agora, o terceiro é o resumo da Rosie. Ainda não decidi o livro... Pelo menos, ela nos deixou escolher.

Já sei!

Rodeei as estantes da biblioteca à procura do livro que queria, e o achei. Seu nome era “O Alquimista” do autor brasileiro Paulo Coelho. É um de meus livros favoritos, e vendeu mais de 65 milhões de cópias em todo o mundo, número merecido. Ele muda completamente a vida de qualquer leitor. É sobre a jornada de um pastor em busca de um tesouro perdido nas pirâmides do Egito, que ele resolveu procurar após a revelação em sonhos. Era apenas uma busca de um bem material, mas se tornou uma verdadeira descoberta interior. Um livro ótimo, vale a pena ler.

Havia lido aquele livro várias vezes, e nunca enjoei de lê-lo. Ele é bem antigo, minha mãe me contava a história dele quando eu era pequena, e com 12 anos ela me me disse que essa história era de um livro. Ela me deu de aniversário e ele se tornou meu favorito.

Fiz o resumo com calma. Li e reli várias vezes, mudando aqui e ali, e quando me dei por satisfeita, o passei a limpo. Levei pelo menos uma hora para terminar. Devem ser umas 16:00h agora.

Arrumei meu material e fui até a cozinha. Achei algumas coisas pra fazer brigadeiro... É isso! Vou fazer brigadeiro! Mas fazer sozinha não tem graça... Vou ligar pro Matt.

Alô? – Disse uma voz masculina.

– Oi Matt! É a Charlotte. Queria saber se você quer vir aqui em casa! – Falei diretamente. Acho que falei rápido demais. Fico hiperativa quando estou animada.

Fala devagaaar. – Ele disse rindo.

– Você. Quer. Vir. Aqui em casa? – Falei pausadamente.

Agora eu entendi. – Ele riu. – Mas pra fazer o que?

– Que mundo é esse onde não se pode mais chamar o melhor amigo para vir em sua casa? – Disse.

Ok, ok, senhorita Miller. Tô saindo de casa.

– Tchau! – Ele se despediu também e eu desliguei. Peguei milho pra pipoca e o deixei no balcão da cozinha, junto com as coisas pra fazer brigadeiro. Peguei alguns cobertores e os deixei no sofá. Alguns minutos depois a campainha tocou.

– Oi Charlie!

–Entra Matt.

– O que quer fazer?

– Eu quero ir pro bosque encantado, montar em um panda-unicórnio, nadar em uma cachoeira de chocolate, comer morangos dos alpes suíços, e ter uma fênix de estimação. E você? – Disse ironicamente e ele riu. – O que você acha? É um tédio ficar aqui sozinha, principalmente quando sua mãe e seu irmão só chegam em casa à noite, sabia?

– Ok, ok. O que vamos fazer agora?

Não respondi e o puxei até a cozinha. Parei ao lado do balcão, o olhei e dei um sorriso de orelha a orelha.

– Pra que tudo isso? – Ele apontou para os ingredientes. Retirei o sorriso de meu rosto e fiz uma cara de “Isso é sério?”.

– Matthew... Para que você acha que uma pessoa usa chocolate e leite condensado? – Ele levantou as mãos em sinal de dúvida. – Brigadeiro! Seu lerdo! – Dei um tapa de leve na cabeça dele.

– Ai! Tudo bem, tudo bem, já entendi. Você quer fazer brigadeiro? – Assenti. – Vamos fazer brigadeiro!

Pegamos os ingredientes e utensílios e começamos a fazer. Um cheiro ótimo se espalhou pela casa. Colocamos em um prato para esfriar. Enquanto esperávamos, fomos lambendo a panela com duas colheres. Num momento eu sujei o nariz de Matthew com chocolate.

– Que fofinho, Matt. – Disse rindo.

– Ei Charlie! – Ele disse com tom brincalhão. – Isso não vale!

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Vale sim... Ei! – Ele fez o mesmo comigo. – É guerra?

– Foi você quem começou. – Ele disse rindo.

– E você continuou, idiota! – Ri e o sujei também, dessa vez na bochecha.

Então fomos comendo chocolate e sujando um ao outro. Até que chega uma hora que...

– Ôôô... – Tentei me equilibrar mas acabei caindo em cima de Matt e por “ironia do destino” eu fiquei MUITO vermelha. Ficamos um tempo em silêncio e Matthew estava se aproximando cada vez mais. Sua respiração se misturando com a minha. Então ouvi um barulho estridente.

– S-senhorita? – Mary havia deixado um vaso cair no chão, ela nos olhando com uma expressão envergonhada e também assustada em seu rosto. – D-desculpe se atrapalhei... E-eu vou buscar uma vassoura. – Ela disse e saiu andando a passos rápidos. Mary é parente do Flash? Porque ela corre que é uma beleza.

Eu saí de cima de Matt e dei a mão para ajudá-lo a levantar. Nos encaramos por alguns segundos e começamos a gargalhar.

– Daria tudo pra saber o que ela estava pensando! – Disse ele rindo.

– Igualmente. – Disse também rindo.

Voltamos a fazer as coisas e enrolamos os brigadeiros em confeitos coloridos e também fizemos pipoca. Pegamos a pipoca e refrigerante e fomos pra sala escolher um filme.

– Vamos assistir qual?– Falei.

– “A volta dos que não foram”? – Ele falou com um sorriso irônico e eu ri.

Demos mais risadas e por fim escolhemos um filme de terror. Esse parecia ser mais suspense, mas também poderia se encaixar no terror. “A Última Casa da Rua”.

Me escondi debaixo do cobertor.

– Que foi Charlotte? – Ele disse segurando uma risada.

– Não seja irônico seu idiota! Você sabe que eu morro de medo desses filmes!

– Eu? – Matt falou se fingindo inocência.

– Não, imagina, eu... Lógico que é você cabeção!

– AAAAH! – Eu e ele gritamos juntos na cena.

Me escondi de novo debaixo do cobertor. Logo saí e nós nos olhamos. Não aguentamos.

Caímos na gargalhada.

Depois que o filme acabou, Matthew disse:

– Preciso ir Charlie...

– Já? – Não queria que ele fosse embora.

– Sim... Ainda tenho que terminar uma atividade.

– Mas eu posso te ajudar lá na biblioteca, aí quando chegar em casa você só passa pro caderno. – Não queria mesmo que ele fosse embora. É uma completa chatice ficar aqui nessa casa enorme sozinha, mesmo que tenha Mary, o mordomo, os empregados, o segurança... etc. Mesmo que eu fique sozinha quase todo dia, eu não me acostumo.

– Vamos então! – Disse ele sorrindo.

Peguei uns livros e fomos para a biblioteca.

Chegando lá nos sentamos e eu perguntei:

– Qual é a atividade?

– Aquela lá... Er... Ah! Página 186 do livro de história.

– Que dificuldade pra lembrar hein? – Falei procurando a página no livro. – Aqui.

Ele pegou uma caneta e uma folha de papel, e o que ele não entendia eu explicava.

Fomos fazendo isso.

Até que eu sinto uma onda de sono percorrer o meu corpo.

E fico inconsciente.