Às coisas ao avesso e às coisas sem sentido

Às coisas ao avesso e às coisas sem sentido


Às coisas viradas ao avesso,

às coisas sem sentido

dedico minhas palavras;

Aos pés que caminham pelo céu,

e às cachoeiras que o molham.

Ao fogo que ensopa.

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Às rimas que não rimam,

aos tênis jogados sem bola.

Aos amores sempre correspondidos,

à partida de Machado de Assis,

o Realista que teve um fim Romântico.

Aos gatos e corvos,

ao negrume que envolve a felicidade

e às cores que colorem a melancolia.

Aos crimes imperfeitos.

Aos bloqueios criativos,

às flores flutuantes.

Aos matemáticos e físicos.

Aos epicuristas.

Pois mesmo as coisas ao avesso,

as coisas sem sentido,

merecem ser poetizadas

em versos incertos e sem técnica.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.