Um pedido, um tempo e um casamento

Ok, é hoje Annabeth, respire


[Dia vinte e seis de março. Casa.]

Percy havia acabado de me ligar dizendo que teria que ficar até mais tarde no trabalho por causa de uma reunião de última hora e que eu não precisava esperar por ele.

Já eram oito e meia da noite e, por ter passado o dia todo desenhando um novo shopping, estava super cansada. Zoe também não ajudou muito estando super agitada hoje. Depois de tomar banho, fui me deitar. Dormi, mas não por muito tempo. É, a bolsa estourou. Peguei o telefone e liguei para Percy.

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– Annie, o que foi? A reunião ainda não acabou e eu ...

– Percy, querido, a bolsa estourou – disse com a maior calma que pude. – Será que você pode ...

– Me dê dois minutos, ok?

Ele desligou e eu me sentei. Estava com minha camisola e coloquei os chinelos de quarto que estavam ali. Peguei minha bolsa e depois fui ao quarto de Zoe pegar a dela. Chegando perto da escada, escutei a porta se abrir.

– Annie, onde você está?

– Na escada. Uma pequena ajuda?

Ele subiu e me carregou pelos últimos degraus até o piso térreo e depois me levou até o carro.

– Nãos se esqueça das bolsas, Percy.

– Ok, ok. Fique calma.

– Mas eu estou calma, Percy. Você é quem parece que vai desmaiar a qualquer momento.

– Não se vira pai todos os dias, certo?

Ele entrou em casa e saiu de lá com as duas malas e trancando a porta. Depois de colocar as duas malas no banco de trás, ele se sentou no banco do motorista e deu a partida.

– Percy, coloque o cinto pelo amor dos deuses! E pare de correr tanto assim! Eu estou dando à luz e pretendo ficar longe dela!

– O que?

– Sabe aquela expressão que se diz nos filmes quando alguém está morrendo, “não vá para a luz”? Então, é isso.

– Annie, esse não é o momento mais apropriado para começar a fazer piadinhas – ele disse colocando o cinto.

– Di Immortales, Percy! Vai ficar tudo bem e ... ai!

– Que foi?

– Contração. Pensando bem, pode ir um pouquinho mais rápido.

Ele acelerou e em pouco tempo estávamos no hospital. Descemos do carro e Percy me ajudou a ir até a porta. Entrando no hospital, ele chamou por uma enfermeira que me colocou numa cadeira de rodas. Fui posta numa maca e depois um médico veio conversar comigo sobre como nós estávamos. As contrações estavam cada vez mais frequentes e ele disse que o parto seria imediatamente.

Lhe pouparei dos detalhes de como Zoe nasceu (até porque metade foi a enfermeira dizendo para eu respirar e a outra metade eu gritando e apertando a mão de Percy) e pularei para a parte em que pude segurar Zoe pela primeira vez. Ela estava dormindo quando a peguei porque ela havia nascido dormindo, o que achei bem típico de Percy. Mas as características de Percy, além de seu sorrisinho de bebê que eu jurava ser parecido com o dele, terminavam ai porque ela era, como disse Percy, uma mini Annabeth. Seus cabelos, embora lisos, eram loiros como os meus e, quando ela acordou pude ver seus pequenos olhinhos cinzas.

Os olhos de Percy estavam brilhando mais do que nunca, não só pelas suas lágrimas, mas também por admiração. Naquele momento percebi o quanto ele estava surpreso, animado e assustado com a ideia de ser pai e o porquê de sua preocupação.

– Hey, Zoe - ele disse se inclinando por cima de meu ombro. - Bem vinda ao mundo, minha princesa.