Vai ficar tudo bem

Capítulo 4 - Sério cara, é muito brega, de verdade.


Depois de terminarem e limparem toda a bagunça da cozinha - que Natsu fez, obviamente -, os dois amigos foram pro quarto e o garoto deitou na cama, cobrindo-se .

– O que você tá fazendo? - perguntou Lucy, totalmente surpresa.

– Dormindo oras - respondeu, virando-se para o outro lado.

– Por que na minha cama?! - exclamou a loira.

– Mas Luceeee - começou o garoto, todo manhoso, virando-se novamente para encara-la - Tá muito tarde, e se eu for pra casa agora, vou acordar o Happy...

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Suspirou. O rosado já dormira com ela várias e várias vezes. Afinal, o mago vira e mexe aparecia - lê-se invadia aqui - no apartamento com o exeed e eles ficavam lá até serem acordados com um berro de Lucy.

– Tá tá... - concordou cansada e foi ao banheiro colocar o pijama, que nada mais era que um shortinho curto e uma blusinha de alça.

Lucy voltou e deitou-se ao lado do garoto, ficando com seu rosto quase colado ao dele. Natsu, que estava com os olhos fechados, abriu-os ao sentir a respiração da loira e ambos coraram um pouco com a proximidade que se encontravam, mas nenhum dos dois ousou afastar-se.

– Nee, Natsu... por que resolveu me ajudar? - perguntou a maga depois de um tempo.

– Não é obvio? - disse ele, recebendo um balançar de cabeça negando - Porque eu me importo do você - tocando o nariz da amiga com o indicador, fazendo-a sorrir.

O sorriso mais brilhante de toda Fiore, quem sabe de todo o mundo... pensou Natsu, sorrindo involuntariamente.

– Obrigada... - o sorriso da loira aumentou.

Mesmo que ela tivesse lutado para não contar para seus companheiros sobre sua angustia e seu treino, sentia-se aliviada agora que o amigo sabia. E ele? Bem, ele sentia-se muito feliz em conhecer um lado dela que ninguém mais sabia.

– Sabe Luce, eu não sei porque você está preocupada em ficar mais forte...- o mago olhou bem no fundo dos olhos mel da garota - Afinal, eu vou te proteger quando você precisar.

Natsu passou um de seus braços ao redor da cintura da loira, fazendo seus corpos se juntarem um pouco mais e as bochechas de uma certa garota arderem.

– Mas eu não quero ser um peso morto, nem pra você nem pro pessoal... além disso, o que acontece quando você não estiver perto?

– Isso não vai acontecer, e sabe porquê? - perguntou o rosado, recebendo um não novamente - Porque eu vou estar sempre ao seu lado - e beijou a testa da amiga.

Tanto Lucy quando Natsu sentira como se uma corrente elétrica atravessassem seus corpos, mesmo com esse singelo e inocente gesto, apenas. E então ambos riram de leve, felizes com a sensação.

– Boa noite Luce.

– Boa noite Natsu.

Dito isso, a maga puxou mais o lençol para se cobrir, não que precisasse, já que ela tinha um Dragon Slayer de fogo exalando calor bem ao seu lado. O fato é que ela gostava da combinação lençol e Natsu.

E adormeceram.

[...]

– Natsu eu me recuso a fazer isso! - disse Lucy, batendo o pé no chão e cruzando os braços.

– Luce! Quantas vezes eu preciso explicar pra você?! Eu preciso que você faça isso! - exclamou o rosado, que começava a ficar irritado com a teimosia da amiga.

Os dois estavam em um vale aos arredores de Magnólia há uma hora. No momento, estavam discutindo sobre Lucy lutar ou não com o amigo.

– E se eu te machucar pra valer - olhou a loira preocupada. Ela sabia que não era capaz de causar um dano tão grande assim, mas anida não queria bater nele.

– Qual é Lucy, até parece que uma lutinha vai me matar. Vamos lá, me soque o mais forte que você puder!

– Mas...

– Sem mas, mocinha - interrompeu - Acabe comigo sem magia - e sorriu.

Nunca que a maga lutaria com o amigo, ainda mais sem ele se revidar - já que nunca, jamais ele ousaria machucar sua Luce.

– Natsu, acho melhor eu continuar treinando sozinha, eu não vou...

– Vai - interrompeu de novo.

– Não vou.

– Deixa de ser teimosa.

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– Eu não sou teimosa - e virou-se de costas para o amigo.

O mago suspirou. Tinha que pensar em um jeito de faze-la lutar. Levou uma mão ao queixo e franziu o cenho, pensativo.

– Tava aqui pensando Lucy... como você conseguiu deixar seu apartamento tão feio em? - Imediatamente ele recebeu um olhar assassino na maga.

Eu provavelmente to muito fodido, mas isso é necessário, pensou o rosado consigo mesmo.

– Sério cara, é muito brega, de verdade.

– Como?! - perguntou uma Lucy enfurecida, só para ter certeza do que ouviu.

– Ah sabe... a decoração é ridícula... - mentiu. Na verdade não havia nada de errado com a decoração. O garoto também não entendia nada sobre o assunto, mas achava o apartamento da amiga um local muito agradável e aconchegante.

Mas a questão aqui é: nunca, nunca mesmo, falem mal da decoração do apartamento de Lucy perto dela - pode ser tão fatal quanto uma garota se esfregar no Gray em frente à Juvia.

Foram necessários dois segundos para que Natsu sentisse os punhos da amiga em sua face, fazendo-o se desequilibrar um pouco.

– Isso! - sorriu de alegria e passou a mão onde recebeu o soco, sentindo dor.
Não demorou para que recebesse outros, sem contar alguns chutes - que o garoto tentava esquivar-se ou bloqueá-los com o braço.

Quem esse cara pensa que é pra falar assim da minha decoração?, pensou Lucy, possessa. Até que depois um tempo parou de avançar no amigo e respirou fundo.

Assim que se acalmou, a garota olhou para o amigo que ofegava em sua frente e secava o testa que escorria uma gota de suor - aquele dia estava especialmente quente. O rosado estava com um pequeno corte do canto do olho e alguns vermelhos no braço - resultado de sua defesa. Lucy sentiu seu coração apertar de culpa.

– N-Natsu, e-eu sinto muito - gaguejou a loira, aproximando-se do garoto.

– Tudo bem Lucy, isso não é nada demais - e sorriu de novo.

– Deixa eu cuidar disso... - foi até a mochila que havia deixando em um canto qualquer e pegou uma caixinha pequena que continha alguns algodões, curativos, um frasco de remédio. - Vem aqui.