P.O.V. Jane.

Estou á caminho da casa dos Cullen. Bom, Dimitre e eu.

—Acha que eles vão ficar felizes em nos ver?

—Eles são os Cullen!

—Claro.

Nós tocamos a campainha e uma moça de cabelos loiros e olhos azuis abriu a porta.

—Oi Tia Jane! Tio Dimitre!

—Quem é você?

—Não se lembra de mim?

—Não.

—Sou eu tia. A Faye.

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—Faye?! A Fayezinha?

—Sim.

A menininha que eu conheci já era uma adolescente.

—Uau! Como está grande.

—Vocês nunca mais vieram visitar.

Ela nos deixou passar e fechou a porta.

—Pai! A tia Jane ta.... aqui.

—Irmão.

—Irmã.

Ela começou a rir.

—Qual a graça?

—Vocês passaram vinte anos separados e é só isso que vão dizer um ao outro? Não vão se abraçar?

—A nossa dinâmica familiar é diferente.

—Sei. Criados como guerreiros, devem ser frios e inescrupulosos. Eu sei.

—Sabe?

—Sei. Mas, achei que o papai tivesse brincando.

Ela se virou e estava saindo quando eu pergunto:

—Onde vai?

—Chamar o Kyle.

—Quem é o Kyle?

—Não contou pra tia Jane sobre o Kyle?!

—Ela não responde minhas mensagens, não lê os meus e-mails e nem as minhas cartas. Não é culpa minha.

—Você sabe que o Aro não dá sossego.

—Sei. Pior que sei. Mas, Kyle é o meu filho caçula.

—Quantos anos ele tem?

—Seis. E aparência de 18.

Faye saiu e começou a bater na porta de um dos quartos.

—Kyle! Kyle sai daí! Kyle!

—O que foi pentelha?!

—Temos visita. É a Tia Jane. Agora levanta essa bunda da cama, troca de roupa e vem pra sala. Ou a mamãe vai te pegar.

—Tá. Peste.

—Eu ainda sou a primogênita!

Faye vem até a sala dando risada.

—Isso me lembra dos velhos tempos. Quando morávamos no castelo.

—Vocês brigavam muito?

—Sim. E eu zoava o seu pai legal.

—Tai uma coisa que eu pagaria pra ver.

Um garoto vem andando pelo corredor. Ele estava com uma camisa regata e bermuda. Andava descalço e os cabelos estavam um pouco bagunçados.

—Falei pra botar uma roupa Kyle!

—Eu botei.

—Olha pra você? Nem parece que é filho do papai e da mamãe! É um relaxado!

—Eu to em casa. Não enche!

—É o amor fraternal.

—Claro tia. Eu amo a minha irmãzona.

Ele bagunçou os cabelos loiros da irmã.

—Kyle eu vou te matar!

Kyle já tinha sumido.

—Eles são sempre assim?

Pergunta Dimitre.

—Tão piorando com a idade.

Faye já tinha sumido atrás do irmão.

—Sai daí! E apanha feito homem!

Nós estávamos morrendo de rir.

—Eles tem dons?

—Sim. Mas, não vou falar quais são.

—Porque não?

—Aro os cobiçaria. Principalmente Faye.

—Faye? O que ela faz?

—Não vou dizer Jane. Eles são meus filhos, talvez algum dia você entenda.

—Aro poderia lhes dar tudo o que eles desejassem.

—Aro lhes daria uma vida de escravidão! Eles vão á escola, vão ao shopping, andam de Skate e fazem tudo o que uma criança normal faz Jane. Eles são livres para escolherem.

—Mas, Jane tem razão. Aro lhes daria um quarto enorme e cartões de crédito ilimitados.

—Eles tem isso aqui. E aqui eles tem amigos, tem uma vida social.

—Está me dizendo que eu não tenho vida social?

—Exato. Quanto tempo faz desde que foi a uma festa onde podia rir e se divertir?

—Ahm...

—Viu?

—Posso levar a tia Jane a uma festa. Aposto que o Kyle vai fazer o impossível para irmos á festa da Soph amanhã.

—Quem é Soph?

—O nome dela é Maria Sofia. Ela é minha amiga e o Kyle tá babando encima dela, mesmo sabendo que ela vai ter um bebê do otário do ex dela.

—Espere, a garota está grávida de outro homem e Kyle pretende namorar com ela?

—É. E daí?

—Isso é ultrajante!

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—Qual foi a última vez que esteve no mundo exterior só que para ver as pessoas?

—1873.

—Tá explicado. Os tempos mudaram, as garotas podem ser mãe solteiras e os caras aceitam os filhos de outros caras.

—Impressionante.

—E como estão Marcus e Aro?

—Bem. Estão vivos.

—Como assim?

—Sua mãe matou um dos anciões. Ela matou Caius.

—Tá brincando né?

—Não. Eu estava lá, eu vi com os meus próprios olhos.

—A minha mãe não machuca nem uma barata. Ela abre a porta e espanta a barata pra fora.

—Mas, ela matou Caius.

—Só porque ele me atacou. Oi!

—Qual o seu dom querida?

—Eu...

—Não responda!

—Porque não?

—Porque quando eles voltarem Aro lerá todos os seus pensamentos e cobiçará vocês.

—Eu não tenho medo.

—Quer saber? Tem razão!

—Tenho habilidades telecinéticas e o canto da sereia.

—O canto da sereia?

—É. Eu canto, os caras apaixonam e fazem tudo o que eu mandar. Tudo mesmo.

—Tudo?

—Se eu mandar eles se matarem, eles se matam. Eu já fiz isso uma vez, mas foi sem querer.

—Nunca me falou isso.

—Porque fiquei com medo. Eu vi o meu inimigo mortal cortar a própria garganta com o canivete que ele apontou pra mim!

—Quem era esse menino?

—Ethan Collins. Ele e os colegas dele me cercaram e iam me violentar, mas eu comecei a cantar sem saber porque, mas de repente parou. E eu tava com muita raiva.

—E?

—E eu falei: "Se mata Ethan."

—E ele se matou. Os outros fugiram.

—Foi só dessa vez?

—Que alguém morreu sim. Mas, daí eu fui testando e treinando.

—E deu certo?

—Super.

—E o seu irmão, o que ele faz?

—Sou a versão masculina da Mística.

—Mística?

—Mostra pra eles querido.

Num piscar de olhos ele era eu. O menino havia mudado de forma.

—Pode voltar ao normal Kyle.

E ele era ele outra vez.

—Impressionante. Aro com certeza vai querer esses meninos.

—Quem é esse Aro afinal?

Contamos a história e ela ficou impressionada.

—Uau!

—O seu avô deve ter um quadro daqueles três lá no porão.

—Porque?

—Ele já foi Volturi. Mas, conseguiu superar o mestre.

—Como assim?

—Aro odeia admitir, mas o clã de seu antigo aluno é mais poderoso do que o dele.

—E o que que tem?

—Aro não gosta de perder.

—Ninguém gosta, mas é a vida.