Os Marotos - Love Is In The Air.

Bob Esponja, Médico Bonitão e A Visita


“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”

– Oscar Wilde.

POV Marlene:

– Lene. – Meu irmão me chamou batendo na porta.

Ah, e eu olhei no relógio e eram... Sete e meia!

– O QUÊ FOI, TRASTE DOS INFERNOS!?! – Como eu amo meu irmãozinho, né?

– Seu médico, sabe... – Ele falou e tinha certeza de que ele estava rindo.

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Mas eu não tenho culpa se toda vez que eu acordo eu estou parecendo um trasgo montanhês, brincadeira porque eu sou diva, mas vocês entenderam, e sim, eu sou muito modesta. Fui ao banheiro para lavar meu rosto, arrumar meu cabelo e tals.

Vesti uma roupa bem básica: Blusa branca com uma jaqueta de couro preta e uma calça jeans, hoje optei por usar um tênis vermelho.

E sim, eu amo minha jaqueta.

Desci as escadas e encontrei Vivian e Josh tomando café.

Comi panquecas e uma xícara de leite, pois não estava com tanta fome.

– Não vai comer mais? – Josh me perguntou assim que empurrei meu prato para longe de mim.

– Não estou com fome. – Eu falei e me sentei no sofá da sala, onde estava passando Bob Esponja. E eu gosto do Bob Esponja. Apesar de ele ser gay... Como o Ben.

Gays são legais, e fofos...

(...)

– Vamos, Lene. – Vivian me chamou e percebi que ela e meu irmão já estavam prontos para me levar ao... Argh... Médico.

(...)

Nós chegamos ao consultório, eu fiz minha ficha, e depois sentamos para esperar eu ser atendida.

Meia hora depois a secretária do médico me chamou.

Sabe aqueles médicos velhos, com o rosto todo enrugado?

Esse era o oposto deles, graças á Zeus.

Ele era moreno, alto, os olhos dele (que não me eram estranhos) eram azuis.

– Como vai Srta. Mckinnon? – Ele perguntou para mim, me tirando de pensamentos nada santos.

– Eu estou bem, eu acho... – Eu respondi meio insegura. Você não pode falar que está bem quando se vai ao médico, por que se você está bem, você não precisa estar lá.

– Olha, doutor. – Meu irmão começou. – Ela estava perdendo muito peso por causa da megera da minha mãe que ela queria ser modelo. Ai, ela desmaiou na escola e foi só ai que descobrimos que ela estava muito abaixo do peso ideal. E viemos aqui pra ver o que podemos fazer com ela.

Eu não saberia explicar melhor que ele...

– Ok. Bem, vamos fazer uns exames primeiro, ok? Tire a roupa, por favor, Srta. Mckinnon.

– Tirar a roupa, tipo... Tudo? – Eu perguntei ficando vermelha.

–Sim. Preciso te examinar.

– Josh... Vaza! – Eu avisei pro meu irmão, que falou que iria esperar na sala de espera. Vivian ficou comigo porque afinal ela é mulher e... A que se dane esse negócio de mulher! Eu fiquei com vergonha dela também!

Depois de tirar toda a minha roupa, ele me mandou deitar em uma cama e começou a me examinar com aqueles instrumentos gelados que médicos tem.

E sim, foi muito estranho.

AI MEU DEUS ele vai me estuprar!!

Depois de alguns minutos assim ele me falou que eu poderia vestir a roupa.

É pra glorificar de pé!!

Josh entrou de novo na sala, quando eu acabei de me vestir, claro, e o médico começaram a dar várias explicações.

– Bem... A Srta. Mckinnon está com sintomas de uma anorexia. Mas não é exatamente uma, é como um distúrbio alimentar... Apesar de todas serem preocupantes. Mas a dela, como vocês souberam com a doença ainda no começo, vai ser mais rápido de ela se recuperar. Vou passar uma dieta especial que ela tem que seguir a risca, e alguns remédios. Os remédios podem ter alguns efeitos colaterais no começo, como tonturas, mas depois passa. – Ele começou a escrever igual a um doido no caderno dele e depois me passou a dieta e os nomes da série de remédios que tinha que tomar.

– Também vou anotar o numero de telefone de uma psicóloga boa para ela. – Ele completou e eu ainda não consigo entender o porque de eu ir para a psicóloga.

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– Você não vai me internar? – Eu perguntei.

– Não... A senhorita não está com problemas de peso por livre e espontânea vontade, pelo que sei você foi induzida a “não” comer. Mas você quer parar com isso, não quer?

– Sim.

– E como seu transtorno foi descoberto bem no começo, eu posso passar uns remédios para você tomar por conta própria.

– E quais são esses efeitos colaterais? – Josh perguntou.

– Depende do paciente. Mas normalmente são tonturas leves, dores de cabeça, essas coisas... Nada muito grave.

(...)

Chegamos em casa e eu fui me trocar. Estava muito calor então continuei com minha blusa branca e coloquei um short jeans preto.

– Marlene! Vamos sair para comprar as coisas que tem nessa dieta aqui e os seus remédios e já voltamos, ok? – Vivian falou pegando sua bolsa e Josh, sua carteira e as chaves do carro.

– Ok. Voltem logo! – Eu gritei do andar de cima.

Depois de uns minutos que eu fiquei lá pensando em absolutamente nada, eu resolvi descer e mexer um pouco no note do meu irmão enquanto ele ainda não chega.

Eu estava assistindo TWD (The Walking Dead) pela internet, quando a campainha toca.

Eu fui atender ela, e dei de cara com um moreno, que sorria discretamente para mim.

– Sirius... – Isso saiu mais como um suspiro de saudade. Eu o abracei com todas as minhas forças.

– Que saudade, morena! – Ele me levantou do chão.

– Entra. – Eu dei espaço para ele entrar e ele se sentou no sofá. – Como descobriu meu endereço?

– Lilian. – Ele apenas respondeu e eu entendi tudo.

– Mas e ai? Tudo bem? – Eu perguntei me sentando do lado dele.

– Tudo... Tirando o fato de você não dar sinal de vida por bastante tempo. – Ele me olhou repreensivo e eu fiz aquela carinha de cachorro abandonado.

– Me dá um desconto... Eu achei que o médico iria me estuprar hoje... – Ele ficou sério e eu ri. – Tô brincando.

– Eu vim aqui pra te falar uma coisa... – Ele começou e estava um pouco nervoso. – A professora Joanne pediu um trabalho em casais e... Bem, e você quiser eu posso fazer o trabalho com você... Mas eu vou entender se você quiser fazer com outra pessoa... – Ele abaixou a cabeça e eu repreendi um sorriso.

– Sirius. Posso fazer o trabalho com você sim.

– Bem... Então tá. – Ele tava tentando disfarçar a animação que eu vi.

– Sobre o que é esse trabalho? – Eu perguntei olhando nos olhos dele.

– Temos que ler um livro e depois fazer um resumo sobre ele. Aqui está a lista. – Ele me entregou um papel que tirou do bolso.

– Hum... Harry Potter? – Eu perguntei e ele concordou.

– Pode ser. – Ele falou.

– E você veio até aqui só pra me falar de um trabalho? – Eu perguntei entregando a lista de volta para ele.

– Na verdade, não. Estreou um filme no cinema, e eu queria assistir, e por acaso, tem uma seção que começa daqui á uma hora. Topa? – Ele perguntou sorrindo “daquele jeito”.

– Pode ser. Só vou colocar uma calça. Espera ai. – Eu subi as escadas e coloquei minha calça jeans o mais rápido possível, peguei minha bolsa vermelha e nós dois fomos para o cinema.

(...)

– Você viu a cara dela quando ela viu que ele era um monstro? – Eu perguntei rindo para Sirius quando saímos da sala.

– Haha. Foi muito engraçado. Ela era muito otária! Fala sério! O cara queria carne humana de café da manhã e ela achando a coisa mais normal do mundo! – Ele riu junto. Logo que paramos com as risadas, eu olhei pra ele.

– Tô com fome.

– Eu também. – Ele pegou minha mão e fomos para o McDonald’s. Eu não falei nada, pois estava com muita fome para protestar qualquer coisa.

Depois que ele pediu seu lanche com refrigerante e batata frita, ele perguntou o que eu queria.

– Vai querer uma salada? – Ele perguntou e eu revirei os olhos.

– Eu tenho uma dieta pra fazer. E tudo o que eu preciso é engordar, e você quer que eu coma salada? Pode deixar que eu peço o meu. – Ele me deu espaço e eu pedi o mesmo que ele, só que com uma porção de batatas fritas a mais.

Depois que pegamos nossos pedidos ele achou um lugar para sentarmos e começamos a comer.

– Tem um pouco de molho aqui. – Ele esticou se braço e eu senti sua mão passando pelo canto da minha boca, o que me causou sensações estranhas.

– Obrigada. – Falei envergonhada depois que ele se afastou de mim.

Acabamos de comer em silêncio e depois ele me deixou no apartamento do meu irmão. Mas ele resolveu não entrar.

– Então... Tchau. – Eu falei pegando as chaves do apartamento na minha bolsa. – E obrigada pelo filme. Estava precisando mesmo me distrair.

– Estava com saudade, sabe... De nós. – Ele falou e eu gelei. Como assim, nós?

– O que quer dizer com isso? – Eu perguntei, mas no fundo eu acho que já sabia de resposta.

– Nada, esquece. – Ele falou de cabeça baixa.

“Pessoas não esquecem essas coisas tão fáceis, Black.”

Pensei comigo mesma.

– Então, até mais. Você volta aqui depois para fazer o trabalho? – Eu perguntei destrancando a porta, ele fez que sim com a cabeça.

– Isso se você não voltar para a escola antes. Você tem o livro?

– Tenho. Vou começar a ler ele de novo.

– Eu também. Tchau, morena.

– Tchau, Sirius.

Eu o beijei na bochecha e entrei em casa.

Logo que entrei, Josh veio me atolando de perguntas, como: Onde eu estava, com quem eu estava, o que eu estava fazendo...

– Eu fui ver um filme. – Falei direta e me tranquei no meu quarto.

Eu fiquei sim meio mexida com o que o Sirius falou. Eu devia ficar, não devia?

Bem, eu só sei que esse “nós” não pode acontecer.

É apenas “eu” e “ele”.