Wrong Love
Capítulo 12 - Rotina:
Capítulo 12 – Rotina:
Clary caminhou nervosa até a porta dos Lightwoods.
Ela teria que voltar rápido para casa antes que sua mãe retornasse do mercado. No fim, Michael disse que não era culpa de Clary. Ela descobriu e ele mentiu dizendo a enteada que logo contaria para Jocelyn. Sua mãe não pareceu acreditar em uma única palavra do canalha. Clary também não acreditaria mas por alguma razão seu padrasto resolvera inocentá-la de tudo. Ela não queria saber se ele tinha feito um pacto com o demônio, mesmo com a culpa lhe pesando a consciência, Clary decidiu confirmar a história.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Nunca mais faria algo para magoar sua mãe.
Quem atendeu foi Isabelle. Ao ver Clary, a mesma ficou pálida e arregalou os olhos castanhos.
A ruiva a empurrou não tão delicadamente e entrou.
─ Quero ver Jace.
─ Clary...
A garota olhou para o lado e viu Simon sentado no sofá, com uma expressão atordoada no rosto.
Ela estreitou os olhos verdes para Isabelle.
─ O que ele faz aqui?
─ Estamos namorando. Não queríamos te chatear...
Clary abanou a mão com um gesto de indiferença.
─ Tanto faz. Meus amigos, se vocês estão felizes tudo está em ordem. Agora, preciso falar com Jace. Com licença.
Clary ignorou Isabelle a chamando enquanto subia os degraus. Ela estava ansiosa. Jace teria que ouvi-la. Já fazia uma semana.
Depois de refletir bem sobre a última discussão deles, ela teve a certeza de que Jace tinha um discurso ensaiado. Uma coisa pronta. Alguém havia ameaçado Clary ou sua família e ele apenas cedera. Depois de dar-lhe um soco, a ruiva com certeza o beijaria.
Ela escancarou a porta do quarto.
─ Jace, eu...
Franziu a testa confusa.
─ Não entendo. – Murmurou a garota fracamente.
Isabelle e Simon apareceram na porta. Clary olhou para ela. A expressão de pena no rosto da menina de cabelos pretos dizia tudo. Algo estava terrivelmente errado.
─ Clary, eu sinto muito.
A ruiva pensou em gritar mas o nó na sua garganta impedia que até o ar entrasse. Ela fechou os olhos. O sorriso sarcástico dele lhe veio a mente. Quando ela abriu os olhos verdes novamente estavam marejados.
Ela balançou a cabeça e passou a mão no cobertor estendido no colchão e sentou-se na beira da cama.
─ Quando? – Conseguiu indagar rouca.
Isabelle se aproximou dela e se ajoelhou, pegando em suas mãos.
─ Na quinta de manhã. Eu acordei e o chamei para tomar café. Quando cheguei só tinha um bilhete na cama e...
Clary levantou os olhos.
─ Eu quero ver.
Isabelle se levantou lentamente e ficou próxima de uma cômoda com a gaveta aberta. Retirou de lá um papel e o entregou à Clary.
A outra passou os dedos nos contornos das palavras. A caligrafia dele era simples e intensa. Como ele.
Izzy,
Se você está lendo isso, provavelmente já estou no avião. Sabe que não sou de voltar atrás nas minhas decisões e se eu avisasse, bem...nós dois sabemos que minha partida não ocorreria.
Sei que está confusa, talvez com medo por mim mas quanto à preocupação, eu sei me virar.
Quanto à confusão, sinto muito. Esse bilhete não explicará nem metade do que anda acontecendo.
Eu poderia tentar mas só desperdiçaria o seu tempo e o meu.
Queria te agradecer por cuidar de mim todos esses anos, por ser minha amiga e minha irmã de coração.
Se qualquer pessoa procurar por mim diga que fui para Londres. Não pretendo retornar.
Também queria ver você se adaptando à cidade mas não será possível.
Seja forte por Alec. Aquele garoto não sabe se virar sem mim.
Um conselho? Não se apaixone. Nunca. É uma mistura de céu e inferno que eu jamais irei entender. Se já se apaixonou, sinto muito. Só posso lhe desejar sorte.
Seja feliz, muito feliz Izzy.
Com carinho, Jace
Clary respirou fundo e tentou organizar os pensamentos mas sem sucesso, bufou.
─ É bem a cara do Wayland.
Isabelle sorriu tristemente.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!─ É, é sim.
Clary olhou para baixo de novo e ficou quieta.
─ Posso te dar um abraço? – Perguntou a morena hesitante.
A ruiva sorriu e estendeu os braços pálidos.
─ Izzy, você é a melhor amiga que pode existir.
***
Dezembro chegou e com ele veio o Natal.
Clary fazia as coisas no piloto automático. Como respirar, você não pensa. Apenas faz.
Janeiro chegou mas a dor no peito dela ainda não diminuíra. A ausência de Jace parecia ser ainda mais forte que a presença dele. Clary estava vasculhando pastas em seu computador em busca de fotos para um trabalho de escola quando se deparou com uma pasta que não se lembrava. Ela abriu e a medida que olhava as imagens, lágrimas rolavam de seu rosto.
Jace e ela no jardim dos fundos, uma semana depois que haviam se reencontrado na boate. Na foto eles faziam caretas. Clary com cara de espantada e Jace mostrando a língua. Depois, fotos deles após o primeiro beijo. Jace a aninhando em seus braços e sorrindo para Clary. Jace beijando-a no rosto. Jace com cara de bravo quando Clary tirou foto dele contra sua vontade.
Ela na piscina fazendo guerra de água com Isabelle e Jace observando e sorrindo para as duas.
Clary se afastou da mesa e se levantou.
─ Chega! Não posso mais sofrer com tudo isso.
Os meses foram se passando. A dor da ausência de Jace foi diminuindo. Se tornando quase suportável. Até que novembro chegou. Fazia um ano. Um ano que ele havia deixado Clary. Um ano que Jace partiu o coração dela.
Clary se levantou com as batidas insistentes na porta em um sábado de manhã.
Ela desceu as escadas mas as batidas continuaram enquanto Clary tropeçava no chinelo e amaldiçoava quem lhe perturbava o sono de um sábado chuvoso.
Abriu a porta e Isabelle Lightwood irrompeu no local.
─ Graças a Raziel. Pensei que nunca atenderia esta maldita porta.
Clary coçou o olho.
─ Isabelle. É sábado. Está chovendo. Por que diabos você saiu de casa?
─ Porque tenho um comunicado para fazer.
Clary fechou a porta e se virou com indiferença.
─ Hm.
Isabelle arregalou os olhos e sorriu.
─ Não. É sério. Vai te surpreender.
─ Izzy, nada me surpreende há muito tempo.
─ Tudo bem, mas não caia quando eu disser.
─ Isabelle...
─ Eu e Simon vamos nos casar!
Fale com o autor