Delegado

O meu relacionamento com o Adrian sempre foi conturbado, isso não era segredo. Era um relacionamento estilo Yoyo – bate e volta. Não podia ser para menos, afinal Adrian era um alcoólatra assumido que não aceitava ajuda, sem contar que ele era possesivo. E eu, bom, eu sou uma pessoa totalmente controlada e nem um pouco impulsiva.

Okay, já pode parar de rir.

Também, o fato é que eu não sou nenhuma flor que se cheire. Eu tento ser uma boa menina, mas eu não tenho sangue de barata e quando eu vejo, já meti os pés pelas mão.

Mas afinal por que eu estou falando disso mesmo? Ah sim meu relacionamento com o Adrian.

Em um destes bate e volta em nosso relacionamento, eu estava tão cansada de tudo que sai do estado. E bom, lá eu realmente curti a vida. Estava de férias da faculdade e tinha “terminado” com o Adrian, então não tinha como o que me preocupar. E foi em uma destas noites em que eu tive um romance insano e quente que eu já mais esqueci.

[...]

Antes de qualquer coisa, tenho que fazer uma consideração: se o destino fosse uma pessoa, talvez seria eu, porque realmente ele é muito irônico.

Agora entenda o motivo de eu estar gargalhando: O Delegado que estava sentado na mesa a minha frente era nada mais e nada menos o homem que tive um romance insano e quente: Stan Alto, o cara que eu mais odiava e mais tinha um fetiche no mundo.

— Ora ora o que temos aqui – falou Stan com aquela voz de “ você deveria socar minha cara e depois disso faríamos amor a noite toda”, enquanto examinava o relatório do nosso caso, por assim dizer. Acredite a policia aqui tem uma eficiência incrível. Imagina a eficiência do Belikov na cama. – Uma briga de bar entre três garotas. Então vamos lá – ele olhou para a cachinhos dourados, depois para Lissa e por fim para mim – quem começou a briga?

— Foi ela – falou a Lissa e a cachinhos dourados ao mesmo tempo.

— Nossa isso vai ser produtivo, ainda mais com um delegadinho desta categoria para averiguar o CASO. – falei dando ênfase a palavra caso.

— Se for para fazer algum comentário, que seja para explicar o motivo da briga. – falou Stan me fuzilando

— Se for pra algemar que seja na cama. – Eu realmente não sei o motivo dessa palavras saírem de minha boca, mas parece que quando estou perto do Stan meu lado sexual aflora, ele é realmente quente. – Desculpa, eu quis dizer: eu não sei como e nem porque a briga começou, quando eu entrei no bar as duas estavam brigado e eu fui tentar separa-las.

— Qual foi o motivo da senhorita ter quebrado o nariz da senhorita Ridlefir? – perguntou Stan

— Foi 100% legítima defesa! – respondi

— Discordo, ela quebrou meu nariz porque ela uma vadia. – falou a idiota da Mariquinha, quero dizer Mia.

— Me chame mais uma vez de vadia e eu termino de quebrar o resto do que sobrou do seu nariz. – ameacei-a com um olhar fuzilador. Percebi que o russo se aproximou de mim, acho que ele pensou que eu ia voar nela, mas eu estou dentro de uma delegacia, acho melhor avisar primeiro e bater depois.

— Eu não falei? Uma vadia e ainda por cima totalmente descontrolada. – falou ela passando a mão naquele cabelo seboso dela.

— Eu avisei sua cadel...- eu estava levantando para socar a cara dela, mas senti mãos fortes – sim a mão russa estava em ação- envolverem meus braços, me obrigando a permanecer sentada.

— Senhorita, Hathaway. Por favor se controle. – falou Stan com uma cara seria

— Olha aqui seu delegadinho de quinta categoria eu ... – fui interrompida pelo meu pai

— O que minha filha quer dizer é que ela vai cooperar o máximo possível. – e então com um olha fuzilador de meu pai, me acalmei um pouco pois sabia que tinha algo grande em jogo. Seja o que, for eu sei que Zmey nunca blefa.