Capitulo um.

O portal misterioso.

Todos caminhavam por Arquimidia, já haviam passado pelo territórios dos elfos negros e agora estavam chegando no castelo originário da Rainha, aonde a mesma havia gentilmente oferecido uma estadia com tudo o que havia de melhor.

–Waaa! Tô cansadinha.... – murmurou a maga bocejando, afinal já estava escurecendo e ainda faltava no mínimo meia hora de caminhada.

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Após caminharem mais um pouco, puderam avistar o estrondoso castelo. Arme e Amy soltaram gritinhos agudos, Ryan e Ronan murmuraram em surpresa, e o resto dos membros apenas olharam sem nenhuma reação.

Logo todos adentraram as dependências do castelo, sendo recebidos em seguida pela própria Rainha, que os agradeceu por salvarem a casa de todos os elfos negros. Após o discurso de agradecimento, todos foram levados aos aposentos que utilizariam para passar a noite.

Todos os membros da caçada foram colocados no mesmo corredor, ficando as meninas do lado direito e os meninos do lado esquerdo. Todos já estavam devidamente acomodados, a maioria relaxavam em seus quartos, menos certa ruiva, que estava debruçada na janela, observando a lua com semblante preocupado.

–O que te aflige? – uma voz grossa cortou o silencio, porém Elesis nem se deu o trabalho de se virar, sabia que era Lass.

–Nada muito importante – falou a ruiva, indiferente.

–Você não me engana – concluiu o albino.

De fato, Elesis e Lass criaram uma grande amizade desde a entrada do albino na caçada. Era incrível como ambos davam-se bem, e apesar de Lass ser frio e distante de todos, não conseguia ser assim perto da ruiva. Era como se o calor dela, derretesse o gelo que se formou em seu coração.

–Já contou a ela? – perguntou a ruiva, fazendo Lass olha-la sem compreender – Não adianta se fazer de desentendido. Você sabe do que estou falando.

Lass corou, algo que acontecia muito, muito raramente. Elesis virou-se de frente para o albino que jogou a cabeça para o lado.

–Isso não tem nada a ver com o que te perguntei – falou ele com uma expressão emburrada.

–Eu já disse – falou a ruiva sorrindo – Não é nada para se preocupar.

Lass então suspirou derrotado, e mesmo a contra gosto andou em direção a porta, parando antes para dar um aviso.

–Já vão servir o jantar, melhor retirar essa armadura logo – dito isso o albino saiu da mesma maneira que entrou, silenciosamente.

A ruiva então retornou a olhar a lua, recomeçando novamente o seu debate mental. Não estava com fome, mais sabia que não poderia faltar a um jantar na presença da Rainha, a jovem então suspirou derrotada, e quando estava prestes a se virar, uma coisa no Céu chamou-lhe a atenção.

–O que é aquilo... – murmurou a ruiva, colocando o corpo mais para a frente tentando ver melhor.

Elesis então reconheceu o objeto como uma espécie de torre, porem apenas a ponta era vista. A ruiva então decidiu ir chamar o resto dos membros da caçada, para fazer uma pequena expedição para descobrir o que era aquilo.

Porem sequer teve tempo, uma luz arroxeada a atingiu. Elesis sentiu como se todo o seu corpo estivesse sendo sugado, e a torre foi ficando cada vez mais perto.

***

No grande salão, todos estavam sentados ao redor da mesa esperando a boa vontade de Elesis de descer. Alguns estavam com cara emburradas, outros apenas olhavam para o relógio enquanto um silencio anormal tomava o cômodo.

–Parece que ela não vem – falou Sieghart, cortando o silencio com a sua voz grave.

–Já era para ela estar aqui – falou Lire, preocupada – Será que aconteceu algo?

–Não, ela apenas deve estar tendo o prazer de nos fazer esperar – falou Azin, sarcástico.

–Não, pode não parecer, mais Elesis jamais faria tal coisa – falou Lass atraindo a atenção de todos – Eu vou ir ver se está tudo bem.

Lass saiu da grande mesa e subiu para o terceiro andar, logo estava parado na frente da porta do quarto de Elesis. A porta estava somente encostada, então o albino a abriu devagar, olhando o cômodo vazio. A janela estava aberta e as cortinas balançavam com o vento.

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–Elesis.... – chamou o albino.

Porém não ouviu nenhuma resposta. Entrou no quarto e constatou que não havia ninguém. Curioso o jovem andou por todo o cômodo e percebeu que todas as coisas da líder estavam no mesmo local em que ela havia deixado quando ele saiu.

–Elesis, aonde você está! – chamou Lass mais alto.

O albino então andou até a janela e olhou para baixo, vendo surpreso um medalhão dourado caído na grama. Lass sabia, melhor do que ninguém que aquele medalhão era importante para Elesis, e que a ruiva não o abandonaria.

Então, apenas uma conclusão pode ser tirada. Elesis havia sido sequestrada ou arrastada para algum lugar.

Todos estavam em silencio, aguardando a volta do albino quando o mesmo apareceu ligeiramente ofegante.

–Rey, vem comigo! – falou Lass correndo até a asmordiana e a pagando pela mão, basicamente arrastando-a andar acima, ignorando os protestos da mesma.

O resto da caçada olhavam surpresos a cena, e sem perder tempo, todos seguiram o casal. Lass arrastou a rosada até o quarto de Elesis. Rey, até aquele momento só fizera reclamar calou-se de súbito.

A asmordiana olhava para o cômodo, parecia assustada, e com a voz tremula pronunciou as palavras que ninguém imaginou.

–Sumiu.... – murmurou ela.

–O que sumiu Rey? – perguntou Dio ligeiramente impaciente.

–A essência da Elesis! – gritou a asmordiana – Sumiu!

Todos ficaram perplexos, grossas lagrimas escorriam do rosto do albino, silenciosas e cálidas. A essência da ruiva havia sumido, e isso, naquele momento de guerra só poderia significar uma coisa, a morte.

Todos acabaram por perder a fome, até mesmo a Rainha. Por mais que soubessem que não havia sido algum elfo ou algo parecido que tivesse atacado Elesis, afinal a ruiva sabia lutar muito bem mesmo de mãos vazias.

Porem a tensão pairava no ar, deixando o local em um silencio desconfortável. Até que Lupus levantou-se repentinamente, enquanto olhava para a janela.

–Qual o problema Lupus? – perguntou Arme, que estava com os olhos avermelhados.

–Rey, sentiu isso? – perguntou o loiro. De primeira a asmordiana nada sentiu, porem a poderosa onda de poder se repetiu.

–Sim – falou ela, analisando em seguida a magia da onda – Mais eu nunca senti essa essência antes.

–Não, você não conhece quase nada sobre as dimensões – falou Lupus – Porem eu sim, é preciso saber sobre isso para nos tornarmos bons caçadores e se Elesis foi para essa dimensão, ela não corre um perigo muito grande.

Todos olharam surpresos, até que Lass quebrou o silencio.

–E como você sabe? – perguntou o albino com desdém.

–Essa dimensão é calma, muito mais calma do que a nossa, porem a miséria é algo comum lá, pelo menos até onde eu sei. – disse Lupus.

–E tem como abrirmos um portal para lá? – perguntou Mari.

–Não, apenas no próximo ano, que é quando os planetas da nossa dimensão se alinham com aquela dimensão – falou Lupus sentando-se novamente – Porém, não significa que ela não possa abrir um portal de lá para cá.

Após essa informação todos afundaram-se em seus pensamentos. Agora não dependia deles para que a ruiva volta-se, mais sim dela própria.