Summer

Summer


"Summer tinha a pele da cor do vento e os olhos da cor do mundo. Diversos. Celestiais. Caleidoscópicos.

O sorriso que me despertava um frêmito. As sardas da cor do Sol nascente, que deturpavam as estrelas de toda uma galáxia com o magnetismo na ponta dos seus dedos. Novamente, tornavam a rabiscar o alaranjado amanhecido pelos ossos da sua espinha. Coloriam sua nuca, coravam suas bochechas. Deslizavam novamente por sua pele, esculpindo a fotografia que até hoje ocupa uma prateleira na minha mente. Summer tinha os lábios banhados ao escarlate que despontava de seu sangue. Tinha o gosto adocicado das nuvens na ponta da língua. Tinha todas as poesias nos suspiros. No ar, no olhar. Tinha os flocos de neve sob a sola do sapato. Tinha a alma da cor das estações. Tinha a todos e ela mesma cravejados como um pingente no seu peito, nos sorrisos do ar e nos gritos do mar.

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Summer tinha o poder de provocar a histeria generalizada do meu âmago. Summer pincelava os dias com tons mais bonitos. Tons tipo o azul suave que usava para colorir o céu. Fazia-me dar bom dia a atmosfera estática da madrugada, sem que eu me importasse com a vacância das luzes e das vozes. A luz já existia pelo simples fato de ser o que existia na melodia de sua voz. Fazia-me desejar boa noite aos pássaros, mesmo que o dia já estivesse nascendo. Nascendo com Summer. Nascendo com os olhos da cor do mundo.

Summer era ela mesma, sem tirar nem pôr. Mesmo quando suas qualidades eram pedras preciosas, ou quando seus defeitos eram rochas. Tinha o ano todo cravejado no coração. Tinha os olhos da cor do mundo, a pele da cor do vento, as sardas da cor do Sol. Summer era todas as cores, pelo simples fato de ser o universo em um poema que falava e andava. E Deus sabe o quanto eu amo ler e escrever cada verso sobre a sua pele. Deus sabe o quanto eu amo ver Summer voar com as letras que escorregam pelo seu vestido e fazem nascer as suas asas."

– Elliot.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.