Os dias foram passando, Violetta e León não paravam de conversar pelo celular, nesse tempo León conheceu várias coisas sobre Violetta, e ela sobre ele. León ainda tinha uns pequenos segredos escondidos, mas achou melhor não comentar nada com ela porque achava que era o melhor, Violetta também não havia contado pra ele sobre os seus pais, ela preferiu contar as coisas aos poucos para ele, ainda não confiava totalmente nele.

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— Violetta, Vilu, Viluzinha — Fran falou entrando no quarto e olhando para a sua amiga que sorriu com o jeito da italiana a sua frente.

— Oi? — Violetta disse se sentando na cama e olhando para a Fran que estava em pé.

— O Marco falou que o León está nos chamando para irmos à boate hoje, que tal? Vamos? — Fran disse olhando para Violetta.

— Fran, não querendo discordar nem quebrar o clima, mas eu estou com um pouco de dor de cabeça, hoje não estou muito bem para sair, também vou acrescentar o fato de eu ter que estudar para biologia, sabe que eu sou ruim — Vilu respondeu vendo a cara de decepção da sua amiga.

— Violetta, por favor! Vamos! Vai ser divertido! Você sabe que eu sou boa em biologia, sabe que eu posso te ajudar — falou querendo fazer sua amiga mudar de ideia.

— Eu juro que em outro dia eu vou com você, mas hoje não vai dar mesmo — mordeu os lábios.

— Então, com quem eu vou? Não vou ficar sem nenhuma amiga lá — Francesca disse sentando na cama e perdendo as esperanças.

— Porque você não chama a Cami? — Vilu deu uma dica — Ela ficou meio chateada porque da última vez nós não a chamamos, você pode ir com ela!

— Verdade Vilu! — respondeu se levantando com um sorriso no rosto — Vou falar com ela! — saiu do quarto.

Alguns minutos depois Francesca estava no quarto novamente, mas dessa vez estava se arrumando para sair, Camila havia ficado muito feliz com o convite e concordou na hora. Vilu e Fran estavam conversando sobre os meninos, mas foram interrompidas por batidas na porta do quarto.

— Entra! — as duas disseram em uníssono, depois riram. Camila entrou no quarto delas, e já estava pronta.

— Que linda! — Violetta disse quando viu a menina ruiva em sua frente, a mesma deu uma voltinha e Francesca assoviou.

— Obrigada, meninas! — Camila disse se sentando ao lado de Vilu — Você não vai? — perguntou para ela.

— Não, estou meio mal, prefiro ficar aqui hoje — ela respondeu, Cami fez biquinho —, mas da próxima vez vocês não me escapam! — piscou.

— Gostaram? — Fran perguntou virando para elas.

— Uou! Tá afim de conquistar quem assim? — Camila perguntou impressionada.

— Marco Taveli — Violetta disse cantando.

— Hmmm — Camila disse, Francesca começou a ficar com as bochechas vermelhas de vergonha fazendo as meninas rirem.

— Parem com isso! — disse ainda constrangida, arrancando ainda mais risos das garotas.

— Ok, eu parei! — Violetta disse quando viu o rosto da italiana — Você tá linda, vai arrancar suspiros hoje — Fran sorriu com o comentário.

— Ok, vamos? — Camila perguntou.

— Yeep! — Francesca gritou com uma voz fina.

Elas foram para a porta do quarto e Violetta as acompanhou.

— Certeza de que não quer ir Vilu? — Fran disse olhando para Violetta — Se quiser ainda tem tempo para se arrumar.

— Não, Fran. Estou bem aqui, pode acreditar! — Violetta respondeu — Se divirtam! Ah, e não se esqueçam de usar camisinha — ela completou e as meninas riram, se despediram da amiga e começou a sair — VOLTEM ANTES DAS NOVE! — gritou e as garotas que já estavam longe responderam um “Sim, mamãe!” e riram.

Violetta voltou para o quarto e fechou a porta, foi para a escrivaninha que tinha entre a cama dela e a de Francesa e sentou-se, começou a estudar mas estava um pouco difícil de se concentrar, quando terminou aproveitou para fazer umas tarefas que tinha, depois de tudo terminado guardou as coisas e olhou para o céu através da janela, a lua estava brilhante acompanhada de várias estrelas, pegou o celular e registrou aquela paisagem, sorriu ao ver o resultado, bloqueou o celular e o mesmo vibrou quando vez isso, ela olhou e viu uma mensagem de León.

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“Porque não veio? :’( — Xx León”

“Porque eu estou meio mal, da próxima vez nós encontramos — Xx Vilu”

“Hm, ok, está tudo bem? — Xx León”

“Sim, só estou com uma pequena dor de cabeça, mas logo irá passar — Xx Vilu”

Ela ficou esperando uma mensagem, mas ele não respondeu, ela ficou um pouco triste por isso porém logo tratou de esquecer, deitou-se em sua cama e ficou mexendo em um aplicativo qualquer, até que recebeu uma mensagem de León, abriu.

“Está perdendo!”

Logo viu uma foto e um vídeo, eles estavam dançando e se divertindo, Violetta riu com o vídeo em que Francesca cantava uma música em italiano e se arrependeu profundamente de não estar lá para fazer ela parar. Começou a responder porém foi interrompida pela porta sendo aberta revelando Mariana olhando para mesma com pena no olhar, Violetta estranhou com o ato de Mariana, e ela ainda estava calma.

— Tudo bem? — Violetta perguntou tirando os olhos do aparelho.

— Sim, a diretora está te chamando na sala dela — a mulher respondeu ainda calma, Violetta se levantou e foi para fora do quarto.

— Ok, vou até lá, obrigada — disse, Mariana sorriu fraco pra ela e deu as costas saindo em seguida.

Violetta seguiu para a sala de Angie pensando no que poderia ter feito. “Será que foi pelo selinho que dei em León no dia do jogo?”, perguntou-se mentalmente, “Acho que não, aquilo não é algo tão grave”, concluiu o pensamento batendo na porta da sala de Angie, ouviu um “Entra” então abriu a porta.

— Oh, Violetta. Sente-se querida — Angie apontou para a cadeira confortável que ficava em frente da sua mesa, a menina foi até lá e se sentou.

— Aconteceu alguma coisa, Angie? — perguntou ela querendo saber o porquê de estar ali.

— Ah, não, está tudo bem, bom, quase. Violetta querida, eu recebi uma ligação de sua tia materna — começou a explicar e Violetta se surpreendeu com o que ela disse —, e recebemos a notícia de que seus pais pegaram um avião para viajar pra China.

— Novidade — murmurou Violetta.

— E nesse voo aconteceu algo horrível, é, como posso falar?! — Angie disse — O avião de seus pais caíram — a menina olhou sem acreditar no que ela acabará de falar, os olhos marejaram —, não sabemos porque aconteceu isso, mas a polícia está investigando, e infelizmente, seus pais faleceram — ela terminou a história e Violetta já chorava, Angie levantou do seu lugar e foi até a menina que não sabia o que fazer além de chorar.

— Isso não pode estar acontecendo! — Violetta falou sendo atrapalhada pelos soluços — Eles não podem ter morrido! — ela gritou apavorada, Angie apenas a abraçou e ela se pôs a chorar mais e mais.

Apesar de quase não ver os pais, e talvez sentir um pouco de decepção por eles terem-na abandonado, eles ainda eram os pais dela, e para ela saber que eles estavam agora mortos era algo que não conseguia acreditar. Violetta chorava como se não houvesse amanhã, chorava por não ter aproveitado o tempo que tinha com eles, chorava por não poder ter sido a filha dos sonhos, chorava por não ter ninguém que sentisse o que ela sentia, chorava porque necessitava, chorava porque não tinha outra coisa a se fazer neste momento.

— Calma, sei que não é fácil mas você tem que ficar forte, tem que aguentar. — Angie disse tentando acalma-la, mas foi inútil — Você terá que viajar até uma cidade para fazer o reconhecimento dos corpos, depois terá que ir pegar seus bens.

Violetta não queria acreditar naquilo, não queria. Ela já soluçava e se engasgava com o choro, não conseguia respirar direito, ela estava com medo. O que ela faria agora?

— Por favor, se acalme — Angie falou alisando seus ombros. Violetta tentou se controlar e conseguiu sessar as lágrimas por um tempo, limpou o rosto e se separou de Angie que a olhava preocupada.

— Vou para o quarto, preciso pensar em algumas coisas, preciso me concentrar, preciso ficar um pouco sozinha — disse ainda se controlando.

— Tudo bem — Angie respondeu com tristeza no rosto por estar acontecendo aquilo com a garota indefesa —, qualquer coisa apenas me chame. — Violetta assentiu e saiu da sala de Angie, foi correndo para seu quarto, abriu a porta e bateu forte ao entrar, as lágrimas desceram de novo, ela encostou na porta e foi “escorregando” até o chão, ficou ali mais um tempo chorando, se levantou e foi até sua cama onde deitou, pensou em como ficaria tudo à partir de agora, e fez o que toda pessoa faria: chorou.