Chuva cinza

Capítulo 12 - Pensamentos


–C-como? - pergunto gaguejando.

–Exatamente Maria Júlia. Eu estou apaixonado por você, assim como o canto dos pássaros criam um inconfundível sonar em ouvidos sensíveis; estou apaixonado por você Maria Júlia. - André me olha fixamente, ainda segurando em minhas mãos.

Eu fico pensando em mil coisas para dizer, em menos de uma fração por segundo. Porém nada sai; apenas meus olhos, dizem por si mesmos, se enchendo de lágrimas; e também um sorriso, o qual era feito de um perfeito sentimento, surge em meus lábios. Mas sim, eu estava loucamente apaixonada por ele.

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–André eu... - tento dizer alguma coisa.

–Sh. - ele coloca um dos dedos sobre os meus lábios. - Só esse sorriso já é o suficiente. - fala agora com as duas mãos sobre as minhas.

Nisso, alguém bate na porta. Nem eu, nem André se pronunciamos; muito pelo contrário; nos mantemos sentados de mãos dadas, somente o nosso olhar mudara; pois agora, olhávamos atentamente para a porta. E logo se ouve outra batida. Então André diz algo:

–Quem será? Vamos abrir? - pergunta olhando para mim; que faço não com a cabeça, ainda olhando para a porta.

Depois de um pequeno tempo sem dizer nada, eu me levanto, e vou em direção a porta; porém, André segura meu braço, e exclama:

–Espera! - ele diz se levantando. - Feche os olhos. - ordena.

–Não! - digo recusando.

–Feche os olhos! - ele exclama, e eu o fuzilo com olhos. - Fecha vai... - implora.

Então eu fecho, de braços cruzados, e achando uma péssima ideia; mas fecho. Só conseguia escutar um barulho conhecido; como se alguém estivesse amaçando alguma coisa de plástico. Ai! Não estou mais aguentando! Que agonia! Quando é que vou poder abrir os... André interrompe meus pensamentos:

–Pode abrir. - diz e eu abro rapidamente.

Não podia acreditar! Ele estava com um enorme buquê de rosas vermelhas em minha frente! Também ajoelhado! Aquilo estava realmente acontecendo? E os meus pais, eles estavam abraçados perto da porta, mamãe quase chorando; então André respira fundo, e diz:

–Maria Júlia, quer namorar comigo? - pergunta suavemente, do jeito mais fofo e perfeito do mundo, sorrindo de lado e tudo.

Eu êxito em responder. Mas convenhamos, meus pais estavam ali! Só o André mesmo...

–Eu é... - estava com um nó na garganta. - É que... - o que está acontecendo? Porquê não consigo dizer nada? Meu coração vai explodir! - Com licença. - eu saio correndo pela porta.

Percebo que meus pais não entendem o porque de essa minha reação, muito menos André. Porém, nem eu entendi. O que mais queria, era dizer sim; para poder olhar nos olhos dele todos os dias, com a certeza de que o amava. Mas agora, ali estava eu, sentada no chão do banheiro, chorando. Com apenas um pensamento se sobressaindo entre os outros:

" -M.J?

–Que foi.

–Você tem namorado?

–Não Dandan! Porquê?

–Porque você só vai namorar com alguém, com a minha permissão! - fala Dandan fazendo bico/ Permissão, sua palavra nova.

–Tudo bem Dandanzinho! - eu falo e começo à fazer cocegas nele.

–Para M.J! Para! - exclama em meio à risos."

Só que agora, ele não está mais aqui para permitir. Não estava nem para permitir, nem para nada. Mas que tudo, e em primeiro lugar; eu o tinha perdido para sempre.