E então eu finalmente me matei, não é mesmo? Joguei-me do prédio e espatifei-me como uma melancia? Ou ainda tomei tantos comprimidos que acabei morrendo? Ou será que eu me afoguei na banheira? Tantos jeitos de morrer... Talvez seja mais fácil viver. E muitas vezes eu me perguntei por que viver, porque permanecer nisso que chamamos de mundo? Então, eu li que fazemos as perguntas erradas e é por isso que não sabemos das coisas que realmente importam. Mas, eu descobri qual era pergunta certa. Uma pergunta tão idiota que eu posso fazer vocês rirem em meio a minha morte. A pergunta nada mais é que: estamos vivendo?

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Riem. Vamos lá! Isso é fundamental. Bem, agora analisem a sua “vida”. Podem parar de ler, fechar os olhos e imaginar a sua vida. Aqueles momentos engraçados, irônicos, cruéis, malignos, tristes, felizes... Todos os momentos que você conseguir pensar, e pense neles com o máximo de atenção. Eu demorei um ano inteiro fazendo isso. E eu descobri que eu nunca vivi um dia da minha vida.

Passei quinze anos presa nesse mundo e morrendo todos os dias. Sim, eu estou incluindo os momentos felizes, engraçados e bonitos. Mesmo assim, nunca vivi um dia. Não entendo assim – e nunca poderia entender- o porquê de viver. Eles estavam certos: nós sempre fazemos as perguntas erradas.

Se você está lendo isso, saiba que eu me matei e me mato todos os dias. Espero o dia em eu passe a viver; em que eu saia da Terra e vou para outro lugar. Um lugar onde posso viver. Imagino o quão decepcionados estão lendo algo do gênero. Esperavam algo mais...Diferente? Pois bem, a verdade é algo tão fascinante que somente quem a descobre pode senti-la. Espero que algum dia vocês descubram. A morte fará sentido. O mundo fará sentido. E você sofrerá como eu, contando os dias para poder viver de verdade.

Continuarei me suicidando até que algo me pare e me faça viver. Eu estou me despedindo, porque não faz sentido continuar algo assim. Eu consegui achar a verdade e é estranho saber dela. Não posso descrever a vocês. Eu me joguei. Eu engoli os comprimidos. Eu me afoguei. Eu me matei. E é isso. Vou me jogar, vou engolir comprimidos, vou me afogar e me matar amanhã e depois. É assim que as coisas funcionam, mesmo que inconscientemente.

Até logo,

Wendy.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.