Já está tarde e eu estou totalmente cansada. Sinto que há mil quilos em minhas costas, sendo que não há nada além dos meus próprios pensamentos. Cheguei a minha casa não faz muito tempo. Estou, aliás, com a mesma roupa. Não que isso importe. Não sei por que ainda gasto tempo tentando escrever o que sinto. Muitas vezes sinto-me em uma caverna. Sozinha. Vejo-me gritando- aquele ridículo “Tem alguém ai?”- e esperando um mísero eco. Porém, este não vem.

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É um pouco depressivo. Entretanto, nada preocupante. Já que não tenho tempo para pensar. Apenas para focar no que “importa”. Mas, me deparei tão sozinha a ponto de não conseguir mais me comunicar a não ser por esses textos. Infelizmente, cada vez menores. Como se tudo que eu pensasse fosse sugado e agora, não restasse mais nada. Apenas o angustiante vazio.

Esta chovendo também. Talvez, esteja um pouco curiosa, Wendy. Na minha geladeira, há apenas cerveja, leite e iogurte. Algumas bolachas também. Suspeito da data de validade... O meu apartamento é minúsculo. Um quarto, uma cozinha, um banheiro e uma sala. Fim! Moro sozinha. Não tenho namorado. Minha mãe liga às vezes. Conversamos um pouco, mas não passamos dos típicos assuntos de estranhos.

Queria te falar alguma coisa bonita, uma simples novidade que te deixasse feliz. Mas, não há. Tudo é deprimente e falso. E hipócrita também. Demora um tempo para se acostumar- é o dizem. Até então, continuo incomodada com basicamente tudo. Demora mais ainda para se esquecer e dar aquelas risadas dos problemas- não creio que acontecerá.

Estou muito cansada. Psicologicamente e fisicamente. Encerro por hoje... Não lembro o que dizer agora. Provavelmente, uma boa sorte. Todavia, optarei pela boa noite mesmo. Nos vemos em breve,

Wendy

08-09-2034