Zona Obscura

26º - Paixão Roubada


Passara-se duas semanas desde o incidente das serial killers. Karin Suzuki fora transferida para o hospital e já tivera alta. Quanto a Raven e Alice Yoru continuavam internadas e severamente vigiadas por seguranças de Black.

A Informadora pedira uma reunião de emergência entre os chefes das vilas para discutir o que fazer com Alice. Visto que Zona Obscura não possuía prisões nem nada do género as únicas soluções eram ou expulsá-la da cidade ou castigá-la. A oposição defendia que os ferimentos que Raven lhe infligira chegava como punição enquanto o resto achava que o mais correto seria expulsá-la para evitar novos problemas.

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Após muito discussão chegou-se ao consenso de implantar um dispositivo na serial killer que accionado causaria a morte imediata. Apesar do Supremo não concordar inteiramente com esta solução não havia nada que se pudesse fazer, por isso exigira ser ele a ficar na posse do controlo remoto para evitar mais mortes e discussões desnecessárias.

***

Quando a noite chega, como todos já sabem, várias atividades entram em ação nas diferentes vilas além da carnificina. Esse é um momento em que a maioria das casas ficam vazias, especialmente a dos nobres que se deslocam para os bailes em Yellow ou para os concertos clássicos em Purple, o que é a grande oportunidade dos ladrões.

Algures numa mansão, equivalente a um palácio, na vila Grey encontrava-se um rapaz a tocar guitarra. O barulho de uma janela a abrir e do som de metal a tilintar faz cessar os acordes.

– Cheguei. - Cumprimenta um rapaz entrando.

– Já te disse que podes usar a porta. - Responde o rapaz da guitarra.

– Gosto mais assim.

– A tua irmã ligou. Parece que precisa de refugio.

– Porque é que eu deveria ajudá-la?

– Não sejas assim Ken. Ela também já nos ajudou.

– Em quê? A dar-nos brinquedos sádicos?

– Por favor. Parece que desta vez ela irritou mesmo a Informadora.

– Essa maldita Heiki não sabe quando parar.

Ken Hanyou. Um jovem rapaz que dedica a vida a roubar jóias e traficá-las com ajuda do companheiro e amante Neah, e também irmão mais novo de Heiki Hanyou.

– Como foi hoje? - Pergunta Neah abraçando Ken pelas costas.

– Foi bom. Dá para tirar o resto da semana de folga só para nós.

– E a tua irmã? - Neah dá um beijo no pescoço do ladrão de jóias.

– Porque é que me estás a provocar enquanto falas da minha irmã? - Ken roda nos braços de Neah ficando de frente para ele e dando-lhe um selinho na ponta do nariz.

– Só estou preocupado. Não quero que ela apareça aí enquanto estamos ocupados. - Um sorriso malicioso forma-se nos lábios do traficante.

– Não te preocupes, o meu tempo é todo teu.

– Só o tempo?

Ken sorri e lambe o pescoço de Neah em forma de provocação deslizando a mão pelo peito do amante.

– Parece que esta noite não são só gritos de morte que se vão ouvir. - Neah pega Ken ao colo.

– Dá o teu melhor.

– Não precisas de repetir duas vezes.