Jogos de Sedução

3° Fase - Vermelho do inferno


CAPITULO 20 –

No último episódio...

- Edward tudo bem ai mano? – Emmett perguntou baixou, mas eu escutei a resposta de Edward.

- Não pode ser.

********************************************

Edward PDV

Ela estava ali, na minha frente, olhando em volta como qualquer outro estudante presente. Mas ninguém sabia que por trás daquela cara angelical, havia um demônio pronto para atacar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Posso soar melodramático, ou até louco, mas nada mudava o ódio que sentia por aquela mulher de cabelos vermelhos. Vermelhos como o inferno.

Ela conversava com uma menina branquinha que estava na minha sala da anatomia. Perguntava-me quando ela havia chegado e como passara despercebida por mim.

- Edward, quem ta ai? – Emmett me empurrou e colocou sua cabeça entre as cortinas. – Eu não to vendo ninguém. – Sua voz saia um pouco mais alta do que o costume, por causa da conversa na arquibancada. – PUTA MERDA.

O silêncio se instalou no auditório e não acreditei que ele havia xingado tão alto.

- Eeerr... Gostaríamos de agradecer a presença de todos, já começaremos. Tem lanchinho grátis lá fora. – Emmett voltou a me encarar totalmente vermelho. Se não fosse pela situação em que me encontrava estaria rindo.

- Edward, é ela. A Sophie. – Emmett chacoalhava os braços descontroladamente apontando para a platéia.

- Eu sei Emmett.

- E o que você vai fazer?

- Sinceramente... Eu não sei.

Apesar de terem se passado anos desde o nosso último e fatídico encontro, a minha raiva dela ainda não havia passado. Toda vez que olhava para aqueles olhos que juravam que me amava, sentia repulsa.

Eu me segurei para não ir até lá e tirar satisfasções. Era para ela estar em Stanford, não aqui. Aquilo só podia ser um pesadelo. E dos grandes.

- Pessoal, já vamos começar. – Bella gritou. – Edward, tudo bem ai?

- Ah... Sim. – Coloquei meu rosto lá fora de novo só para ter certeza que não havia pirado.

- O que tanto você olha? – Bella me empurrou pro lado e olhou para a platéia. – UAU. Eu não esperava tanta gente. Olha, até Sophie está aqui.

Meu sangue gelou. Qual a probabilidade de Bella conhecer Sophie?

- Como você a conhece?

- Ah. – A vi ficar vermelha. – Eu esbarrei com ela no corredor enquanto dava uma volta por ai. – De repente ela parou de falar. Vi seus olhos se arregalarem e as engrenagens trabalharem enquanto ela ligava Sophie a mim.

- Não pode ser. Aquela é A Sophie!

- Sim. A Sophie.

- Ah, meu Deus, Edward. – Ela tampou a boca com as mãos, meu olhar devia estar desolado, pois ela me olhou com pena e olhou para fora de novo. Quando voltei a encarar seus olhos me surpreendi. Nunca havia visto Bella com ódio, mas naquele momento seus olhos eram de outra pessoa. – É bom que ela não esteja aqui quando a peça acabar, ela vai sofrer.

- Bella, por favor, só fique longe disso.

- Longe? Edward aquela vadia te magoou. – Mas então ela parou de falar. Bella parecia... Culpada. – Eu... Eu preciso falar com Alice.

Bella PDV

- Alice, o que eu fiz? – Me joguei no chão perto de onde ela estava sentada, dando os últimos ajustes ao seu vestido. Mas assim que me viu chorando largou tudo.

- Você não fez nada. Por que está chorando?

- Eu... Eu. – Respirei fundo tentando formar uma frase que fizesse sentido. – Me responda, com sinceridade. Quando eu terminei com Edward, ele ficou daquele jeito?

Seus olhos buscaram Edward. Não tive coragem de olhá-lo, eu – mais do que nunca - , temia suas seguintes palavras.

- O que aconteceu com ele? – Era o que eu temia.

- Alice, não era a minha intenção, eu juro. Eu fiquei com medo. Ele não merecia nada daquilo. Como eu pude ser tão egoísta e burra. Ele está assim por minha causa. Eu me odeio, como eu pud...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Bella, se acalme e me conte o que aconteceu? Como isso pode ser sua culpa?

- Edward estava tenso com alguma coisa que viu na platéia e quando eu me dei conta do que era, eu fiquei com raiva e a xinguei por te-lo magoado, mas eu também fiz isso com ele.

Pela primeira vez, eu me perguntava que merda eu havia feito. Edward merecia saber tudo o que estava acontecendo comigo. Eu por medo não contei, mas isso só o fez sofrer.

- Bella quem está lá? - Alice parecia já saber quem era, mas não queria acreditar.

- É a Sophie.

- O que ela está fazendo aqui? Eu vou acabar com a raça daquela garota.

- Alice, isso não adianta, já passou, mas o que eu fiz com ele foi pior. Eu nunca me comportei daquele jeito. Eu o magooei para me proteger.

Aquela era a verdade. Eu não queria que ninguém soubesse, pois não queria sofrer por vê-lo sofrendo.

- Bella se acalme. – Eu não conseguia me acalmar, as lágrimas teimosas já se acomulavam em meus olhos.

- Eu vou contar.

- O que? – Alice parecia confusa.

- Eu vou contar tudo a Edward. Ele merece saber.

- Bella... Isso é ótimo. – Alice me abraçou fortemente.

- Obrigado, mas por enquanto só entre nós. Não quero ninguém me pressionando.

- Ok. Agora vamos a peça já vai começar. – Assenti me distanciando.

- Pessoal. – Gritei chamando a atenção de todos. Eles formaram um circulo em minha volta. A minha frente, Edward. – Vamos dar o nosso melhor, trabalhamos duro. Então, quebrem a perna.

- Oba. – Emmett gritou e deu um chute em cheio na canela de JP.

- Seu idiota, isso é boa sorte na linguagem do teatro. – JP choramingou.

- Desculpe. – Emmett prendeu o riso.

- Vamos logo.

~~ A PEÇA ~~

Autora PDV:

Narrador - JP:

Era uma vez, uma menininha super chata que todo mundo já conhece por causa dos livros que vocês liam quando ainda babavam por ai”.

Bella ficou atrás de JP com apenas uma cortina os separando e deu um “pequeno” beliscão em seu braço.

Narrador - JP:

“Desculpem, mas que eu tenho certeza que o pai dela fugiu com um negão. Ah, isso eu tenho.”

- JP se você não parar de desviar do roteiro eu vou fazer você partir para o céu mais cedo. – Bella ameaçou e ouviu JP bufando.

Narrador - JP:

“Era uma linda garotinha que morava no meio da floresta”

Renesmee:

PARA TUDO”

Narrador - JP:

“Cansei de pessoas me interrompendo. Estou deixando a peça mais animada.”

Renesmee se levantou do seu lugar no meio da platéia e se posicionou ao lado de JP.

Renesmee:

Eu sei que você quer deixar a peça mais animada, então por que não fazemos umas pequenas mudanças? Não sei vocês, mas sempre quis saber o que aconteceria se a nossa querida Chapeuzinho Vermelho fosse mais velha. Ela se deixaria enganar pelo lobo? Ela conseguiria fugir do Lobo Mau?”

Narrador - JP:

“Que tal se Chapeuzinho tivesse 18 anos? E nosso querido Caçador também? Sempre achei que poderia surgir um romance entre aqueles dois”.

Renesmee:

“ÓTIMO! E só mais uma coisa. Chapeuzinho mora próximo à floresta, não no meio. Coitada viver isolada é o fim para qualquer adolescente. E o Caçador é o novo Policial da SWAT. Agora sim JP, siga com a história.”

Renesmee voltou a seu lugar saltitante e encarou o palco vidrada. Ela estaria vendo uma coisa que sempre sonhou. O amor entre duas pessoas nascendo. Edward e Bella eram como pais para ela. Apesar de amar Regiana ela sentia que tinha um futuro com aqueles dois.

Narrador - JP:

Era uma vez, uma adolescente que se chamava Chapeuzinho Vermelho. Ela morava em uma pequena cidade chamada Forks, próxima a floresta. Era uma adolescente como qualquer outra, gostava de filmes, músicas e garotos. Certo dia Chapeuzinho voltou de sua festa de formatura. A Bicha finalmente tinha acabado o Colegial. Como ainda estava animada resolveu escutar música em seu quarto”.

Bella entrou no quarto vestindo uma túnica amarela horrenda, mas com um sorriso gigante no rosto.

Chapeuzinho - Bella:

“Finalmente eu terminei o colegial. Me sinto livre, agora as férias me esperam, vou viajar, me divertir com os meus amigos. Mal posso esperar.”

Essa foi a deixa para Alice entrar no palco. Ela era uma mãe muito fashion.

Mãe – Alice:

Ah meu Deus. O que você está vestindo? Parece uma gema de ovo, tire isso já”.

Bella tirou a tunica e revelou seu lindo vestido vermelho. Muitos na platéia assoviaram fazendo a moça ficar completamente vermelha.

Mãe – Alice:

“Bem melhor, posso olhar para você sem queimar os olhos. Mas então minha querida filhinha, como se sente?”

Chapeuzinho – Bella:

“Ótima, com energia, pronta para curtir as férias”.

Mãe – Alice:

“Que bom, porque você está indo para a casa de sua avó?”

Chapeuzinho – Bella:

“O QUÊ?”

Mãe – Alice:

“É isso mesmo que você ouviu. Não a visita já faz um tempo, sem falar que preciso que leve os discos que ela esqueceu aqui.”

Chapeuzinho – Bella?

“Eu tenho escolha?”

Mãe – Alice:

“Ah, querida é claro que você tem. Vai para a sua avó ou fica trancada no quarto até ir para a faculdade.”

Chapeuzinho – Bella:

“Onde estão os discos?”

Narrador – JP:

Chapeuzinho resolveu ir até a casa de sua avó apesar de ser contra a idéia, mas ela não sabia que isso poderia mudar um pouco sua vida”.

“Chapeuzinho seguia sozinha pelas ruas que levavam até a casa de sua avó, mas a velha era tão anti-social, que morava no meio da floresta. Depois de andar quilômetros na rua, Chapeuzinho ainda teria que descer até uma biboca, seguindo uma pequena trilha.”

“Enquanto passava em frente a sua antiga escola sentiu algo batendo em sua cabeça. Uma bola de Football”.

Edward entrou vestido com metade de sua fantasia de SWAT. Estava apenas com a calça, a camisera preta colada no corpo e os cuturnos. As meninas na platéia enlouqueceram, mas uma em particular apenas o observou. Pensava em como ele poderia ter ficado tão bonito em tão pouco tempo.

Mas não era apenas ela que estava encantada. Bella encarava Edward com os olhos cheios de amor. Tanto por causa da peça como por seus verdadeiros sentimentos.

SWAT – Edward:

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Me desculpe, eu devia ter pego a bola.”

Chapeuzinho – Bella:

Está tudo bem. Só me pegou de surpresa.”

Edward passou as mãos pelo rosto de Bella e milhares de suspiros ecoaram pelo teatro. Inclusive o de Bella.

SWAT – Edward:

Tem certeza que está bem? Posso te levar ao hospital.”

Bella deu um pequeno sorriso, mas se afastou das mãos de Edward.

Chapeuzinho – Bella:

Estou bem, juro. Não precisa se preocupar, estou indo para a casa da minha avó. Se acontecer alguma coisa ela poderá me ajudar.”

Edward assentiu e deu um singelo beijo na mão de Bella arrancando mais suspiros da platéia femenina.

Narrador – JP:

Quem era aquele jovem que fez o coração de Chapeuzinho bater tão rápido? Ele morava ali perto? Como nunca reparou nele?”

“As perguntas não paravam de chegar, mas infelizmente – por mais que Chapeuzinho quisesse descobrir mais sobre aquele rapaz – ela tinha que ir para casa de sua avó”.

“Chapeuzinho seguiu calmamente pela trilha, tentando não tropeçar, porque do jeito que ela era, conseguia tropeçar até no plano.”

“Mas então ela escutou um barulho vindo de algum lugar nas árvores.”

Chapeuzinho – Bella:

Eu sabia que não era uma boa idéia. Mamãe ainda me paga por me colocar nesse enrascada”.

Então Emmett surgiu do nada, parando na frente de Bella. Sua fantasia de Lobo Mau havia sofrido alterações. A máscara mostrava seu rosto, mas ainda poderia ser definido como um lobo e a sua roupa estava pela metade. Ele havia tirado a camiseta que seriam os pêlos do lobo. Ele estava apenas com o macacão vermelho e preto e seu abdômen tanquinho a mostra. As meninas foram a loucura.

Narrador – JP:

De repente, Chapeuzinho se viu encarando um Lobão Mau charmoso e incrivelmente gostoso. Ai eu com esse lobo.”

Bella lançou um olhar do mau para JP e ele se calou e sussurrou apenas na Emmett.

- Cadê o resto da sua fantasia?

- Eu não podia entrar com aquilo depois dos gritos que as meninas deram por causa do Edward, eu tenho uma reputação a zelar.

Bella apenas rolou os olhos e seguiu com a peça.

Chapeuzinho – Bella:

Quem é você?”

Lobo Mau – Emmett:

“Eu? Jura que não percebeu? Sabe, rabo, fucinho, orelhas. Acho que você precisa de óculos.”

Chapeuzinho – Bella:

“Eu sei o que você é. Eu quero saber quem.”

Lobo Mau – Emmett:

“Eu sou o Duque Lobo Mau. Prazer em conhecê-la”.

Chapeuzinho – Bella:

“Eu sou Chapeuzinho Vermelho. Prazer”.

Lobo Mau – Emmett:

“O que uma moça como você faz no meio da floresta?”

Chapeuzinho – Bella:

“Estou indo entregar esses discos para a minha avó”

Emmett arrancou a sacola das mãos de Bella e deu uma examinada.

Lobo Mau – Emmett:

“ÔLOCO!!! Como você conseguiu isso? Led Zepplin, Guns N’ Roses, Foo Fighters.”

Chapeuzinho – Bella:

“Ah, são da minha avó”

Lobo Mau – Emmett:

“Suponho que você não me daria nenhum se eu pedisse.”

Bella negou.

Lobo Mau – Emmett:

“Ok, mas então, onde sua avó mora?”

Emmett olhou para a platéia e balançou as sobrancelhas.

Chapeuzinho – Bella:

“Acho que ela é a única velhinha que mora no meio da floresta, não é difícil de achar.”

Lobo Mau – Emmett:

“Bom, acho que eu vou-me já andando”.

Todos na platéia e os atores caíram na gargalhada deixando Emmett confuso.

- Não entendi – Sussurrou para Bella, ela apenas ignorou e o impurrou para fora do palco.

Narrador – JP:

Chapeuzinho continuou seu caminho cantarolando uma musiquinha brega que a lembrava do rapaz de olhos verdes, mas enquanto isso o Lobo Mau armava seu plano.

Emmett era o único no palco, estava cercado pelas árvores cinematográficas e olhava ao redor como se estivesse perdido.

Lobo Mau – Emmett:

“Acho que me perdi.”

JP se aproximou por trás de Emmett e fez sinal para que a platéia ficasse em silêncio

Narrador – JP:

É PELA DIREITA SEU BURRO”.

Emmett caiu no chão assustado e todos na platéia riam. Ele não agüentou a humilhação e olhou raivosamente para JP.

- EU VOU TE MATAR. – E assim saiu correndo atrás dele no meio da peça.

- UI VEM MEU LOBO!

Todos na platéis riam sem parar, não importava se fazia parte da peça ou não, estavam se divertindo.

Jasper apareceu em cena, agarrou JP pelo braço e mandou Emmett continuar e deu um último aviso para JP. Esse por sua vez não gostou nada de ser repreendido e saiu do palco.

Sem muita escolha, Alice assumiu a narrativa.

As cortinas se fecharam enquanto Jasper com a ajuda de outros contra-regras trocavam o cenário da floresta pelo quarto da Vovó.

Quando as cortinas voltaram a se abrir, Rosalie estava sentada na cama com ums roupa dos anos 80. Como era de se esperar, recebeu muitos aplausos e assovios.

Narrador – Alice

“O Lobo Mau se aproximou vagarosamente da casa da Vovó.”

Lobo Mau – Emmett:

“ABRA ESSA PORTA SENÃO EU VOU ASSOPRAR E A CASA DERRUBAR.”

Alice bateu a mão na testa e se aproximou de Emmett sussurrando em seu ouvido:

- História errada.

- Ah é. Foi mal.

Lobo Mau – Emmett:

“Abra essa porta”

Emmett esmurrava a porta até que a própria caiu.

Lobo Mau – Emmett:

“Não sabia que era tão forte assim.”

Vovó – Rosalie:

Ora, ora, ora. Se não é o Duque Lobo Mau.”

Narrador – Alice:

Muitas pessoas acham que a Vovozinha não conhecia o Lobo Mau, mas isso era conversa para boi dormir. Os dois já haviam se encontrado uma vez, há muito tempo atrás. Ainda quando o Duque Lobo Mau era um espião Russo e a Vovozinha, no auge dos seus vinte anos, trabalhava para a CIA”.

O som de surpresa da platéia saiu alto. Todos estavam mais do que envolvidos na peça.

Lobo Mau – Emmett:

“Vejo que não mudou nada.”

Vovó – Rosalie.

Digo o mesmo de você”.

Os dois se encaravam de maneira perigosa, como se pudessem se atacar a qualquer momento.

Lobo Mau – Emmett:

“É uma pena que um de nós dois não viverá para contar a história dessa vez.”

Vovó – Rosalie:

É o que veremos.”

Lobo Mau – Emmett:

“Exijo que me entregue aqueles discos. Sãos as informações que você me roubou.”

Vovó – Rosalie:

“Desculpe, mas você nunca vai reconquistá-los.”

Lobo Mau – Emmett:

“Eu não apostaria minhas fichas nisso.”

Assim Emmett partiu para cima de Rosalie. Os dois lutavam impressionantemente bem. As aulas de Yoga de Rosalie e o Kung Fu de Emmett comtribuiram para isso.

Narrador – Alice:

“Os dois lutavam para salvarem suas vidas. A Vovozinha já não estava mais tão em forma assim. Havia parado de treinar desde que se aposentou. Foi então que ouviram batidas frenéticas na porta.”

Chapeuzinho – Bella:

“Hei, Vovó, abra a porta. Sou eu Chapeuzinho Vermelho.”

Vovó – Rosalie:

“Só um minuto querida.”

Narrador – Alice:

“Para o azar de todos nos Estados Unidos a Vovozinha abaixou a guarda. O Lobo se aproveitando a apagou. Depois a trancou dentro do armário.”

“Enquanto isso, Chapeuzinho ficava impaciente la fora.”

Chapeuzinho – Bella:

“Vovó, aconteceu alguma coisa?”

Emmett olhou assustado para a porta e começou a correr pelo quarto. Ele abriu o guarda-roupa, mas não achou nada ali dentro. Então em cima da cama havia uma camisola. Ele tentou vesti-la, mas acabou rasgando num barulho estrondoso.

Lobo Mau – Emmett:

“Mas aquela velha não podia ser mais gorda?”

Vovó – Rosalie:

“Gorda o caramba.”

Rosalie chutou a porta do armário, mas nada aconteceu.

Então Emmett encontrou uma camisola, mais parecida com uma túnica e a vestiu rapidamente.

Lobo Mau – Emmett:

To parecendo a versão mais peluda do Lorde Voldemort.”

Chapeuzinho – Bella:

“Vovó?”

Lobo – “Vovó” – Emmett:

Pode entrar minha netinha.”

Emmett tentava fazer uma voz fina, mas parecia que ele tinha engolido um sapo.

Bella entrou um pouco desconfiada e se assustou com sua “avó” deitada na cama.

Chapeuzinho – Bella:

“Trouxe seus discos vovó.”

Lobo – “Vovó” – Emmett:

“Oh, obrigada minha netinha, por que não chega mais perto?”

Chapeuzinho – Bella:

“Uau Vovó, para que serve essas garras?”

Lobo – “Vovó” – Emmett:

“É pra arrumar a estante, sabe como é, tava faltando chave de fenda em casa.”

Chapeuzinho – Bella:

“E pra que serve esse fucinho enorme?”

Lobo – “Vovó” – Emmett:

“Para te cheirar melhor. Falando nisso, o desodorante venceu foi?”

Bella tentou sentir algum cheiro estranho vindo das axilas.

Chapeuzinho – Bella:

“Eu vou ignorar o último comentário. Mas me diz, e essa voz de gay Vovó?”

- HÁ, EU SABIA! – JP gritou de algum lugar ao fundo do palco.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

De repente, Emmett ficou de pé, revelando que era o Lobo Mau.

Lobo Mau – Emmett:

“Eu sou espada!”

Chapeuzinho – Bella:

“Cuidado, seu Lobo. Espada corta para os dois lados.”

Emmett mostrou os dentes e começou a correr atrás de Bella.

Narrador – Alice:

“Não tinha como saber se Chapeuzinho iria se livrar do Lobo, até que...”

SWAT – Edward:

“Posso saber o que está acontecendo aqui?”

Edward entrou no palco com a maior pose de macho Alfa. Bella parou de correr de repente e começou a encará-lo. Meninas gritaram enlouquecidas.

Lobo Mau – Emmett:

“Eu falo, já que a Chapeuzinho só quer babar no caçador. Eu vim buscar os discos.”

SWAT – Edward:

“Eu temo que não poderei deixar você leva-los.”

Lobo Mau – Emmett:

“E você é o que por acaso? Um espião?”

SWAT – Edward:

“Na verdade, Capitão Hunter da SWAT”

Lobo Mau – Emmett:

“Ferrou.”

SWAT – Edward:

“Acho que está na hora de ir embora, ou não sobrará nada de você.”

JP:

ISSO NÃO SERÁ NECESSÁRIO.”

Todos olharam assustados para JP que entrava no palco vestido de Loba.

JP:

“Esse cachorro vai vir para casa comigo!”

JP agarrou Emmett pelo braço e começou a puxá-lo para fora do palco.

Lobo Mau – Emmett:

“NÃO!!! Não deixem ele me levar. EU IMPLORO!!!!”

JP:

“Cala boca meu Lobão e vamos logo.”

Assim os dois saíram do palco. Deixando apenas Edward e Bella ali.

SWAT – Edward:

“Acho que acabou.”

Chapeuzinho – Bella:

“Você é um Capitão da SWAT!”

Edward deu de ombros. Então, sem que ele esperasse Bella o beija. Totalmento surpreso Edward apenas curte o momento enquanto ouve aplausos e assovios vindos da platéia.

Bella colocou todo seu amor naquele beijo, como uma promessa que contaria tudo a ele mais tarde.

Chapeuzinho – Bella:

“Obrigada, por me salvar.”

SWAT – Edward:

”Não há de que.”

Os dois saíram de mãos dadas curtindo o amor.

Narrador – Alice:

“E é assim que termina. O Lobo Mau e sua Loba ciumenta, E Chapeuzinho com seu lindo Caçador, ou devo dizer Capitão Hunter.”

“Mas eu tenho a ligeira impressão que estamos esquecendo de alguma coisa. O que será? Acho que não deve ser nada.”

Então Alice saiu do palco.

Vovó – Rosalie:

“HEI, TEM ALGUÉM AI?”

A voz de Rosalie ainda vinha de dentro do armário.

Vovó – Rosalie:

“ME TIREM DAQUI!!!!”

E assim as cortinas se fecharam.

~~ FIM DA PEÇA~~

Edward PDV

O pessoal queria ficar para comemorar o sucesso da peça, mas eu não esperei. Dei a desculpa de que havia esquecido algo no meu quarto e corri para fora do teatro como um jato.

No lado de fora havia milhares de pessoas, todos falando sobre a peça, parecia que tinham gostado. O que iria deixar Bella muito feliz. Mas para que a alegria fosse completa, eu teria que encontrar Sophie e despachar ela.

Olhei por cima do mar de cabelos e ao longe avistei seus cabelos ruivos intensos. Ela parecia tranqüila e olhava para tudo a sua volta, apenas observando. Como se caçasse sua próxima vítima.

Fui me aproximando como um leopardo pronto para atacar.

- Olá, Sophie. – O rancor em minha voz pingava e meu olhar devia mostrar o ódio que borbulhava nas minhas veias.

- Edward! – Pelo tom de sua voz ela não esperava me ver. – Tudo bem?

- Vamos cortar o papo furado. O que veio fazer aqui?

- O que toda pessoa vem fazer na faculdade.

- Pare com essa conversinha de boa moça. – Sophie me fitou confusa. – Que tal se fizermos um flashback e voltarmos quatro anos? – Seus olhos ficaram opacos e sua expressão tornou-se melancólica.

- Edward eu não queria.

-Ah, você se jogou nos braços daquele idiota sob pressão, afinal eles apontaram uma arma para você, não é?

O veneno em minha voz a atingia, eu não conseguia mais vê-la como aquela garota que eu amava. Ela era uma maldita sem vergonha.

- Edward, eu não queria, eu juro! Você não sabe como eu me arrependo. – As lágrimas – falsas – escorriam por seu rosto e ela se agarrou a minha blusa.

- Eu não acredito. – Me virei para ir embora, mas a escutei me chamando. Por um momento cogitei ir embora, mas a merda da minha curiosidade me fez voltar.

- Por favor, acredite em mim.

- Não. – Passei as mãos pelo cabelo, nervoso. – Por quê? Por que fez aquilo comigo? Eu te amava, eu via um futuro para nós dois, mas você simplesmente jogou tudo ao vento.

- Quantas vezes eu vou ter que falar que eu não queria? – Sophie gritou e algumas cabeças viraram em nossa direção.

- O tanto de vezes necessárias para você desistir de me fazer acreditar. – Por um momento os olhos de Sophie me pareceram tristes, tempo suficiente para eu rever meu julgamento. Mas a tristeza se foi tão rápido quanto veio. E ali eu via o mesmo olhar que eu vira há quatro anos atrás estampado nos olhos verdes. Verde, que para mim reluziam vermelhos como o inferno por causa do desprezo.

- Finalmente se cansou.

- Você sabe que eu não sou uma boa atriz. Além do mas, eu não consigo mentir para você.

- Eu ainda me pergunto como eu pude amar uma pessoa como você.

- Eu provoco esse efeito nas pessoas. – Sophie mostrava uma faceta que eu nunca poderia imaginar que existia naquela doce menina que eu conheci. Essa Sophie era obscura.

- Me responda: Por que fez aquilo?

- Por que é divertido.

- Você é tão fria a ponto de magoar uma pessoa por diversão?

- O que eu posso fazer? Alguns gostam de futebol, outros de Bungee Jump. Eu gosto de corações partidos. – Ela se sentou em um banco e olhou através de mim e deu um pequeno sorriso. – Chega de falar de mim. Que beijão na peça hoje. Bella realmente me surpreendeu.

Contrai-me de raiva ao ouvir o som de sua voz falando o nome de Bella como se tivesse nojo.

- Não ouse se aproximar dela. – Ela me lançou um olhar desconfiado e num átimo sua expressão era de uma surpresa cínica.

- Quem diria que Edward Cullen se apaixonaria por uma pessoa tão sem sal.

- Cala a sua boca antes de falar da Bella. – Eu poderia achar desprezível bater em uma mulher, mas eu não me seguraria por muito tempo.

- Edward, você já teve um gosto melhor. Eu me sinto até humilhada por ser substituída por alguém como ela.

- Você não é metade da mulher que Bella é.

- Vamos ver se continua pensando assim depois disso.

Então ela me beijou. O beijo que antes me causava arrepios, hoje me causava repulsa e a afastei.

Eu estava bufando de raiva, mas algo atrás de mim chamou a minha atenção. Era um som de choro. Me virei como uma bala e me deparei com Bella me encarando com os olhos molhados.

- Bella, não é o que você pensa.

Ela não me deixou explicar e saiu correndo.

- Até mais, Edward. – Sophie debochou.

Corri para longe dali antes que fizesse algo de que me arrependeria.

Tentei achar Bella no meio da multidão, mas era impossível.

Voltei ao teatro e lá Rosalie e Alice me receberam com quatro pedras na mão e quase um dicionário de palavrões.

- Você comeu merda Edward?

- Alice, não foi o que ela acha. Sophie me beijou.

- Edward essa não cola.

- É verdade. – Gritei colocando a mão no peito. Meu coração batia tão acelerado que doía. – Onde ela está?

- Eu não sei.

- DROGA, ONDE ELA ESTÁ?

- Ela foi para casa Edward. – Emmett chegou falando. Sorri em agradecimento e corri para Dartmouth.

Enquanto eu dirigi não escutava nada, eu não via nada, eu só pensava em como fazer Bella acreditar eme mim.

*Link para a música*

http://www.4shared.com/audio/eb1-3yRm/Sonohra_-_Salvami.htm

*Reserva*

http://www.youtube.com/watch?v=k8afQw0G4mE

Eu me odiava, lá estava eu fazendo a razão da minha vida sofrer... De novo.

Assim que cheguei ao estacionamento de Dartmouth nem tranquei o carro, apenas corri. Havia muito mais em jogo.

Eu estava desesperado, não importa o quanto eu corria, nunca chegava.

Quando avistei seu prédio usei toda a força que me restava, até que finalmente cheguei a seu apartamento.

- Bella. – Esmurrei a porta. – Por favor, abre.

Tudo estava silencioso, não havia ninguém no corredor, provavelmente estavam na Ivy League ou por ai. Mas isso não era uma coisa boa. O silêncio só aumentava a minha angústia.

- Bella, por favor, abre! – Não agüentava mais ficar de pé, e as forças dos meus braços se esvaiam. E com um último soco desabei em meus joelhos ainda de frente para a porta. – Eu não queria, acredite em mim. Foi ela quem me beijou.

Mais silêncio.

- Bella eu não tinha motivos para fazer aquilo. – Se ela pelo menos gritasse comigo, certamente doeria menos. – Droga Bella. Fale alguma coisa, nem que for para me xingar, apenas diga.

- Vá embora Edward. – Sua voz estava embargada e fraca por causa do choro. Como eu queria arrombar aquela porta para poder abraçá-la.

- Acredite em mim Bella. – Toquei a porta com uma mão e a senti mais perto, como se tivesse feito a mesma coisa.

Esperei para que ela respondesse, mas nada veio. Olhei ao redor, tentando achar algo. Nem eu sabia o que, mas algo que me ajudaria a convencê-la.

Então eu vi papéis em um mural no corredor. Arranquei um deles e cacei uma caneta, por sorte achei uma em uma mesa com mais panfletos.

Bella,

Por favor eu te peço para que me escute. Eu juro por tudo que foi ela quem me beijou.

Eu não queria, eu estava tentando fazê-la me deixar em paz.

Acredite quando digo que não havia motivos para eu fazer aquilo. Por que beijaria alguém que não amo? Eu aprendi isso com você.

Eu sou seu e de mais ninguém, mesmo que você não me queira, eu vou sempre te querer.

Eu ainda tenho esperanças de te ter em meus braços. Não jogaria isso fora.

Responda-me.

Com todo o meu amor,

Edward

Enfiei a carta, com a letra tremida e a marca de uma lágrima teimosa, por debaixo da porta.

- Leia. – Sussurrei.

Alguns minutos se passaram e de repente uma folha deslizou para perto de minha mão.

Me esqueça.

Eu encarava o papel atônito. Minhas mãos tremiam e eu não podia absorver que ela não acreditava. Amacei o papel e o taquei longe.

- Espero que esteja certa disso. – Sussurrei e fui embora. Desistindo de lutar por Isabella Swan.

Bella PDV

Fazia dois dias que eu evitava esbarrar com Edward. Eu evitava freqüentar qualquer lugar onde ele poderia estar, não sai do meu quarto para falar a verdade. Não sei se suportaria olhar para ele sem chorar.

Eu ainda via a cara de vitoriosa de Sophie quando terminou de beijar Edward e olhou para mim. Ela sorria como se tivesse ganhado na loteria e seus olhos mostravam que ela sabia que ela era a quem Edward queria.

Eu me senti minúscula perto dela e quando Edward olhou para mim, meio desnorteado, não ouve alternativa a não ser correr. Eu sabia que tinha que me distanciar dali o mais rápido que pudesse. E enquanto eu corria as pessoas viravam a cabeça para me encarar. Não devia ser nada normal uma garota vestida de Chapeuzinho Vermelho correndo por ai, ainda mais chorando.

Eu me tranquei no apartamento e deslizei pela porta. Eu havia me refugiado ali dentro e não conseguia dar mais um passo. Alguns diriam que foi por causa do cansaço da corrida, mas só aqueles que já sentiram a dor de uma traição são capazes de entender o que é ter as forças tiradas de seu corpo.

Eu estava deslizando para a inconsciência, ali mesmo, encostada na porta. Até que Edward bate a minha porta, aflito.

Eu permaneci quieta e apenas uma vez o mandei embora, mas quando a carta deslizou por sob a porta eu não agüentei e comecei a chorar. Tentei chorar baixo prendendo, às vezes, a respiração.

Eu queria acreditar em todas as palavras escritas naquela carta, mas ao mesmo tempo o olhar de Sophie vinha a minha mente, ela parecia saber que ele seria dela. Eu respondi pedindo para que ele me esquecesse, seria mais fácil assim.

Na mesma hora desisti de contar sobre a doença. Podem me chamar de medrosa, ou idiota, mas de que adiantaria? Sophie conseguiria Edward para ela mais cedo ou mais tarde e eu partiria para Itália logo e se Deus quisesse voltaria para casa curada. E se Edward me quisesse de volta eu seria feliz, mas se ele escolhesse Sophie eu não argumentaria.

Limpei minha mente ao tempo que entrava para minha primeira aula no curso de Literatura. Admito que ainda tinha medo de sucumbir ao medo e não conseguir avançar, mas ele me fez acreditar que era capaz.

Sentei no fundo da sala e observei as carteiras sendo preenchidas uma a uma. Algumas pessoas chegaram depois da professora, mas ela não parecia se importar.

Uma garota de cabelos enrolados e pele morena se sentou ao meu lado. Ela parecia ansiosa para seu primeiro ano assim como eu.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Atenção alunos, prestando atenção aqui. – A sala se silenciou quando ouviu o som da doce voz da professora, ela parecia ser bem legal. – Eu sou a Professora Daniele Bernardi e estarei ensinando a vocês Teoria da Literatura.

A professora parecia ser bem simpática. Seus grandes olhos castanhos eram muito expressivos, ela não era alta, mas também não entraria na categoria de baixinhas. Seus cabelos eram compridos e encaracolados, dando um volume fantástico.

Alguns burburinhos começaram, mas logo foram silenciados pela professora.

- Como hoje é o primeiro dia de aula eu... Não vou pegar leve com vocês. Quero que façam duplas e escrevam uma redação sobre autores modernos e suas influências. – A sala parecia chocada quando a doce professora Daniele se transformou em um comandante.

- Você gostaria de fazer a redação comigo? – A menina ao meu lado se ofereceu. Eu sorri em resposta achando que poderíamos ser boas amigas.

- Claro. Aliás, meu nome é Bella. - Estendi a mão para a garota.

- Prazer, eu sou Jenifer Rebequi.

Começamos a confabular entre nós, falamos sobre nossos autores favoritos e o que gostávamos de escrever. Jenifer mencionou ser apaixonada por poesias e começamos a discutir mais assiduamente.

Mas num certo ponto da aula eu começava a me lembrar das poesias que Edward me enviava antes mesmo de começarmos a namorar.

- Você está bem Bella? – Jenifer perguntou ao sairmos da sala.

- Estou sim. – Menti.

- Você me parece triste, gostaria de conversar?

Suspirei derrotada e me sentei em um banco, teria que ser breve, a próxima aula estava para começar.

- É complicado. – Expliquei toda a minha história com Edward, inclusive o motivo de nossa separação. No começo ela achou que era uma brincadeira de mau gosto, mas depois compreendeu a seriedade do assunto. Ela estava abismada por uma pessoa tão jovem ter Leucemia. Mas depois dela ter engolido a informação relatei o fato ocorrido há dois dias e mostrei a carta que Edward havia me escrito.

- Bella, parece que você passou por muita coisa, mas não encontro motivos para Edward ter beijado essa tal de Sophie, que por sinal já está na minha lista negra. Se ele te ama como diz amar e como me contou, tudo nessa carta é verdadeiro.

- Mas Jenifer, por mais que fosse verdade, é melhor.

- Bella, deixa de ser burra garota. O amor da sua vida está na sua frente, te pedindo de joelhos para voltar e dar mais uma chance pra ele e você o que faz. IGNORA. – Ela levantou-se e me ergueu junto. – Agora eu quero que você vá para a sua aula e assim que terminar todas elas vai direto conversar com Edward.

- Mas...

- Sem mas, nem meio mas. Faça isso. – E assim se virou e saiu andando.

Por mais que eu pudesse me arrepender mais tarde, eu fiz o que ela mandou. Segui para os prédios da turma de Medicina, mas não o encontrei lá. Onde ele poderia estar?

Edward PDV

Acordei de manhã sem a mínima vontade de dar as caras na faculdade. Eu estava pouco me lixando se era o primeiro dia de aula. Eu já era veterano, não perdia nada faltando um dia.

Mas eu também não queria ficar mofando na cama. Eu tinha que sair. Peguei a chave da minha moto – presente de Carlisle já que meu carro não tinha mais concerto – troquei de roupa e sumi do campus.

Por alguns instantes eu vaguei por ai sem rumo. Apenas deixando o vento bater no rosto, mas logo me vi dirigindo a um lugar especifico. Ivy League.

Passei o mais rápido que pude pelo pátio externo, tentando manter as lembranças longes e adentrei o pátio interno onde varias crianças brincavam animadas.

Tentei achar Renesmee, mas ela não estava em lugar nenhum. Perguntei a um de seus coleguinhas e ele medisse que ela estava na diretoria.

Segui até lá e parei quando ouvi vozes nervosas vindo de dentro da sala.

- Não, nós vamos levá-la hoje. – Disse uma voz com um sotaque que me parecia do sul.

- Mas eu não quero ir com vocês. – Apurei meus ouvidos quando reconheci a voz de Renesmee.

- Não seja tola garota, você vai com a gente hoje.

- Por favor, Sra. Pleis, não deixe eles me levarem.

Renesmee parecia ter chorado e eu senti ódio das duas pessoas naquela sala.

- Desculpe querida, mas eu não posso fazer nada. A não ser que outra pessoa esteja interessada em te adotar, você terá que ir com eles.

- Não, por favor. – Renesmee havia voltado a chorar. Arrisquei uma olhada pelo pequeno vidro da porta.

Reconheci Sra. Pleis sentada em sua cadeira com Renesmee em seu colo escondendo o rostinho em seus ombros. E sentado na frente das duas encontrava-se uma mulher magra, morena e ao seu lado um cara musculoso mau-carater.

- Vamos, temos que ir. – A mulher se levantou e puxou Renesmee brutalmente do colo da Sra. Pleis.

Renesmee lançou um último olhar de súplica para a diretora.

- Desculpe Renesmee, mas enquanto ninguém se oferecer, eu infelizmente não posso fazer nada.

- Eu adoto. – Entrei de supetão na sala.

Todos me olhavam assustados, apenas Renesmee me encarava como um sorriso enorme.

- Edward, você não pode adotá-la.

- Mas é claro que eu posso. Já tenho 21 anos e preencho todos os requesitos necessários para ser um pai adotivo.

- Mas você é um estudante.

- Não me importo. Posso adotá-la agora e quando conversa com meus pais passo a guarda para eles. O importante é Renesmee estar feliz.

Seus olhos brilhavam e ela chorava de novo, mas de felicidade. Ela se soltou da magrela e pulou no meu colo.

- Obrigada Edward. De verdade. – A abracei forte tentando mostrar que nunca a deixaria indefesa.

- Pode dar entrada nos papeis.

- Edward, tem certeza?

- Nunca estive tão certo na minha vida. – Sra. Pleis abriu um sorriso e disse um “obrigado” mudo.

- E nós? – O musculoso perguntou.

- Eu acho que isso é um adeus. – Sorri enquanto os dois saiam bufando e batendo os pés para fora da sala.

- Eu devo meus eternos agradecimentos a você Edward.

- Não precisa agradecer, Renesmee merece. – Ela me deu outro abraço.

- Darei entrada nos papeis, então.

- Obrigada. Será que posso levar Renesmee para um passeio?

- Oh claro. Mas ela tem que voltar até as cinco.

- A trarei sã e salva. Até.

- Até.

- Eu te amo Edward. – Renesmee me deu um beijo na bochecha e não pude fazer a não ser sorrir.

Então eu sai da sala da diretoria com minha nova... Filha.

Bella PDV

Procurei Edward por todo lugar, ele tinha sumido. Não estava na sala, nem na biblioteca, muito menos na lanchonete do campus. Resolvi procurar no apartamento dele.

O dormitório dos rapazes estava um caos. Música alta tocava alucinadamente no segundo andar. O saguão estava lotado de gente com milhares de livros empilhados, já fazendo trabalhos. Alguns apenas botavam o papo em dia.

Reconheci um rapaz de cabelos ruivos, Mike. Perguntei qual era o quarto de Edward. 27 A.

Bati na porta, mas não ouvi nada. Voltei a bater, mas ainda nada.

- Edward, você ta ai?

Ouvi passos la dentro e a maçaneta girou, mas teria sido melhor se eu não tivesse ido lá. Quando a porta se abriu Sophie estava lá. Vestindo apenas uma camiseta de Edward.

Eu não sei o que me passou pela cabeça, mas eu já estava chorando. Tentei me convencer que poderia ser outra coisa, mas estava tudo muito explicito. Simplesmente jogado na minha cara.

- O que você está fazendo aqui? Edward e eu queremos dormir.

- Me desculpe. – Minha voz saiu cortada e muito fraca. – Eu vou embora. – Me virei para ir quando Sophie me chamou.

- Desculpe. Mas ele me escolheu.