Atrás de um dos pilares estava Amanda, e não gostava nada do que estava vendo, a apanhadora da Grifinória realmente era muito boa, tinha que fazer algo, mas o quê? Lembrou-se da conversa de Draco pela manhã, sobre um tal de “Duelo Bruxo”, é, já sabia o que fazer.


Amanda segue caminhando pelo campo onde o time da Grifinória estava reunido, chegando mais perto ela começa a aplaudir:


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- Parabéns Granger!


O sorriso de Hermione desaparece de seu rosto, os outros olham desconfiados:


- O que você quer Amanda? O que faz aqui?


- Nada, agora é proibido andar pelos terrenos do castelo?


- Não, mas logo aqui por quê?


- Na verdade eu queria falar com você, em particular.


Hermione a olha meio desconfiada:


- Tudo bem, vamos ali. Tchau pessoal! Até mais!


Todos se despedem e vão embora, ficando apenas Rony e Harry que estavam de olho na arquibancada:


- Então Hopkins, o que você quer?


- Acho que você já deve ter ouvido falar do Duelo Bruxo.


- É, acho que já li em algum lugar.


- Pois bem, eu desafio você a um duelo, hoje a meia-noite na sala dos troféus.


- Porque eu aceitaria?


- Está com medo priminha?


- Claro que não, é que os alunos não podem sair de seus dormitórios após as 09h00min.


- Então você está com medo!


- Não mesmo! Eu aceito!


Já no salão principal, Harry estava em choque e Rony emocionado:


- Nossa Mione, como você é corajosa! – Diz Rony


- Você é maluca! Isso sim! – Diz Harry.


- Meninos, preciso saber como funciona esse duelo bruxo, eu já li algo sobre isso, mas nunca fiz.


- Deixa comigo Mione. – Diz Rony – Eu te ensino, eu sou profissional.


Já na sala comunal, Hermione estava de frente para Rony:


- Bom, Mione, eu vou ser seu padrinho, se você morrer eu vou te substituir. – Hermione arregala os olhos – Não se preocupe, só os bruxos de verdade conseguem matar, vocês duas no mínimo vão ficar soltando fagulhas uma na outra. Aposto que o Malfoy vai ser o padrinho dela, os dois se merecem.


Onze e meia, Hermione, Harry e Rony estão no salão comunal, prontos para partir,algumas brasas ainda rutilavam na lareira, transformando todas as poltronas em sombras corcundas. Eles saem pelo retrato da mulher gorda e seguem pelo corredor escuro, passaram voando pelos corredores listrados pelo luar que entrava pelas grades das janelas, a cada curva Hermione esperava topar com Filch ou Madame Nor-r-ra, mas tiveram sorte. Subiram correndo uma escada até o terceiro andar e, nas pontas dos pés, dirigiram-se a sala dos troféus.


Amanda e Draco não tinham chegado ainda, eles caminharam rentes as paredes, mantendo os olhos nas portas de cada lado da sala. Hermione tira a varinha para o caso de Draco ou Amanda já chegar duelando. Os minutos passaram vagarosamente:


- Eles estão atrasados, devem ter se acovardado. – Diz Rony


Então ouviram algo na sala ao lado, ela levanta rapidamente a varinha quando ouviram alguém falar, e não era Amanda, muito menos Draco:


- Vá farejando minha querida, eles podem estar escondidos em algum canto.


Era Filch falando com Madame Nor-r-ra, os três ficaram horrorizados e fugiram em direção a porta mais distante da voz de Filth, mal eles acabaram de sair e ouviram Filch entrar na sala de troféus:


- Eles estão por aqui. – Ouviram sussurrar – Provavelmente escondidos.


- Por aqui! – Hermione apenas mexeu a boca.


Eles começaram a descer uma longa galena cheia de armaduras, ouvindo Filch se aproximando. De repente, Rony tropeça e desaba em cima de uma armadura, a queda e o estrépido foram suficientes para acordar todo o castelo:


- Corram! – Grita Harry.


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Os três saem correndo desembestados por um corredor atrás do outro, sem virar a cabeça para ver se Filch os seguia. Atravessaram uma tapeçaria rasgando-a e encontraram uma passagem secreta, precipitando-se por ela foram sair perto da sala de aula de Feitiços, estavam a quilômetros da sala de troféus:


- Acho que o despistamos. – Ofegou Harry apoiando-se na parede fria e limpando o suor da testa.


- Temos de voltar a Torre da Grifinória o mais rápido possível. – Diz Rony.


- Amanda me enganou. – Diz Hermione com raiva – Não ia vir me enfrentar, Filch sabia que tinha alguém na sala de troféus, ela deve ter contado a ele.


- Não pense mais nisso, vamos nos vingar. – Diz Harry – Agora é melhor ir-mos.


Não tinham caminhando nem dez passos, quando ouviram o barulho de uma maçaneta e alguma coisa disparou da sala de aula à frente deles, era Pirraça, um Poltergaister, uma espécie de fantasma que vivia perambulando pelos corredores fazendo brincadeiras e pregando peças tanto nos alunos como nos professores:


- Passeando por aí a meia-noite aluninhos? Tsk, tsk. Que feinho, vão ser apanhadinhos!


- Não se você não nos denunciar Pirraça! – Diz Rony – Por favor!


- Devia contar ao Filch, devia! – Diz Pirraça bem comportado, mas seus olhos cintilavam de maldade – É para o seu próprio bem, sabem?


- Saia da frente! – Diz Hermione com rispidez baixando o braço de Pirraça, foi um grande erro.


- ALUNOS FORA DA CAMA! – Berrou Pirraça – ALUNOS FORA DA CAMA NO CORREDOR DE FEITIÇOS!


Passando por baixo de Pirraça, eles saíram desembalados até o final do corredor onde depararam com uma porta... Fechada:


- Acabou-se! É o fim! – Gemeu Rony empurrando inutilmente a porta – Estamos ferrados!


Ouviram os passos apressados de Filch em direção aos gritos de Pirraça:


- Ainda não! – Diz Hermione – Eu tenho alguns truques! – Ela pega a varinha bate na fechadura – Alorromora!


A fechadura deu um estalo e a porta se abriu, eles se atropelaram por ela, fecharam-na e apuraram os ouvidos à escuta:


- Para que lado eles foram Pirraça? – Dizia Filch – Vamos! Para que lado eles foram?


- Peça,”por favor,”.


- Não me enrole! Para que lado eles foram?


- Não digo nada se você não pedir “por favor”.


- Está bem, por favor.


- NADA! Na haaa! Eu disse a você que não dizia nada se você não pedisse, por favor! Há! Haaaaa! – E ouviram Pirraça voar rápido para longe e Filch falar mal com raiva.


- Ele acha que a porta está trancada. – Falou Harry – Acho que escapamos!


- Sai pra lá Rony! – Rony puxava a manga do robe de Hermione fazia um minuto – O que foi?


Ela se virou e viu muito claramente o motivo, não estavam numa sala conforme ela supusera. Achavam-se num corredor, o corredor proibido do terceiro andar. Agora sabia porque era proibido, estavam encarando os olhos de um cachorro monstruoso, um cachorro que ocupava todo o espaço entre o teto e o piso. Tinha três cabeças, três pares de olhos que giravam enlouquecidos, três narizes que franziam e estremeciam farejando-os e três bocas babosas.


Estava muito firme, e eles ainda estavam vivos por que o cachorro foi pego de surpresa, mas já estava se recuperando, Hermione tateou a procura da maçaneta, entre Filch e a morte, preferia Fitch.


Eles correram, quase voaram pelo corredor, não viram Filch em parte alguma, não pararam de correr até chegarem ao retrato da Mulher Gorda no sétimo andar:


- Onde foi que vocês andaram? – perguntou ela, olhando para os robes que caiam soltos dos ombros e os rostos vermelhos e suados.


- Não interessa! Focinho de porco, focinho de porco! – Ofegou Hermione e os três entram de qualquer jeito no salão e desmontaram trêmulos nas poltronas:


- Que é que vocês acham que eles estão querendo com uma coisa daquelas trancada numa escola? – Perguntou Rony finalmente – Se existe um cachorro que precisa de exercícios é aquele!


- Vocês não viram em cima do que ele estava? – Pergunta Harry.


- No chão? – Arrisca Hermione – Eu não fiquei olhando para as patas, estava ocupada demais com as cabeças.


- Ele estava em cima de um alçapão, deve estar guardando alguma coisa.


- É, mas agora eu vou dormir. – Diz Rony – Estou morto.


- Eu também vou você não Mione?


- Vou daqui a pouco.


Os dois saem e ela fica pensativa, o cachorro estava guardando alguma coisa... Que era que Hagrid tinha dito? Gringotes era o lugar mais seguro quando se queria guardar alguma coisa, com exceção talvez de Hogwarts.


Parecia que Hermione descobrira onde o pacotinho encalombado do cofre setecentos e treze tinha ido parar...



Continua...