Doce Amargura
Minha casa, meu corpo
Olha o que me tornei. Uma casa vazia, com as paredes quebradas, com as luzes apagadas e inteira goteirada. Sabes o que quero dizer?
Minhas lágrimas escorrendo todas as noites antes de dormir, até parecem goteiras por onde a chuva cai, destruindo o assoalho de madeira. As paredes quebradas, cheias de rachaduras assim como meus braços e suas cicatrizes. Meu eu vazio, sem fome, sem comida. Apagada por inteira, como realmente estou. Apenas esperando a vida me levar aos poucos. Sem fazer nada. Fraca. Sem luz própria.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Espero alguém que venha me acender; concertar as paredes; parar as goteiras; me preencher. Alguém bom, com um coração puro que me faça esquecer de todas as coisas que fiz para destruir minha moradia,
Minha casa,
meu corpo.
Fale com o autor