Girls Just Wanna Have Fun

Angelicalmente selvagem


CAPÍTULO XI

Angelicalmente selvagem

Rose Weasley

— Ela deveria dar um trato naquele cabelo horroroso. — disse Dominique séria observando a garota que se distanciava delas com um sorrisinho idiota no rosto, segundo a concepção de Rose. — E tratar daquelas pernas flácidas.

— Que tipo de idiota pode olhar para aquilo? — questionou Roxanne indignada. — Só se for um grande idiota.

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— Malfoy — Rose suspirou. — Scorpius Hyperion Malfoy.

— É tão fofo você saber o nome do meio dele. — Roxanne afinou sua voz, dando uma risadinha de menininha que está na quinta série. — Será que você sabe o meu?

— Roxanne Idiota Johnson.

— Você viu, Domi? Ela ficou irritadinha. — zombou sendo empurrada pela Weasley até a sala de aula, onde teriam a primeira aula de Inglês da semana.

Para variar, Dominique e Roxanne sentaram-se juntas. Deixando, então, o lugar ao lado de Rose livre para qualquer pessoa estranha, retardada ou com algum tipo de transtorno mental sentar-se e respirar por cinquenta minutos o mesmo oxigênio que ela — como se não bastasse dividir com a sala toda.

Ou se não, poderia sentar-se uma pessoa bacana, íntegra e com um intelecto avançado.

— Bom dia, Weasley. — saudou Scorpius Malfoy ocupando o lugar ao seu lado. — Como foi o seu fim de semana?

— Você me viu no fim de semana, Malfoy. — respondeu com um sorriso cínico, recebendo outro em troca. — Por isso deve saber que foi uma bosta.

E a expressão mais crua da palavra resumiu bem tudo o que sentiu.

Ela apenas conseguiu começar a namorar um cara que preferia ser apenas amiga, ou ficante... Ou apenas amiga mesmo. Era difícil aceitar isso porque, apesar de tudo, estava contente por estar namorando. O melhor foi que ela descobriu que o seu pai, ah o seu querido papai, não lhe salvaria de nenhum pretendente indesejado.

Rose encontrou-se em uma situação confusa. Ela não gostava tanto de Brian Wood, só que não se importava em namorá-lo. Ele não era, e provavelmente nunca seria, uma paixão arrebatadora, mas quebrava um galho.

— A parte em que você não me viu deve ter sido realmente muito ruim. — ele riu abafado abrindo sua mochila. — Quer dizer, para meninas que tem paixões platônicas pelo colega de sala realmente deve ser muito ruim não poder passar mais de algumas horas perto de uma pessoa tão…

— Idiota, realmente. — Rose encarou-o. — Uma decepção se quer saber.

— Lamento pelas suas decepções, Weasley, mas... — Scorpius sorriu para ela. — Abra o seu coração de pedra para o fim da era da escuridão. Afinal, Scorpius Malfoy está aqui.

É, eu provavelmente vou ficar cega com o brilho dos seus dentes, Malfoy, pensou vendo como o rapaz exalava brilho. Seu cabelo era brilhante, seus dentes eram brilhantes, seus olhos eram brilhantes. Na verdade eram extremamente gelados e um pouco exc...

— Já contou a novidade para o seu amiguinho, Rosinha? — perguntou Roxanne da outra mesa. Rose não sabia se revirava os olhos pela pergunta desnecessária ou se por já imaginar a reação do Malfoy. Então revirou por ambos os motivos.

— Merda, Roxanne, me deixe em paz. — pediu ela se concentrando em seu caderno, justamente quando a professora chegou.

— Garotas bonitas não devem falar palavras feias, Weasley. — disse Scorpius em um tom mais baixo.

— Página 16, pessoal.

Rose, assim como os outros, apenas ficou quieta e prestou atenção na aula como sempre fazia.

A aula de inglês foi fácil, a de álgebra também, foi na de biologia que todo o ânimo de Rose voltou à estaca zero, para variar. O lado positivo era que, pelo menos, o seu trabalho estava certíssimo.

— Alvo Potter, Rose Weasley e Scorpius Malfoy.

Rose levantou-se para levar o trabalho até a mesa da professora. Apesar de tudo, estava satisfeita por ter conseguido fazer tudo a tempo, mesmo que nas vésperas.

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Rose sorriu aliviada para Scorpius ao sentar-se, e ele piscou para ela.

xxx

Assim que o sinal tocou, todos os alunos começaram a sair como se fossem morrer caso ficassem ali por mais cinco minutos. Scorpius fez a gentileza de acompanhar Rose até a porta.

— É... — disse ele quebrando o gelo. — De nada.

— De nada? — repetiu a garota divertida. — Era o mínimo que você podia fazer pelo nosso trabalho, Malfoy.

— Sou o senhor das causas impossíveis, Weasley — zombou. — Acho erros e faço tudo funcionar, mesmo o que as pessoas acham impossível. Sou uma divindade, se você quer saber, deveria começar a fazer reverencias.

— Nunca. — respondeu com ênfase. — Na verdade, você que deveria me agradecer. — Scorpius percebeu então que ela falava de um modo geral, incluindo tudo o que aconteceu no fim de semana.

— Quais são as formas de agradecimento? — sorriu marotamente para a ruiva em sua frente.

— Parar de importuná-la após as aulas seria uma delas. — disse uma voz que Scorpius reconheceria em qualquer canto do mundo, inclusive do inferno, onde era o seu lar. — E se eu fosse você não seria resistente.

— E se eu for, Wood? O que vai acontecer? Você vai proteger a pequena Weasley, é? — debochou encarando-o firmemente.

— Já faço isso, Malfoy. — afirmou passando a mão pela cintura de Rose. — E agora, como estamos namorando, eu passo a exercer essa função mais cautelosamente.

— Vocês estão o quê?

— Namorando. — repetiu Brian. — Além de retardado agora é surdo, Malfoy?

— Tomara que o casal seja muito feliz, talvez vocês sejam almas gêmeas mesmo… Dois imbecis. — cuspiu as palavras enquanto revirava os olhos e passava pelos dois. Brian Wood o tirava do sério apenas pelo ato de respirar.

Porém, burra era a última coisa que Rose Weasley era. Sabia bem ao que se devia a irritação dele, quer dizer, na festa ele ofereceu-lhe um whisky, trocou mensagens com ela no fim de semana e ainda se sentou ao lado dela nas três primeiras aulas. Scorpius Malfoy estava tentando aproximar-se. Ou não. Rose não entendia muito bem Scorpius, e não fazia questão.

Eles eram desafetos, e uma gentileza a mais ou a menos não faria nenhuma mudança na realidade.

Roxanne Johnson

— Me conta logo.

— Espera.

— Vai, Roxanne.

— Espera.

— Roxanne!

— Espera.

— Será que vai dar certo?

— Espero que sim.

— Mas e se não der?

— Não sei.

— OLHA PRA MIM, ROXANNE.

— Espera.

— ROXANNE!

— Cala a boca, Dominique. — resmungou deixando o celular do lado de sua latinha de coca cola. Elas estavam no refeitório e Roxanne tinha acabado de mandar uma mensagem para Lorcan ir até onde ela e Dominique estavam. — Você é muito escandalosa.

— E você não responde o que eu pergunto. — cruzou os braços franzindo o cenho. Dominique conseguia ficar linda até quando era mimada. Roxanne apenas revirou os olhos com a atitude. — Minha mãe não vai deixar eu ir, Rox, e eu quero muito.

— Imagino. — Roxanne sorriu falsamente doce para ela, que bufou. — Eu também quero. Estou com esse lance com o Lorcan justamente por causa dos ingressos.

— Ata, eu acredito em você. — riu. — Vocês se amam, garota, o problema é que são dois bobinhos que não aceitam o amor.

— Disse a senhorita que está enrolando o Potter. Depois não quero ouvir reclamações por ele ter deixado você, heim?

— Aff, Rox, não seja maldosa comigo. — Dominique a olhou sério. — É tudo parte da conquista, sério. Quero que ele goste de mim do mesmo jeito que eu gosto dele. Eu sou apaixonada por ele e não quero que ele só, sei lá, fique comigo.

— Eu sei, você sabe, ele sabe, todo mundo sabe. — Dominique tomou um gole de seu suco e olhou na direção de um garoto loiro que andava comendo um lanche natural. — CORRE, SCAMANDER, SÓ TEMOS TREZE MINUTOS!

— Depois a escandalosa é a Dominique. — a Delacour falou consigo mesma.

— Também estava com saudades, meu amor. — o Scamander beijou a bochecha de Dominique e os lábios de Roxanne. — Sua gostosa.

— Idiota, Lorcan, para de ser idiota. — suplicou. — E explica, por favor, o seu plano pra ela.

— TPM é foda mesmo, amor. — Lorcan mordeu seu lanche e olhou para Dominique. — Ainda bem que você é mais estabilizada emocionalmente, Domi, por isso vou falar diretamente com você. — Roxanne revirou os olhos.

— Desembucha.

— Nesse domingo Rose Weasley e Roxanne Scamander vão estudar com você para a semana de provas, especificamente para álgebra. — ele sorriu amigável. — Você vai ter que estudar pra caramba e ir bem em todas as provas da primeira semana. Se você ao menos estudar, eu e Roxanne podemos ter um papo com a mãe dela para que a senhora Johnson converse com a sua mãe.

— Aquele papo de “ela está se esforçando tanto’’. — explicou Roxanne contribuindo para o entendimento de Dominique.

— Assim ela vai estar de acordo com tudo e você poderá ir ao seu querido e esperado show. — concluiu ele. — Eu sei, é um ótimo plano.

— Um plano difícil. — afirmou Dominique pensando em como seria difícil ter que ir realmente bem em todas as provas. — Mas eu topo, é claro.

— Então podem ficar tranquilas, porque o show está… Garantido. — ele piscou para as duas e depois as olhou confuso. — Cadê a ruiva?

— Está com o namoradinho dela.

— Rox, eu acho que você está um pouco irritada hoje. — Dominique disse e Roxanne suspirou.

— O que aquela imbecil quis dizer com ‘’preparadas para o inferno’’? — ela olhou para os dois amigos que se entreolharam e riram.

— Menos, né, Roxanne. — Lorcan disse indo até ela e a abraçando. — Toma um pouco de coca cola e fica de boa.

— Ela não vai fazer nada, Rox, e mesmo se fosse fazer… O que ela faria? Faria fofoca de nós? Porque é a única coisa que ela sabe fazer.

— Dominique tem razão. — concordou o Scamander dando-lhe um beijo na bochecha.

Roxanne achou aquela fala muito suspeita. Ela não estava temendo por si, e sim pelas suas duas amigas, pois ela sabia se defender… Mas Rose e Dominique não.

Após alguns minutos o sinal tocou e elas voltaram para a sala de aula.

Na concepção de Roxanne o dia foi extremamente longo e cansativo, ela estava pronta para chegar a sua casa e dormir até o dia do show da sua banda favorita, mas infelizmente ainda teve que aguentar o treino daquele dia.

A voz irritante da Parkinson logo de manhã destruiu a Johnson, que passou a não ter um bom dia. Esqueceu-se de alongar, esqueceu de pegar seu elástico de cabelo e esqueceu também de colocar seu celular para carregar. Após a tortura ter acabado ela ainda tinha que esperar Dominique.

— Se você quiser ir na frente, Rox, pode ir. — disse a Delacour vestindo suas roupas íntimas. — Eu sei que você está cansada e que não foi um bom dia, então…

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— Nossa, Domi, vou ficar te devendo essa. — Roxanne levantou-se e abraçou a amiga brevemente. — Me mande uma mensagem quando chegar na sua casa, ok?

— Ok. — Dominique mandou beijos para a amiga, que retribuiu e logo a deixou sozinha no vestiário feminino.

Dominique Delacour

— É, agora você está sozinha, Dominique. — a garota olhou-se no espelho e forçou um sorriso. O mais legal de ficar por último era que seria ela quem fecharia o vestiário e iria sozinha para casa. Sem Fred, sem James, sem Rose, sem ninguém.

Ela não sabia o que estava acontecendo com as pessoas naquele dia.

Rose passou os intervalos com o seu amado Wood, nem Scorpius suportou ela depois da terceira aula e Roxanne estava irritada desde cedo. Só ela estava bem? Quer dizer, o time de futebol estaria acabando o treino dali dez minutos, tempo suficiente para ela arrumar-se e ver o seu querido Potter.

James apareceu em seus pensamentos na maioria das aulas. Dominique estava sonhando com ele desde… Desde… Ela nem sabia mais desde quando. O que importava era que ela daria um jeito de vê-lo ainda naquele dia.

Dominique vestiu sua calça jeans e colocou uma blusa fina branca de manga comprida. Ficou se olhando e tentando decidir entre deixar o cabelo solto ou preso.

— Preso é menininha angelical. — ela abriu a mão e seus cabelos caíram em seus ombros. — Solto é mulher selvagem. — e se alguém tivesse ouvido aquele som, diria que a líder de torcida imitou uma leoparda. — Vou deixar metade preso e metade solto.

A garota riu sozinha.

Quando terminou, arrumou sua bolsa e começou a procurar a chave para fechar o vestiário. Procurou em todos os cantos possíveis daquele retângulo, mas não achou. Ela havia ficado responsável pela tarefa quantas vezes? Cinco vezes é muito. E como a treinadora era fissurada pela ideia de que os garotos do time iriam entrar ali para xeretar alguma coisa, ela escondia em um lugar diferente toda semana. Era segunda feira, e ninguém avisou Dominique de onde a chave estaria.

Ela olhou para a porta de saída, por onde demoraria muito para passar, e foi até o tapete. O arrastou com o pé para ver se havia algo lá.

— Achei! — abaixou-se para pegar, e quando levantou levou um susto. O susto mais lindo da vida dela.

— Sua treinadora é muito criativa com esconderijos. — disse James sorrindo para a líder de torcida, que devolveu o sorriso da forma mais boba que conseguiu.

— Pra você ver. — ela abaixou a cabeça.

— O que faz sozinha por aqui? — perguntou ele tirando a chave da mão dela, logo trancando a porta, que precisava de uma forcinha a mais para realmente ficar trancada. Ele devolveu e a garota colocou na bolsa.

— Eu… Roxanne foi embora e eu estava me arrumando. — sorriu desajeitada, colocando suas mãos nos bolsos de sua calça jeans.

— Se arrumando? — questionou ele com um sorriso torto. — Não seja modesta, nós dois sabemos que você não precisa se arrumar para ficar bonita, mas... — prosseguiu ele após deixá-la um pouco corada. — Vai encontrar alguém depois daqui?

— Não. — sorriu olhando nos olhos do garoto. — Eu vou pra casa.

— Sozinha? — ela assentiu com a cabeça. — É muito perigoso você ir andando até a sua casa, Dominique, acho melhor você aceitar uma carona minha.

— Eu aceito.

— Então espera só um segundo que eu vou pegar a minha mochila. — respondeu ele indo até a arquibancada.

Pelo jeito a Delacour havia passado mais do que alguns meros segundos se olhando no espelho. Ele já tinha acabado de treinar e já tinha até tomado banho. Ele estava tão… Maravilhoso. James Sirius tinha um jeito que exalava beleza.

Dominique nunca havia reparado em como o seu cabelo molhado era lindo, deixava ele com um aspecto mais… Sexy, digamos de passagem. E aqueles olhos? Deixavam Dominique completamente perdida no tempo.

— Vamos. — disse ele sorrindo para a loira, que de prontidão o acompanhou. — Como foi o seu dia?

— Sinceramente, — ela olhou para os olhos dele. — começou a melhorar com o treino. Quer dizer, que dia é bom com essas aulas? Eu fico muito cansada, James, e o pior é que eu vou ter que estudar muito para talvez poder ir no show.

— Se você precisar de alguma coisa… — o rapaz a olhou caridosamente — Que não seja estudar, pode me mandar uma mensagem a qualquer hora.

— A qualquer hora?

— Sim.

— E qualquer coisa?

— Sim. — um sorriso nasceu no rosto de Dominique, que se sentiu em total controle da situação. Ela mordiscou o lábio inferior e seguiu seu caminho com um aspecto divertido.

— Bom saber.

Eles entraram no carro que não estava muito longe e ficaram conversando sobre como foi o dia dele e o que estavam pensando para a semana. Ficou visível a decepção de Dominique por não poder participar dos planos do jogador, mas no final das contas foi um bom papo.

Quando James parou em frente à casa dela, eles encararam-se por alguns minutos.

A Delacour já sabia que poderia conquistar James quando, onde e como quisesse só pelo modo de como ele a olhava. Talvez ela quisesse um beijo mais do que ele.

— Está.... Entregue.

— Muito obrigada.

— Não precisa agradecer. — disse gentilmente.

Dominique respirou fundo e, antes de abrir a porta para sair, colocou sua bolsa no chão e se virou para James, que apenas a observava.

— Preciso sim.

Colocou suas pequenas mãos no rosto quente do Potter e, aos poucos, foi aproximando seus lábios dos dele.