Oxigênio - [One-Shot]

CAPÍTULO ÚNICO - OXIGÊNIO


EU GOSTO DO AR FRIO DA MADRUGADA. Gosto mais ainda do som que a noite faz.

Tantos anos dormindo com a janela aberta, me fizeram ficar acostumada com tal frescor; no entanto nunca vou deixar de me sentir estranha quando o beijo frio da noite encontra minha pele ainda quente pelo aconchego do corpo de meu marido. Peeta Mellark.

O garoto do pão, o meu aliado, o meu amigo e agora, mais do que nunca, toda a minha vida.

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Em momentos como agora, me reporto ao inicio de tudo. Me transfiro novamente àquela tarde chuvosa, em que todas as minhas esperanças se esvaiam na lama, então ele vem e atira para mim o fio que nos conectaria para o resto de nossas vidas. Um pão.

Jamais imaginei. Nunca foi planejado - pelo menos não de minha parte - que um dia estivéssemos realmente e integralmente um nos braços do outro, como estamos agora.

Não amei Peeta logo de cara. Ele foi crescendo em mim, como ocorreu com Finnick e seu amor por Annie Cresta. E demorou até que eu me convencesse que o amava, mas houve um momento em que não pude mais negligencia-lo. Meu coração começou a falar por mim.

Me sinto aliviada de não ter que impedir, porque Peeta foi com o tempo, deixando de ser algo substituível para se tornar algo imprescindível para mim, tão necessário quando o próprio oxigênio, ou melhor - Peeta tornou-se o meu oxigênio.

É por ele que me mantenho viva. É por amor a ele que reconstruo dia pós dia meus pedaços, é por ele que tento levar adiante toda essa ideia de recomeço que de fato recomeça, todas as manhas; quando ao primeiro raio de sol, vejo seu olhar cintilar no azul mais profundo que conheço.

Ele sorri.

E é aqui, diante de seu rosto ainda corado pelo prazer que proporcionamos um ao outro momentos antes que consigo responder a pergunta que sei que ele detém em seus pensamentos todos os dias.

- Voce me ama. Real ou não real?

Não há necessidade alguma de resposta, meu beijo por si só já bastaria, mas ele mais uma vez precisa saber que eu o amo, incondicional e eternamente.

Há um sorriso em meus lábios quando olho em seu rosto, então eu lhe entrego a única palavra que ele espera ouvir. A palavra que repito a quase quinze anos:

- Real.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.