Regina sentou no sofá e Emma fechou a porta e seguiu-a tentando preparar um discurso convincente para que sua rainha a perdoasse.

– Gina, eu só estava confusa, precisava respirar, mas eu estou com você, eu sei que esse bebê é meu.

– Você não acreditou em mim. E como você tem certeza disso? Como você pode saber?

– Eu fui para a floresta e tudo se esclareceu, eu acabei dormindo e uma fada me esclareceu tudo.

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– A palavra de uma fada num sonho é mais confiável que a minha?

– Não, eu vi a verdade nos seus olhos, eu sempre sei quando você está mentindo, e naquela hora você não estava, é que nada daquilo fazia sentido. É que eu precisava respirar e pensar, bolar teorias, não sei, me perdoa amor, eu cometi um deslize agora, por favor, eu preciso do seu perdão.

– Que moral a Evil Queen tem para não perdoar alguém? É claro que eu te perdoo, só me promete que vai confiar em mim daqui pra frente, eu não suportaria ver aquele olhar de desconfiança e decepção direcionados a mim novamente.

– Eu prometo! De todo coração, eu prometo! E pare de lembrar do seu passado, você é uma pessoa nova e tem toda moral do mundo.

– Ok, e... o que essa fada te disse?

– Ela me contou que aquele riacho possui as águas do Lago Nostos, aquele que restitui coisas perdidas, e as águas dele curaram sua infertilidade, e como o nosso amor é extremamente poderoso, aquela luz cegante é uma prova disso, ele foi capaz de criar uma vida.

– Uma não, duas.

– Ahn? Como assim?

– São gêmeos Emma.

– Gêmeos?! Oh meu Deus, teremos dois bebês? Já pensou duas Regininhas? Seria perfeito demais – disse Emma, puxando sua rainha para um abraço.

As duas subiram e foram dormir, o sol já estava começando a raiar mas nenhuma das duas estava com disposição para ir trabalhar, então dormiram a manhã inteira.

– Amor? Já são 13:00, acho que deveríamos levantar – falou a morena, desvencilhando-se do abraço que tanto adorava.

– Pra que Gina? Vem cá, nós não vamos trabalhar mesmo, só preciso ir buscar Henry, o que vai demorar várias horas ainda.

– Vamos fazer alguma coisa, já dormimos bastante, quero sair, correr, ir para um parque, não sei, não quero passar o dia inteiro na cama.

– Ok, já acordamos mesmo. Vou descer e fazer um café da manhã caprichado pra gente, você precisa, está de barriga vazia e agora somos responsáveis por mais duas vidas.

– Certo, então eu vou tomar um banho enquanto isso, estou com desejo de panquecas se quer saber – respondeu Regina, dando um selinho na xerife.

Emma desceu e até tentou fazer panquecas, mas estava deixando elas queimarem, não estava dando certo.

– Emma? Que cheiro de queimado é esse? Está me deixando enjoada, você está deixando as panquecas queimarem? – perguntou Regina, dando risada da falta de habilidade de Emma na cozinha.

– Eu não consigo virá-las, é muito difícil, já até deixei uma cair no chão, eu não sirvo pra isso.

– É assim que eu me sinto no vídeo game, vamos, deixa eu fazer essas panquecas, se você continuar aí eu não terei meu desejo realizado.

Elas comeram e passaram o dia inteiro num clima agradável, foram para a floresta, se curtiram um pouco ali, nada de mais, só uns beijos e carícias, andaram por lá, conversaram, e as duas sentiam uma aura de amor tão grande que não sentiam a mínima vontade de ir embora.

– Infelizmente, já são 17:30, temos que ir embora amor – disse Regina.

– Temos que buscar nosso filho, é verdade, precisamos dar a grande notícia para ele, então vamos né, por mais que eu poderia passar a eternidade aqui com você – respondeu Emma, dando um beijo na sua amada.

As duas estavam sentadas em uma pedra no meio da floresta, levantaram e foram para o carro para ir buscar Henry. Pegaram ele na escola e foram para casa, Regina foi preparar o jantar com a ajuda de Emma, enquanto Henry foi jogar vídeo game.

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– Nós vamos contar pra ele agora? – perguntou Regina.

– Sim, por que não? Vamos lá – respondeu a loira.

As duas foram para a sala de mãos dadas e cada uma sentou de um lado de Henry.

– Henry pausa o vídeo game um pouco – pediu Emma. Ele pausou.

– O que foi? Vocês estão com um sorriso estranho no rosto – disse o garoto.

– É que temos uma notícia muito linda e importante para dar pra você garoto – respondeu Emma.

– Logo logo você não será mais filho único – disse Regina, acariciando sua barriga com lágrimas nos olhos.

– O que? Eu vou ter um irmão?

– Um não, dois! – disse Emma.

– Mas... como isso é possível? Duas mulheres podem fazer isso?

– Com amor garoto, a magia mais poderosa de todas, é claro que é possível, eu e sua mãe teremos dois bebês! – respondeu Emma, pegando a mão de sua amada.

– Se vocês estão dizendo eu acredito. Nossa que legal! Eu vou ter dois irmãozinhos! Que sonho, obrigado mãe – disse Henry, abraçando Regina, que chorava bastante a esta altura.

– Ei! Eu também fiz parte disso! Hahaha – brincou Emma.

– Você está certa, obrigado mães – corrigiu-se Henry, dando um abraço coletivo nas duas.

Os primeiros três meses passaram maravilhosamente bem, Regina parou de sentir enjoos logo e a gestação era saudável. A rotina da família Mills-Swan não poderia estar melhor, mas a situação da cidade era outra, pessoas continuavam a desaparecer sem deixar nenhuma pista. Emma estava sob uma pressão imensa e se não fosse o amor e força que ela tirava da família dela, ela estaria à beira da loucura. Não havia nada que pudesse dar uma pista sequer, até que um dia, na hora do jantar, alguém bateu na porta e passou um bilhete por debaixo da porta da mansão Mills.

– Quem era? – perguntou Regina.

– Não sei, alguém bateu na porta, deixou um bilhete e sumiu – respondeu Emma, abrindo a carta.

– O que está escrito aí? – indagou Henry.

– Calma garoto, eu estou lendo – disse Emma.

Emma terminou de ler e já estava vestindo sua jaqueta, se preparando para sair.

– O que foi Emma? O que está escrito aí? Onde você vai? – perguntou a morena.

– A pessoa que escreveu isso disse que possui informações importantes sobre os desparecimentos, e disse pra eu encontrar ela na casa do Mad, lá na floresta.

– Você não pode ir sozinha, é perigoso, eu vou com você, a gente deixa o Henry com o David.

– Não, já está tarde e você está grávida, deve descansar, eu vou averiguar isso rapidinho e você fique aqui – disse Emma, dando um selinho na prefeita e indo embora.

Emma logo chegou à casa, ela não possuía boas lembranças dali, onde foi sequestrada junto com Mary, mas precisava averiguar, era a primeira pista que ela tinha. Chegou lá e bateu na porta, e uma mulher prontamente a atendeu.

– Olá xerife, queira entrar – disse a mulher que era loira dos olhos azuis. Emma entrou, achando tudo aquilo muito esquisito – sente-se, aposto que você está cheia de perguntas, mas antes aceita uma bebida?

– Não obrigada, estou bem – Emma se lembrava da última vez que aceitou uma bebida naquela casa, não faria aquilo de novo – Eu recebi uma carta, falando que vindo aqui conseguiria pistas sobre o que está acontecendo. Foi você que escreveu aquilo?

– Sim, sente-se por favor que eu te explicarei tudo.

– Qual é o seu nome?

– Zelena.

– Então... quais são as informações que você tem, Zelena?

– Eu sequestrei todos eles, e logo vou matá-los – respondeu ela, com um sorriso macabro no rosto.

– O quê? Como assim? – Emma tentou levantar-se do sofá mas foi barrada por um feitiço de paralisação - Quem é você? O que quer?

– Eu sou alguém que você e sua amiguinha Regina deveriam temer.

– O que você quer comigo? Me solta!

– Com você? Nada. Eu quero atingir é sua namoradinha, a Regina. Mas preciso de você pra isso, ela te ama, e isso é uma fraqueza.

– Não ouse tocar em Regina!

– Eu não precisarei, uma hora ela virá te procurar, e você verá do que eu sou capaz.