Híbrido

Capítulo 13


De manhã, Will conversava com o pai tranquilamente na cozinha quando Cassandra apareceu furiosa:

–Você falou com Lídia ontem não foi?-Ela perguntou ao filho.

–Por que eu faria isso?-Will mentiu.

–Você é um ótimo mentiroso, Lídia não, agora me fale o que ela te mostrou, é uma ordem!

–Tá, não vou mais esconder a poeira debaixo do tapete. Ontem encontrei Brook e nós discutimos, até que ela me contou sobre tal de Sofia, cheguei a casa e fui ao porão porque queria achar sua varinha justamente para falar com Lídia...

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–Vá direto ao ponto!-Cauê disse.

–Lídia estava lá sozinha, perguntou o que eu queria e eu acabei...

–Will. –Cassandra disse num tom ameaçador.

–Vi o seu passado... Todinho.

Cauê ficou boquiaberto, pois Cassandra ia surtar, mas não foi isso que aconteceu, para a sua surpresa:

–Viu tudo o que eu fiz?-Ela perguntou mais calma, Will assentiu.

–Mas tinham algumas coisas que não foram culpa sua.

–Queria que aquela família entendesse, eu não queria o mal daquela bebezinha, eu disse que não queria vê-la.

Brook olhava a paisagem, as folhas caindo das árvores, do seu quarto havia uma vista linda e melancólica, os pensamentos da garota foram interrompidos por uma almofada nas costas.

Ela olhou para trás, Eleanor sorriu para ela:

–Vem caçar comigo? Detesto ir sozinha!-Ela disse a filha.

–Por que não?

***

–O que você sente pelo garoto é real?-Eleanor perguntou a Brook enquanto elas caminhavam pela floresta.

–Que garoto?-Brook sabia que se tratava de Will, só não queria confessar nada a mãe.

–Não se faça de idiota!

–Eu não gosto dele!

–Tem certeza?

–Tenho!

–Ele é filho daquela desgraçada, mas eu já o vi de longe, é uma graça, queria que Beth tivesse interesse nele... Ei, uma casinha!-Eleanor foi veloz até a casinha no meio da floresta.

Brook ficou esperando a mãe e pensando no que ela lhe disse e no que sentia realmente por Will, lembrou-se da risada esquisita do garoto e sorriu.

Eleanor voltou limpando a boca com a manga da blusa:

–Era uma velhinha, pena que os netos não resolveram fazer uma visita. –Ela riu, Brook cruzou os braços.

–Vamos embora?-Brook pediu.

–Claro, e sobre Will...

–Não quero falar sobre isso, mãe.

–Ok, vamos embora.

–Oi Lídia!-Will disse, Lídia estava triste.

–Cassandra está brava comigo!

–Não mais.

–Sério?

–Sério.

A garota sorriu.

–É só para isso que veio Will?

–Algo me diz que você já sabe a resposta.

–O que quer saber desta vez? Por favor, algo que não me meta em encrenca.

–Quero saber quem você era antes de ficar presa nesse espelho.

A garota não entendeu:

–Como?

–Você não sabe da onde veio?

–Não... Eu só me lembro de uma mordida.

Will maliciou e não conseguiu disfarçar:

–Will!

–Desculpa!

–É sério, eu realmente não sei da onde eu vim, eu me lembro dessa mordida e mais nada, pra mim eu sempre fiquei presa aqui dentro.

–Quem te prendeu aí?

–Não sei.

–Maaano! O que fizeram com você?

–Cassandra me diz que foi ela, mas eu nunca acreditei nisso.

–Fique tranquila, irei descobrir sua origem Lídia.

–Você vai perder tempo.

O garoto riu.

–Essa frase não faz mais sentido para mim.

–O que os dois estão conversando?-Cauê perguntou, ele descia as escadas.

–Sobre os nossos vários problemas. –Lídia respondeu.

Cauê sentou-se numa poltrona.

–Foi bom você ter descoberto tudo sobre a sua mãe, vai ter que ouvir os dois lados, as duas versões de tudo o que está acontecendo se quer resolver o problema.

–Já ouvi Brook, agora quero ouvir...

–Beth?

–Isso!

–Previsível.

Cauê e Lídia riram, Will balançou a cabeça.

–Mas vai ser meio difícil.

–Você pode hipnotizá-la.

–Não Lídia, eu não consigo.

–Então reveja as suas atitudes e tente ser um cara legal.

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Dessa vez quem riu foi Will.

–Eu estou falando sério...

–Lídia, eu acho que já está na hora de Will testar seus poderes.

–Como? Pai eu...

–Você é mais forte que ela e... Não me vai dizer que fica sem jeito perto dela?

A risada de Lídia conseguiu ser mais estranha que a de Will.

–Claro que não!-Will disse rindo.

–Então a hipnotize. –Cauê disse.

–Mas e se eu falhar?

–Algo me diz que isso não acontecerá.

–Espero...

–O que os dois exatamente querem com a menina?

–Quero traze-la para nosso lado.

–Como é pai? Isso você não me contou, agora é que eu fico com mais medo de falhar.

–Enfrente seus medos, Will, uma hora você não poderá mais empurrar tudo com a barriga e essa hora é agora.

–Seu pai tem razão, Will.

–Eu sei Lídia.

Will foi em direção às escadas e começou a subi-las, parou, olhou para aqueles dois, sorriu e disse:

–Não vou decepcionar vocês.