You Belong With Me

Me or her?


Peeta:

– Peeta, você tá dormindo? – Ela pergunta baixinho, provavelmente para não “me acordar”.

– Sim – Respondo brincando. Ela ri. Depois para e vira pra mim e me encara. Eu vejo uma tristeza em seu olhar.

– Eu preciso te pedir algo – Ela fala.

– Pode pedir - Falo meio assustado, mas não transparecendo.

– Me prometa que você não vai fazer nada estúpido - Ela pede me encarando - Não tente me salvar na arena, não morra. É você quem vai sair vivo daquela arena. Estamos entendidos? - Pergunta.

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– Eu não posso te prometer isso, Katniss - Digo sério - E eu vou fazer mil coisas estúpidas com tanto que seja para você viver. Eu não tenho mais ninguém se você morrer - Admito e vejo ela me olhando, com seus olhos já com lágrimas presentes.

– Por que nós? Por que não nascemos em outro lugar? Por que o universo conspira contra nós? - Ela pergunta e eu toco seu ombro.

– Nós não temos outra opção. Mas acredite, a coisa que eu quero mais que tudo nessa vida é poder ficar com você sem Jogos, sem Snow, e sem nada nos separando - Respondo.

– Eu... só... seria perfeito - Ela diz com um sorriso entre lágrimas.

Eu tento limpar suas lágrimas com a manga da minha camiseta. Ela cai com a cabeça em meu ombro e eu a abraço. Consigo sentir a umidade e ouvir o som abafado pela camisa de seu choro.

– Eu te amo tanto - Ela diz entre soluços.

Eu te amo. E nada, nem mesmo a morte pode mudar isso. Pra sempre, estamos entendidos? - Espero ela assentir com a cabeça para eu continuar - Ótimo, agora para de chorar, porque te ver assim é como se alguém estivesse arrancando meu coração e depois esmagando ele.

Ela sorri e assente de novo. Ficamos em um tempo em silêncio até que Katniss o quebra.

– Por que você tem que ser assim? - Ela pergunta.

– Assim como?

– Assim, perfeito. Você faz isso ser tão difícil. Você não poderia ser chato e grosso não? - Ela pergunta e eu abro um sorriso.

– Não dá - Falo e depois sussurro em seu ouvido - Você também não deixa as coisas fáceis. Muito complicada você, Everdeen.

Ela me puxa para um beijo. Ficamos assim por alguns minutos e depois ela deita em meu peito. Eu caio no sono.

Katniss:

Mesmo eu não dormindo, é muito bom ficar assim. Ouvindo sua respiração e seu coração batendo para me lembrar de que ele está vivo. Que ele está comigo. Que ele é meu. Que ele, nesse momento, é tudo. Seu cheiro, canela e segurança.

Eu acabo caindo no nosso, mas não por cansaço e sim pela junção de todos esses elementos relaxantes.

*

Eu acordo e vejo que Peeta não acordou ainda. O acordo dando um selinho em seus lábios. Ela abre os olhos e sorri.

– Existe, no mundo, um jeito mais perfeito de acordar? - Ele pergunta.

– Eu acho que não - Digo e ele dá um beijo rápido em minha bochecha e levanta.

Eu também me levanto e nós nos aprumamos.

*

– Bom, chegamos na capital hoje de noite - Explica Effie passando geleia em seu pão. Ainda é estranho ver ela assim, sem o sotaque da capital, sem suas roupas arco-íris e seus modos de dama.

– Certo - Fala Peeta, também comendo algo.

Nós acabamos de comer e cada um vai para um canto. Peeta vai para o quarto, Effie e Haymitch, bem... não sei, e eu vou para a varanda onde eu e o Peeta estávamos alguns meses atrás, eu ainda não tinha admitido pra mim mesma meus sentimentos por ele.

FLASH BACK ON

Eu acabei de comer e fui a primeira a levantar da mesa. Fui indo em direção ao meu quarto quando um braço me parou no corredor. Era Peeta.

– Você já esteve na sacada do trem?

– Não.

– É lindo. Quer ir?

– Sim, vamos.

Não sabia o porque falei sim mas eu precisava falar com ele de um jeito ou de outro, então era bom. Andamos por alguns vagões e chegamos em uma porta, Peeta a abriu e nos entramos. Eu me deparei com uma linda vista contida por uma cerca em nossa volta.

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– Nossa! - Falei surpresa.

– Eu sei... é maravilhoso.

FLASH BACK OFF

Eu olhava para aquela vista e minhas pernas tremeram, tudo o que eu consegui fazer era despencar no chão e chorar, com a minha cabeça entre meus joelhos.

Eu soluçava auto, sabendo que ninguém poderia me ouvir. O que é bom, pois depois do que o Peeta disse ontem sobre me ver chorando, prefiro chorar sozinha. Eu sei que não foi isso que ele quis dizer e sim que ele queria me ver feliz mas mesmo assim, ele já está triste, não tem porquê eu o causar mais dor.

De repente sinto uma mão grande em meu cabelo. Levanto o rosto para ver de quem é.

– O que houve docinho? - Pergunta Haymitch. Seu olhar parece preocupado.

– N-Nada - Digo para não preocupa-lo.

– Nada não te deixa assim, Katniss. Me fale.

Eu espero um pouco pra responder.

– Você está vendo essa vista? O sol especificamente? - Faço uma pausa - É laranja. É esse o motivo.

– Não entendi. Por que isso é um problema?

Eu rio rispidamente. Ele não entende. Ele não entende.

– Algum tempo atrás, o Peeta me trouxe aqui e... ele... - Digo entre soluços - Ele brincou comigo sobre qual seria minha cor favorita. É estúpido, eu sei. Mas a dele, é essa - Eu aponto para o sol - É um laranja, não um laranja chamativo, mas um laranja por do sol.

– Eu ainda não entendi.

– É só que Haymitch... ele nunca... ele... ele nunca mais vai poder ver esse laranja se ele morrer. Eu quero morrer no lugar dele Haymitch. E agora mais do que nunca, sei que ele não vai deixar. Ele é bom demais. Ele me ama demais. E isso quebra meu coração. A única coisa que eu quero, é que o menino do pão sobreviva.