Em plenos nove anos, Rose já era uma menina mais decidida que muitos com mais de vinte. Acordava cedo, se arrumava e ia para a cozinha para depois poder encarar um dia na sua escolinha. Além de se deliciar com o café da manhã preparado com muito carinho por sua mãe Hermione, se divertia vendo o comportamento dos pais juntos.

Porém, naquela manhã quando sentou-se no assento da bancada para comer suas panquecas, percebeu que o clima entre o casal estava mais frio. Não havia as bobagens discutidas e finalizadas em um beijo.

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Depois de comer continuou sentada e olhou de esguio para Hugo, seu irmão mais novo. Hugo parecia-se muito com o pai. Cabelos ruivos, olhos azuis e muitas sardinhas no rosto de sete anos. Rose tinha os traços da mãe, a única coisa que a impedia de ser uma mini-Hermione seria seus cabelos alaranjados e os olhos azuis.

Após Hermione lavar a louça com um floreiro de varinha –por que afinal, eram bruxos e não precisavam gastar tempo fazendo trabalhos domésticos manualmente- Rose arrastou seu irmão até o quarto dela, a fim de conversar com ele.

Rose sabia que seus pais sempre brigavam e logo faziam as pazes, mas, nesse dia, parecia mais sério. Encarou seu irmão.

- Hugo, sabe que aconteceu com a mamãe e o papai? – Mesmo que aquela fosse uma simples pergunta, havia o “que” mandão que herdara de Hermione.

- Ouvi mamãe resmungar algo sobre o dia. – Respondeu Hugo, com sua inocência infantil. Rose pareceu pensar, e logo saiu avoada do quarto direto para a sala, pulando os degraus da escada enquanto pedia que sua mãe não visse aquilo ou estaria em problemas.

Ao chegar em frente ao calendário da sala, ficou na pontinha dos pés e viu um círculo em volta da data daquele dia. Subitamente, lembrou-se. Aniversário de casamento. Seu pai havia esquecido do aniversário de casamento.

Correu de volta até seu quarto e ao chegar parou respirando profundamente. Hugo ainda estava lá, então aproveitou e pediu sua ajuda. Mandou o irmão colher algumas flores no jardim – e como não tinham flores no jardim pegou do vizinho, que já estaria fora a essa hora - enquanto escrevia um bilhete em um papel colorido: “Feliz aniversário de casamento. Espero que tenha preparado a roupa para o jantar.”

Quando seu irmão voltou com umas florzinhas Rose amarrou elas com uma fita de cabelo que usava em bonecas, pegou o bilhete e os colocou em cima da bancada da cozinha silenciosamente.

Seus pais deveriam estar se arrumando, pensou a ruivinha. Seu pai era um grande Auror, defendendo todos dos perigos ainda existentes do mundo mágico. Sua mãe trabalhava no ministério também, mas no Departamento para a Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, tão importante quanto um auror.

Se sentou no sofá para esperar o pai, que a levaria a escola trouxa onde estuda antes de receber sua carta de Hogwarts, que havia conseguido entrar depois de muita insistência. Hugo iria par’A Toca, Hermione levava-o todos os dias.

Ron finalmente chegara pronto na sala, preparado para levar Rose de carro, quando Hermione saiu da porta que dava acesso a cozinha a todo vapor e se jogava encima do marido. Hugo vinha andando calmamente logo atrás.

- Ron! Você não esqueceu! – Parecia a beira de lágrimas. – Ah, obrigada por se lembrar do nosso aniversário de casamento.

Hugo e Rose trocaram um sorriso cúmplice. Ron parecia desconcertado, mas não iria desmentir aquilo. Era a sua salvação.

- Mal posso esperar pelo jantar de hoje a noite!

- Ahn, certo. Eu também! – Falou confuso, tentando não dar pistas do que não sabia o que estava acontecendo.

- Ótimo! Você leva Rose para a toca depois do colégio? Sua mãe ficará com as crianças essa noite.. – E beijou Ron.

Rose seguiu seu pai até o carro que ele dirigia, e logo estavam a caminho da escolinha de Rose. Antes da ruiva sair do carro e entrar no portão amarelo, Ron chamou a atenção dela.

- Obrigado filha.

- Mas eu não fiz nada. – Sorriu marotamente.

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- Acha que não reconheço a sua letra? Li o bilhete. – E Ron despediu-se com um beijo na testa.

- Então sabe que ainda precisa fazer a reserva em algum bom restaurante. – Ela falou para o pai e saiu do carro, não antes de ouvi-lo resmungar algo como “Oh droga”.

Rose sorriu, na felicidade de saber que poderia contar com as briguinhas tolas com beijo no final no dia seguinte.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.