Odeio não Conseguir te Odiar
Gotta Be You
Quando cheguei em casa, fui direto para meu quarto. Estava uma bagunça total, mas ignorei e fui tomar banho. Provavelmente demorei mais de meia hora no banho, mas não me importei. Escovei o cabelo e o prendi em um rabo de cavalo alto, vesti uma camiseta branca sem manga, uma saia pequena — mas nem tanto — vermelha e meu all-stars vermelho, também.
Quando desci para tomar café, notei que minha mãe não estava em casa — provavelmente estava trabalhando, hora extra. Então fiz um misto quente e o coloquei no microondas por trinta segundos. Alguém bateu na porta, então fui atender; Era Marshall.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Quando aqueles olhos escuros como a noite se encontraram com os meus, cada parte do meu corpo se arrepiou. Eu adorava aqueles olhos, muito.
— Oi. — Eu finalmente disse. — O que faz aqui?
Ele me encarava, ou melhor, me analisava. Os olhos dele viam e memorizavam cada parte do meu corpo, senti minhas bochechas ruborizadas após isso, e ele murmurar um "Desculpa". O convidei para entrar e ele aceitou, peguei meu misto quente no microondas e sentei ao lado dele no sofá.
— Marshall — Eu o chamei, e ele virou-se para mim. —, ainda não me respondeu.
Ele me encarou com uma expressão confusa. Ri disso e completei:
— Por que veio aqui?
— Eu... — Ele fez uma longa pausa, pensando no que dizer. — Realmente não sei.
Ri um pouco e larguei meu sanduíche. Senti as mãos geladas dele nas minhas, e ele dizendo:
— Acho que... Só queria te ver.
Minhas maças do rosto ficaram totalmente avermelhadas e comecei a tossir. Eu tenho uma mania muito estranha de que, quando fico nervosa, começo a tossir descontrolavelmente. Marshall foi buscar um copo d'água e agradeci.
— Desculpa, eu...
Ele começou a rir, ou melhor, a gargalhar na minha frente. Não entendi o porquê e isso só me fez ficar mais envergonhada. De repente, a imagem de Ashley e Marshall juntos ontem passou pela minha cabeça, então perguntei:
— Você voltou com a Ashley?
Ele parou de rir. Na hora. O que foi meio estranho, um pouco amedrontador, na verdade. Ele parecia nervoso, um pouco confuso talvez.
— Se não quiser falar disso, ótimo! Não falaremos.
Pude ver um pequeno sorriso surgir em seu rosto e retribui o sorriso. Ele me fitou e colocou uma de suas mão em meu rosto — mais especificamente, a mão direita — e começou a acariciar minha bochecha. Mas isso não foi o que me mais assustou, foi mais o fato que, depois disso, ele foi lentamente roçando seus lábios contra os meus.
No começo, fiquei chocada — paralisada, na verdade. Não sabia o que fazer. Por que Marshall acabou de me beijar?, eu pensei. Não sabia como reagir, então simplesmente me afastei. Marshall me olhava com — talvez — mágoa nos olhos, naqueles lindos olhos negros como a noite, o que me fez refletir no que fiz.
— Ai meu Deus, m-me desculpa, Marshall. — Colocava as minhas mãos cobrindo minha boca, vergonha alheia de mim mesma.
Ele não disse nada. O que eu acabei de fazer?!, eu pensei. Ele levantou do sofá e disse:
— Não, eu que peço desculpas...
Segurei seu braço, o impedindo de deixar a sala. Ele me fitou, como eu odiava quando ele fazia isso; É lindo, mas me enlouquece por dentro.
— Eu... Gosto de você, Marshall. — Eu disse, quase num grito. — Muito.
— Não é de mim que você deve gostar.
— Não, não, não, é você mesmo! Tem que ser você!
Ele me olhou espantado. Levantei do sofá — ainda segurando sua mão — e o abracei. Ele hesitou um pouco, mas logo retribuiu. Sorri por causa disso. Levantei meu rosto e, dessa vez, eu o beijei.
Um beijo de compaixão, na verdade, uma mistura; Compaixão, atração, amizade, afeto, desespero e confusão. Um beijo calmo, e totalmente puro.
Sinceramente, o melhor beijo da minha vida.
Nossos lábios separaram-se por falta de ar, ele me fitava com estrelas nos olhos. Se não foi impressão minha, pude ver ele se aproximando para me beijar — novamente —, mas então ele parou — Provavelmente se lembrou que nós não estamos juntos — e controlou seu desejo. Ou talvez eu esteja me iludindo com uma esperança falsa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Nenhum de nós falou nada, não precisávamos de palavras; Olhares eram tudo. Seu olhar pedindo mais era a única coisa que precisava.
Eu não pude resistir. E, quando vi, estávamos fechando a porta do meu quarto.
Assim começou minha história de Aventura com Marshall Lee Abadder, porque Romance é para os clichês.
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