Depois de tanta agitação Dan e Lisbon esperaram o restante da equipe chegar interrogando os invasores, sem sucesso. Jane foi o primeiro a chegar, estava mais perto e a velocidade que ele usou na estrada ajudou bastante.
Jane chegou bastante aflito e nem sequer bater na porta, abriu de ímpeto e ofegante.
– Teresa? Você está bem? Onde você está? - disparou ele entrando na casa e olhando ao redor
– Na cozinha! - gritou ela
Jane foi até lá e no mesmo instante Lisbon vinha calmamente da cozinha e os dois se encontraram na passagem para a sala
– Está tud...
Lisbon não conseguiu terminar a frase, Jane a interrompeu com um beijo estático e demorado
– Ei, dona, cadê o profissionalismo? Além de ser preso ainda tenho que aturar esse melôlô aí? Por favor! - resmungou um dos algemados que foi interrompido por um tapa de Dan na nuca.
– Você está bem? - perguntou Jane mais calmo
– Sim... - respondeu ainda desorientada - Mas isso é jeito de chegar?! - acrescentou se recobrando e dando um leve tapa no braço esquerdo de Jane
– Ai! Desculpe.
Jane olhou em volta e percebeu o porquê da repreensão de Lisbon assim que ela corou olhando para Dan como se pedisse desculpa pela atitude
– Desculpe, Dan. eu estava preocupado - desculpou-se Jane
– Não precisa se desculpar, eu já sabia de vocês dois.
– Eu sei que você já sabia, mas a Teresa não. E ela está com vergonha.
– Oh, quieto! - fez Lisbon irritada
– O quê?! - indagou Jane inconformado e acrescentou mudando de assunto - Onde está a Amy?
– Amy, minha nossa! Esqueci dela. Ela está com uma senhora a duas quadras daqui
– Dan pode buscá-la, não é? - Perguntou Jane olhando pra Dan suplicante - É só você mostrar seu distintivo e assim que a Amy te ver a mulher vai te deixar trazê-la
– Entendi, eu vou lá. Duas quadras não é? - disse Dan sorrindo.
– Obrigada - agradeceu Lisbon - Jane vai me ajudar a interrogá-los. Vai fazer eles falarem
– ou o quê? Vai me torturar com amor e carinho - riu-se um deles
– Você é sádico, gosta de matar, ainda é novo mas já fez coisas que nem mesmo um velho poderia sonhar - começou Jane olhando sério - você entrou cedo para o cartel, provavelmente porque não aguentava mais a sua vida triste e deprimente. Seu pai devia ser alcoólatra e te espancar diariamente não é? - O homem desviou o olhar debochando - Não... será que sua mãe? Sim, sua mãe. Seu pai morreu logo que você nasceu, ou será que ele deixou você porque sabia a coisa podre que ele havia deixado?
– Cala a boca seu idiota! - irou-se o rapaz se levantando
– Senta ai! - Empurrou-o Lisbon
– Faça pelo menos uma coisa boa nessa sua vida, alguma coisa que preste para dizer que você não é só mais um lixo no meio daquela podridão. - Pediu dele com os olhos fixos e o rosto bem próximo dele.
– Ele não sabe de nada - disse o outro de cabeça baixa - nós não sabemos de nada, ele só veio me ajudar. Eu recebi uma encomenda por fora do cartel, me ofereceram uma boa grana por isso. Mais dois pelo cartel e eu só poderia trabalhar pra eles. Meu menino vai nascer em 6 meses e eu preciso de muita grana para colocar ele em um lugar legal. Um cara me ligou dizendo que queria que eu apagasse um X9, eu peguei o endereço e fiz o que ele pediu, antes de matar deixei um recadinho. Algumas horas depois ele me ligou perguntando se eu tinha matado a criança também. Eu não sabia de criança nenhuma!
– E depois ele ligou pra você de novo e por isso você esta aqui, certo? - perguntou Jane
– uhum
– Me dá seu telefone - pediu Lisbon
Lisbon ligou para Wylie e pediu para que ele rastreasse o último número discado, contudo, o celular era descartável, não ajudou em nada. Enquanto isso o restante da equipe chegava.
– Por que demoraram tanto? - perguntou Jane
– Eu estava pegando o resultado da balística, a arma pertence a Calvin Shenning
– Sou eu - respondeu Calvin sentado a mesa
– Parece que não foi muito útil não é? - Brincou Jane - por que demorou tanto esse resultado?
– O responsável é um garoto. Estava dando prioridade pra casos antigos, disse que foi o chefe da polícia que pediu, mas acho que ele ficou com medo de admitir o erro. - respondeu Cho
Jane ficou um bom tempo pensativo.
– Onde está a menina e o Gruger? - perguntou Cho a Lisbon
– Estão a umas duas quadras daqui. Já devem estar voltando.
– E esses dois? Foi quem invadiu? - acrescentou Fisher
– Sim. Eles não sabem de nada, encomendaram o crime por um celular descartável. Pelo menos sabemos que não foi o cartel.
– Algum comentário, Jane? - perguntou Fisher - Jane?
– Quem foi o primeiro a chegar na cena do crime?

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