Capítulo 14 - Finalmente Lairetam

Amanhece o dia e aos poucos todos vão acordando e se preparando para seguir viagem:

- Pessoal, vamos lá! – Diz Dart.

Rose sai na frente, mas quando é atingida pelos raios solares começa a sentir uma dor muito forte na cabeça se ajoelhando no chão:

- Rose o que foi? – Pergunta Shana preocupada.

- Se afastem! – Grita Rose.

- O que está acontecendo Rose? – Pergunta Dart.

- Saiam daqui! Agora!

Todos ficam preocupados com o estranho comportamento de Rose, mas de repente seus cabelos e olhos ganham um tom avermelhado e ela levanta-se se virando para eles:

- Eu vou matar vocês!

Rose dispara uma bola de energia em direção a eles:

- Cuidado! – Grita Harshell.

Rose repentinamente começa a flutuar e fica disparando bolas de energia para todos os lados, eles ficam tentando desviar:

- Temos que fazer alguma coisa! – Grita Miranda.

Dart libera seu poder Dragoon e segue para tentar segurá-la, com uma única mão Rose paralisa Dart no ar e o arremessa longe. Rose pousa e quando vira o rosto leva uma tapa, era Miranda:

- O que você pensa que está fazendo? Sua imbecil! – Grita Miranda.

Rose vai virando o rosto em direção a Miranda e levantando o braço a faz flutuar, quando ia lhe dar um ataque leva uma pancada na cabeça e cai no chão inconsciente, era Meru com seu martelo:

- Desculpe Rose, mas foi preciso.

Albert pega Rose nos braços e a leva para uma árvore próxima encostando-a, assim que ele a tira do sol seu cabelo volta a ficar azulado:

- Deve ser o sintoma da doença. – Diz Dart.

- Ah que droga! – Diz Shana – Temos que levá-la logo!

Todos recomeçam a caminhada, Shana tinha enrolado Rose em um cobertor e Dart a estava carregando, ela estava muito pálida e enfraquecida, permanecia dormindo profundamente. Depois de todos os perigos já haviam passado mais de uma semana, o tempo de Rose estava acabando.

Já estava anoitecendo do 12° dia e eles tiveram que parar para acampar no meio da floresta, os homens estavam erguendo as barracas, enquanto Shana e Meru estavam cuidando de Rose que estava com muita febre. Miranda estava em um canto mais afastada, não queria dar o braço a torcer e ajudar, mas percebe que o caso realmente era sério, ela aproxima-se de Shana:

- Shana, deixe-me ajudá-la.

- Muito obrigada Miranda, não sei o que fazer para baixar a febre.

- Coloque um pano úmido na testa dela, ajuda a diminuir, mas não sei se vai adiantar, eu nunca ouvi falar dessa doença.

- Como eu pude ser tão idiota! Rose se machucou com aquele dragão e eu nem liguei, nem me importei com ela. Que tipo de irmã eu sou? Ela só tem três dias de vida!

- Calma Shana. – Diz Meru – Como você podia adivinhar? Mesmo assim Rose é muito reservada. Ela não é de reclamar, ninguém desconfiava até que ela começou a sentir realmente alguma coisa.

- Eu sei Meru, mas eu estou com medo, se não der tempo?

- Claro que vai dar. Não fique assim, nós vamos encontrar o antídoto.

No dia seguinte todos já estão caminhando novamente subindo um caminho íngreme, chegando ao topo eles avistam ao longe a Cidade de Lairetam. Eles seguem o caminho, mas esquecem o sol, Dart que estava carregando Rose percebe que a cor de seus cabelos começa a mudar e ficar avermelhado novamente:

- Rose?

Rose abre os olhos de tom avermelhado, ela começa a flutuar levando Dart junto:

- Pessoal está acontecendo outra vez! – Grita Dart.

Rose se solta dos braços de Dart e o joga em direção a uma árvore, rapidamente Meru libera seu Poder Dragoon da Água e consegue agarrar Dart antes que ele se chocasse:

- Obrigado Meru.

- Não foi nada Dart.

Rose libera seu Poder Dragoon e começa a disparar energias negras para todos os lados, todos ficam tentando desviar os ataques:

- Temos que fazer alguma coisa! – Grita Kongoll.

- Não podemos machucá-la! – Grita Shana – Ela está doente! Não é culpa dela!

Rose usa seu ataque Astral Draim e uma bola enorme de energia negra vem em direção aos guerreiros que liberam seus Poderes Dragoon e são jogados com o impacto da explosão, uns caem por cima de árvores e outros caem no chão:

- Temos que pará-la! – Grita Harshell.

- E vamos fazer isso agora! – Grita Albert – Vamos Harshell!

Albert e Harshell vem voando em direção a Rose, um agarra o braço direito e o outro agarra o esquerdo:

- Façam algo agora! – Grita Albert.

- Deixem comigo! – Grita Meru e começa a concentrar uma bola nas mãos. – Borbulhas de Água!

Uma rajada de bolhas segue em direção a Rose e uma delas a envolve:

- Peguei! – Grita Meru.

Rose fica tentando se soltar e fica jogando Meru de um lado para o outro:

- Façam logo o que tem que ser feito! – Grita Meru tentando segurar a bolha para Rose não estourar.

Rose começa a aumentar seu poder e uma bola negra começa a crescer ao redor de Rose e vai aumentando cada vez mais. Dart, Kongoll, Harshell e Albert voam em direção a Rose e começam a empurrá-la para sombra quando chegam à bola explode, todos são jogados longe.

Rose começa a rir, pois estava livre, mas seus cabelos voltam a ficar azuis e como estava muito fraca ela destransforma-se e cambaleando cai inconsciente.

Todos correm em sua direção:

- Rose tudo bem? – Pergunta Shana começando a balançá-la. – Vamos Rose acorde!

- Calma Shana! – Diz Miranda – Afaste-se para eu poder examiná-la.

Miranda pega sua maleta de primeiros socorros e começa a examinar Rose, sua febre havia voltado e seu pulso estava muito fraco, ela lhe dá um pouco de água e verifica o ferimento no braço que estava muito inflamado e arroxeado:

- É pessoal, ela está muito mal, precisamos do antídoto urgente.

- Então vamos agora! – Diz Dart.

Miranda enrola Rose no cobertor e Dart a pega no colo e liberando seu Poder Dragoon sai voando, os outros saem atrás.

Depois de alguns minutos eles chegam a Lairetam, logo eles se hospedam em uma pensão e enquanto Shana fica com Rose, os outros seguem para o mercado à procura do antídoto.

Depois de algum tempo procurando eles encontram um velho homem que sabia o paradeiro da flor:

- Por favor, o Senhor pode nos informar onde podemos encontrar a Flor Honula? – Pergunta Dart.

- Ah meu filho, a flor honula... Eu tinha, mas infelizmente acabou.

- Acabou? – Dizem todos ao mesmo tempo.

- Mas eu sei onde vocês podem encontrar.

- Por favor, senhor, diga aonde? – Diz Albert.

- Bom, depois da epidemia que essa doença causou o único lugar onde vocês podem encontrar é num campo do outro lado da cidade, as flores ficam embaixo da sombra de uma enorme árvore. – O velho aponta para o local – Mas tome cuidado, lá é perigoso.

Os seis se reúnem:

- Quanto tempo falta? – Pergunta Dart.

- Acho que pouco menos de 12 horas. – Diz Harshell

- Então vamos voar! – Diz Albert.

Os seis liberam seus poderes Dragoon e seguem voando para o outro lado da cidade. Chegando ao local indicado eles vêem um canteiro de plantas, todos descem e se aproximam, mas as plantas começam a agarrá-los, Meru é agarrada pelo pescoço:

- Dá para alguém me ajudar! – Grita.

Kongoll corta a planta com seu machado:

- Tudo bem?

- Sim obrigado Kongoll.

Um pouco mais a frente eles vêem enormes flores ao redor de uma árvore, todos correm até lá:

- Deve ser a Honula! – Grita Harshell.

Dart arranca duas flores, mas de repente à árvore começa a disparar folhas afiadas neles que se defendem com suas armas, todos saem correndo. Mas, quando saem ao sol às flores derretem:

- O que é isso? – Pergunta Dart. – As flores derreteram!

- Que flor maluca é essa? – Pergunta Harshell

- Pessoal – Começa Albert – As flores também não podem ter contato com o sol, igual a Rose.

- Então só poderemos vir á noite? – Pergunta Miranda

- Então é melhor ir-mos embora. – Diz Kongoll.

Quando eles voltam para a pensão, encontram Shana com um curativo na testa, Albert corre até ela:

- Minha querida o que houve?

- Calma amor, foi uma distração minha.

- Como assim?

- Bom, vou contar a vocês: Rose estava deitada numa cama do quarto, quando a dona da pensão chama Shana para ver os outros quartos, ela não percebe que havia deixado à janela aberta e quando estava voltando percebe que o sol estava sobre a cama de Rose:

- Oh não! – Ela se aproxima da cama – Rose?

De repente Rose senta-se na cama:

- Olá! – Rose dispara um raio de energia que atinge Shana na testa, ela levanta-se da cama – Vou acabar com você! – Mas ela tinha saído do reflexo do sol e vai voltando ao normal e caindo no chão inconsciente.

- Ufa! – Diz Shana passando a mão no corte da testa – E foi isso pessoal. Onde está a flor?

- Bom, da mesma forma que Rose se transforma em contato com o sol a flor derrete. – Diz Albert – Teremos que ir pegá-la à noite.

- Não acredito, e agora? Vai dar tempo?

- Shana querida, tenha fé, vai dar tempo, o sol só irá se por mais tarde, e ao anoitecer partiremos, não se preocupe que traremos essa flor.

- Tudo bem amor.

Algum tempo depois, todos já estão prontos para partir, mas nesse momento o velho do mercado aparece:

- Jovens, esqueci de lhes dizer que vocês têm que dar o antídoto a ela no prazo máximo de quatro horas antes do tempo, senão não irá mais funcionar!

- Ah meu Deus! Vão logo! – Diz Shana.

Dart, Albert, Kongoll e Harshell saem voando rapidamente, logo eles chegam ao local descendo ao chão:

- Vamos logo pegar a flor e dar o fora! – Diz Dart – Falta pouco tempo!

Nesse momento, as mesmas plantas começam a agarrá-los:

- Já chega! – Grita Dart – Explosion!

Uma série de explosões acontece no solo e as plantas são destruídas, logo eles chegam até a flor Honula, mas as folhas da árvore começam a atacá-los:

- Tempestade de Espinhos! – Albert usa seu ataque que destrói a árvore.

- Lightning Flash! – Harshell usa seu ataque que destrói a árvore.

Dart pega uma flor:

- Quanto tempo falta?

- Só falta uma hora! Vamos voar! – Grita Kongoll

Os quatro seguem vôo em direção a Lairetam o mais rápido possível, alguns minutos depois eles chegam de volta, Shana corre para fazer o chá, o feirante estava ao seu lado ensinando cada passo do processo: Depois de a água ferver por 15 minutos, Shana coloca as pétalas da Honula e leva ao quarto, depois de 5 minutos o chá esfria e ela senta-se na cama e vai dando a Rose aos poucos até ela beber tudo:

- E agora? – Pergunta Shana.

- Agora só podemos rezar e esperar o efeito do remédio funcionar.