Bleeding Love

Capitulo 8


– Então, como foi? – uma menina perguntou, enquanto saia ao nosso encontro, parecia ser uns cinco ou seis anos mais nova do que Pedro e Susana.

– Pergunte a ele! – Pedro falou olhando para mim.

– O que tu queres dizer com isso? – Caspian perguntou, levemente irritado.

– Tu sabes muito bem o que quero dizer com isso! Se tivesse seguido com o plano eles ainda estariam aqui! – Pedro falou apontando para mim.

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– E se tivéssemos ficado como eu havia sugerido eles com certeza estariam! – Caspian falou, chegando mais perto dele.

– Você não tem o direito de opinar aqui! É apenas um telmarino, Miraz, você, seu pai são todos iguais! – Pedro gritou.

– HEY, não fui eu quem abandonei Nárnia! – Caspian gritou.

– Exatamente, você INVADIU Nárnia! Se.... – Pedro continuaria se não houvesse sido interrompido por Edmundo. Eu já sabia quem eles eram. Durante o caminho de volta Susana acabou se apresentando para quebrar a tensão.

– PAREM! – olhem em sua direção e vi que ele ajudava o Centauro a colocar um dos anões no chão, ele parecia muito machucado. Pensar nisso me fez lembrar de minhas costas e de como elas ardiam.

A menina correu em direção aos dois, se ajoelhou e pingou alguma coisa na boca do menor. Logo ele estava de pé. Senti Caspian me abraçar pela cintura e beijar o topo da minha cabeça. Suspirei tentando reprimir a dor, seu braço estava pegando no ponto mais dolorido das minhas costas. Acabei tensionando meus músculos e ele percebeu.

– Como você esta? – perguntou. Logo os outros entraram e ficamos apenas nós dois ali fora.

– Já estive melhor! – falei olhando em seus olhos, senti tanta falta deles, apesar de estarem um pouco mais com o ar de cansados do que eu me lembrava,

– O que eles fizeram contigo meu amor? – perguntou.

– Não é uma história que eu quero contar agora! – falei e ele assentiu. – Sinto muito pelo seu pai!

– Pensei que meu tio pudesse ser qualquer coisa, menos um assassino! Ele matou o próprio irmão! – falou e foi a minha vez de abraça-lo.

– Eu sou sua família agora meu amor. Juntos para sempre! Eu prometo! – falei e ele assentiu. – Eu te amo.

– Eu te amo. – beijou-me.

Pov’s Caspian

Estava sentado perto da Mesa de Pedra enquanto escutava do Professor o que havia acontecido no castelo enquanto eu estava fora. Inclusive a história que minha amada não quis me contar mais cedo.

– Chicote? – perguntei, incrédulo.

– Pelo o que eu ouvi eles dizendo. – falou e eu assenti. – E ela não contou nada em minuto nenhum.

– Ela não devia ter passado por tanta coisa apenas por mim. Não deveria te-la envolvido nisso. – falei

– Agora, não é a hora de ficar pensando e nem se culpando pelo o que já aconteceu. Precisa agora pensar em um jeito de mantê-la viva ate que consigamos acabar com toda essa situação. Aquelas feridas ainda devem estar bem abertas! – falou e eu assenti, me levantando.

– Você sabe onde ela esta? – perguntei.

– Acho que ela disse que ia se banhar no rio mais abaixo, dentro da floresta! – falou e eu assenti, pegando o caminho para sair da estrutura de pedra. Caminhei ate as arvores mais a baixo, tomando cuidado para não chamar atenção. O caminho foi bem curto, o rio não era muito fundo na floresta então logo após entrar no meio das arvores eu já podia enxerga-lo. Procurei por Alexandra e logo a encontrei, em um ponto mais afastado de mim, onde o rio era mais fundo.

Chegando percebi que ela já estava dentro d’agua. Estava de costas para mim, então não percebeu minha presença. Desfiz-me de minha espada depositando ela em cima de uma pedra, perto de seu vestido. Desfiz-me da blusa, botas e da calça. Entrei na agua tentando fazer o menos possível de barulho. Chegando perto eu percebi o que o Professor quis dizer. As feridas eram grandes, a maior parte delas ia de um ombro ate a lateral oposta perto da cintura e estavam muito vermelhas. Toquei, levemente, uma delas e senti Alexandra estremecer sobre os meus dedos.

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– Caspian, já disse para parar de fazer isso! – falou.

– Desculpe! – falei. – Por que você não quis me contar?

– Por que eu não queria que me olhasse desse jeito que olha agora. E muito menos que se passasse o que esta passando nessa sua cabeça dura! – falou enquanto passava as mãos molhadas pelo meu cabelo.

– O que? Que a culpa de estar assim é minha? Por que ela é! – falei e ela negou.

– Não é! Eu poderia ter entregado tudo logo no inicio, mas escolhi não o fazer. A escolha foi minha Cas, não foi você quem me obrigou a ficar lá! Não foi você meu amor! – ela falou encostando a testa na minha. Respirei fundo sentindo o seu cheiro. Beijei-a pela segunda vez naquele dia.

– Deixe-me pelo menos te ajudar com isso! – falei e ela assentiu, virando de costas para mim. Peguei o pano de suas mãos e passei de leve por suas costas, limpando as feridas o melhor possível, tentando causar o menor desconforto possível a ela.

– Cas. – me chamou.

– Sim?

– Senti sua falta! – falou e eu assenti.

– Eu também meu amor. – falei. Assim que terminei, depositei o pano na pedra mais próxima a mim e a abracei, pela cintura, tomando cuidado para não machuca-la.

– Eu estou com medo. – confessou-me. – Nunca senti tanto medo em toda a minha vida!

– Eu sei. Vou cuidar de você! Prometo. – beijei teu pescoço. – Eu vou proteger você!