Contágio
Estação 2 - Capítulo 25 - Limites
— Narrador On -
Andrew acordou zonzo, não sabia em que lugar estava, sua cabeça latejava instantaneamente, o rapaz virou o rosto devagar e viu que estava em uma sala fechada, havia apenas uma janela com uma tranca e uma porta de madeira do lado sul da sala.
— Que merda... – Disse Andrew se apoiando em mesa que estava ao seu alcance.
O ex jornalista foi até a porta e tentou-a abrir, mas sem sucesso, até que ouviu um barulho de alguém se aproximando da sala e se afastou um pouco da porta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Espero que seja daquele grupo... – Uma mulher entrou na sala – Se for, você está muito ferrado queridinho – Ela sorriu - Aliás, deve agradecer, você estava desmaiado e desidratado em um beco, não sei como os zumbis não te acharam...
— Como assim? – Andrew franziu o cenho – Não estou entendendo.
— Aquela japonesa... – Disse a mulher o olhando torto – Matou pessoas do nosso grupo.
— Espera, ela estava com outro carinha? – Andrew perguntou.
— Estava... – A mulher voltou a olhar Andrew torto.
— Sabia, odeio ela... antes dela fazer essa merda que você tá falando ela praticamente me expulsou do grupo – Andrew cuspia as palavras que dizia – Aquele grupo de merda...
— Wow – A mulher riu alto – Vejo que tem um coração revoltado aqui! – Ela o olhou nos olhos – Acho que você vai ser útil para nós, venha – Ela saiu da sala e a segui.
Andamos por um corredor extenso até descermos por uma escada até o que parecia um refeitório.
— Esse é o abrigo que ficamos, é temporário, tudo é temporário no nosso grupo – Passamos por algumas pessoas – Aquela é a Duda, irmã da Sandra que mataram naquele abrigo do grupo de vocês, o Connie – Apontou para um rapaz negro de porte físico forte – A Vivian e o seu marido, o Bem – Falou – Isso foi o que sobrou de nós... Enfim, qual é seu nome?
— Me chamo Andrew... – O rapaz a olhou – E você?
— Sou Paloma... aproposito – Ela sorriu maldosa – Conheço algumas pessoas do seu grupo.
— Como assim?! – Andrew olhou para Paloma assustado.
— Sabe – Ela mandou em sentar em um banco e fiz – Antes de vir para cá – Conheci três pessoas, Akio, Yumi e a Akemi, só que a Akemi morreu logo de cara – Paloma bufou – Então depois de fugirmos do Shopping central, junto com o Kirk, que em breve você vai conhecer, tentamos ir para uma clínica para tratar de uma ferida do Kirk, só que aí fomos atacados e nos perdemos deles, mas eles simplesmente nos abandonaram ali, para morrer, se não fosse o Gus, estaríamos mortos agora...
— G-GUS?! – Andrew a olhou espantado, soando frio – C-COMO ASSIM?
— Espera... conhece ele? – Paloma disse agitada – Conhece o Gus?!
— Se for do que a gente está falando – Andrew olhava para os lados preocupado.
— Vou te levar até ele... – Paloma levantou do banco e a segui.
Andrew seguia a mulher, rezando.
— Galpões – Casey On –
Depois que vi aquele zumbi boiando na água, percebi que grande parte do pessoal estava correndo perigo, principalmente o Floyd que devia estar utilizando aquela água naquele momento.
Corri largando todos os barris de água a Deus dará, passei pelo térreo do pavilhão da clínica e subi as escadas de acesso e fui até a porta da clínica, trancada.
— FLOYD! – Gritei dando tapas na porta – FLOYD!
— Não entre! – Ouvi a voz dele – Eu não estou bem... estou com sinais da infecção...
Merda.
— Como você está? – Perguntei parando de tentar abrir a porta.
— Primeiro veio a febre... depois inchaço e palidez, tudo muito rápido – Falou tossindo – Não sei como estou assim, não entrei em contato com eles nem fui mordido...
— Que merda eu fui fazer... – Casey falou baixo enquanto se agachava ao lado da porta com as mãos no rosto – Floyd... – O chamei, mas não obtive resposta – F-FLOYD! – Levantei e comecei a chutar a porta tentando abrir ela, já que Floyd não respondia, devia estar virando um errante.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Peguei um dos machados de incêndio e o acertei na trinca da porta, fazendo ela abrir instantaneamente.
— FLOYD! – Vi o corpo dele no chão e corri para abraça-lo – Isso é tudo minha culpa... – Soltei algumas lágrimas – Agora você vai virar um deles... de uma forma tão inútil...
Peguei minha arma e a levei até a testa de Floyd, alisei seus cabelos e toquei seu rosto, não caia a ficha que ele ia virar um zumbi por minha causa.
Disparei contra sua cabeça.
— Floyd... – Deixei outra lágrima cair – Aonde você estiver... me perdoe.
— Andrew On -
Caminhamos por um corredor até chegarmos eu uma pequena salinha onde encontramos um homem.
— Não é o Gus... – Falei olhando para Paloma, que riu.
— Eu sei, bobo – Ela riu – Esse é o Kirk, estava com ele na clínica antes do Akio nos abandonar lá...
— Aquele estúpido... – Kirk disse com total raiva me encarando – Como pode se misturar com aquele tipo de gente.
O encarei com total desdém.
— Eu mal sabia que o Akio seria uma pessoa ruim a ponto de fazer isso, deixar outras pessoas para morrerem, da Kei eu não duvido nada, mas o Akio... – Falei e dei um suspiro.
— Kei? Faz alguns meses que não ouço esse nome – Uma pessoa entrou na sala com as mãos para trás.
Era Gus.
— Nossa, Andrew! – Ele deu um sorriso largo – Que falta você faz!
— Não encosta em mim... por favor – Abaixei a cabeça – Eu sei que foi você fez no acampamento.
— Hã... a Patrícia me traia com o Thomas, a Jay me julgava como se eu fosse um louco – Ele deu um sorriso cínico – E a Kei sempre era desconfiada de mim, queria de tudo para que o Von Garret me expulsasse do grupo.
— Mas você causou a morte de um monte de gente... – Disse Andrew – Até a Sasha morreu no meio da estrada quando fugimos do acampamento.
— Aqueles psicóticos na estrada? – Ele perguntou com desdém – Eu havia me juntado a eles e saí para caçar, quando eu voltei, todos estavam mortos, a Tonya Zumbificada junto com a mãe, só que dei um jeito nas duas – Ele olhou para o lado – Agora que eu sei que a Kei e o Robert estão aqui e eles estão juntos com o pessoal que abandou a Paloma e o Kirk, posso por meu plano em prática e você vai me ajudar.
— Que plano? – O olhei assustado
— Matar todos eles.
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