Caminho da Morte

Por você - Capítulo Único


Rogers corria através de vários corredores, rapidamente, suando. Procurava de todas as maneiras por Natasha. Poderia ter acontecido qualquer coisa com ela e ele nunca saberia se não a encontrasse. Os dois estavam em missão quando ela foi capturada, ele a tinha perdido de vista. Vários soldados o tentaram parar, mas Steve atirava seu escudo contra eles, os tirando do caminho. Olhou para todos os lados procurando por mais portas. Por mais esperanças de encontrar a ruiva. Aquela que havia se tornado de alguns anos para cá, sua melhor amiga.

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Sinceramente, Steve não poderia imaginar sua vida sem ela. Em todos os sentidos. Sua companhia acabara de se tornar uma das melhores. Natasha o entendia. E agora, se a perdesse… Não saberia o que seria dele mesmo. A russa era uma das poucas pessoas em que ele realmente confiava.

Finalmente o capitão encontrou uma sala. Estava toda suja com objetos espalhados e quebrados. Haviam manchas de sangue pelo chão. Foi quando olhou para o lado, tendo uma terrível surpresa. Lá estava ela, cheia de hematomas, sangrando e quase desacordada. Steve desamarrou a agente e a ajudou a levantar. Os dois seguiram correndo novamente pelos corredores, até que um dos soldados os encontrou.

O escudo de Steve foi atirado para longe e agora ele possuía apenas seu próprio corpo. Natasha caiu no chão, tentando desesperadamente levantar-se. Os dois começaram uma luta corpo-a-corpo, onde ele tentava desarmar o soldado. O homem deu um tiro no braço do capitão, aproveitando-se do momento em que tentava se recuperar, ele mirou bem no peito de Rogers. Antes que algo pudesse ser feito, Natasha jogou-se à frente de Steve, estremecendo ao ouvir um disparo.

O capitão segurou a russa, que o observava ainda intacta. Ele a olhava assustado, e então, criando coragem, Steve olha para baixo, se deparando com uma mancha de sangue a se formar no abdômen de Natasha. Ela, já perdendo as forças, caiu nos braços do capitão. Antes que o soldado inimigo pudesse escapar, Steve deu um tiro que o acertou em cheio.

Rogers ajoelhou-se e colocou Natasha com as costas escoradas na parede, sentada. A vista da russa estava ficando embaçada. Ela tentava diversas vezes focar a visão, mas não conseguia. Tudo estava embaçando.

Ele pôs a mão em seu rosto e começou a limpar uma mancha de sangue que saia pelo canto de sua boca. Hemorragia interna, ele pensou.

– Por que fez isso? – ele ainda limpava o sangue.

– Se alguém tiver que morrer... – ela tossiu – Que seja eu. Eu mereço isso muito mais do que você.

Algumas lágrimas teimavam em sair pelo canto dos olhos da russa.

– Ninguém merece a morte, Nat. Muito menos você.

Ela deu um sorriso fraco.

Como poderia um homem ser tão bom como ele? Dessa forma, para Natasha, seria impossível o imaginar morto. Ele merecia viver mais do que ela. Deveria prosseguir. Mesmo sem ela.

Ele, notando que Natasha já estava perdendo muito sangue, resolveu acalmá-la:

– Natasha, já chamei reforços. Eles estão chegando. Vai ficar tudo bem.

Ela, em resposta, apenas assentiu levemente.

– Fica comigo, por favor. Fica acordada.

Ele pôs sua mão novamente no rosto da ruiva, e ela a mão sobre a dele, entrelaçando seus dedos.

– Vai ficar tudo bem, Steve.

– Não vai ficar tudo bem se você não estiver comigo.

Uma lágrima percorreu o rosto de Natasha.

– Vai ficar tudo bem. Eu prometo. – disse dando um beijo em sua bochecha.

E ela então desmaiou, inconsciente.

(...)

Natasha acordou em uma cama de Hospital. Se quer sabia onde estava. Foi então que perguntou:

– Eu morri?

O loiro que estava sentado ao seu lado abriu os olhos e respondeu:

– Não. Você é teimosa demais pra morrer.

Ele segurou a pequena mão da ruiva.

– Há quanto tempo que estou aqui? - ela ainda apertava os olhos, tentando acostumar-se a luz.

– Uns dois dias. Você perdeu um litro e meio de sangue – sua expressão era de preocupação – A propósito… Obrigado.

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Ela sorriu.

– De nada. Sei que faria o mesmo.

Foi então que por um breve tempo os dois se fitaram, sorrindo.

– Me ajuda. – ela estendeu a mão para o loiro.

Natasha então sentou-se na cama.

– Senta aqui.

Ele acabou por ceder, sentando na cama ao lado da russa. Os dois se fitaram novamente, um ao lado do outro. Começaram a se aproximar. Foi quando o medidor de batimentos cardíacos, ligado à Natasha, começou a apitar loucamente, então eles se afastaram. Steve abraçou Natasha, e ela pôs sua cabeça no ombro do loiro.

A agente sabia que não era perfeita, e com certeza nunca seria. Sabia que ninguém confiava nela, somente Steve. Palavras duras, e cruéis, ecoavam em sua mente. Palavras que afirmavam o que ela era, ou quem ela sempre seria. Mas algo que antes Natasha não sabia, era que: você decide quem você é.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.