Naruto caminhava enquanto ajudava Karin, que andava apoiada no ombro do Uzumaki. Estavam de volta ao escritório do prefeito Gintake, onde Iruzu ainda estava inconsciente.

A porta foi destruída num supetão por um braço roxo e esquelético: Susano’o.

Sasuke atravessou os destroços da madeira e entrou, encontrando Naruto, Karin e Iruzu.

— Vejo que, finalmente, você derrotou o inimigo, Naruto. — Falou o Uchiha.

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— Tsc. Você demorou, hein, Sasuke?

— Sasuke? — Karin se surpreendeu pelo fato do Uchiha, o mesmo que tentara atacá-la durante uma discussão, estar ali.

Sasuke olhou para a garota e acenou discretamente com a cabeça. No fim, ele também estava satisfeito por ver a garota a salvo.

— Quanto a ele? Vai matá-lo? — Sasuke perguntou a Naruto, indicando Iruzu no chão.

Naruto dirigiu os olhos para Iruzu. O homem ainda vivia a ilusão da Névoa do Sanbi, sem a mínima noção de que poderia ser morto a qualquer momento. O Uzumaki ficou em silêncio, pensativo. Sasuke observava-o, mas, no fundo, sabia exatamente qual seria a escolha do amigo.

— Não. Eu o derrotei; é suficiente para mim. — Respondeu Naruto.

— Mas não para mim. — Sasuke desembainhou a katana Kusanagi e caminhou até onde Iruzu jazia deitado.

— Sasuke! — Naruto repreendeu.

— Naruto! — Sasuke também alterou o tom de voz, encarando o Uzumaki.

— Vai querer mesmo se vingar, Sasuke? Vingança? De novo? — Naruto suspirou, abaixando a própria voz.

— Estou protegendo a vila. Você, Naruto, mais do qualquer outro, deveria entender. Juugo, Izumo, Kotetsu... Quem será o próximo?

— Isso não é desculpa para matar alguém que não pode mais lutar. Isso não é vitória limpa, é assassinato.

— E daí? — Sasuke fixou os olhos nos de Naruto.

— Se matá-lo, o que vai te diferenciar dele, Sasuke? O que vai te diferenciar do Sasuke cego por vingança? Você não quer fazer isso por proteção à vila, quer fazer isso para se sentir melhor. — Naruto afirmou, desvendando o Uchiha.

Sasuke premiu os dedos sobre o cabo de Kusanagi, como se cogitasse as palavras de Naruto. O Uchiha olhou para baixo, suspirou e, por fim, encarou Naruto mais uma vez.

— Você nunca matou alguém, Naruto. Você é bonzinho demais, piedoso demais. Confesso, quero muito matar este homem, muito mesmo, mas ao fazer isso, eu apunhalaria você e a Sakura, que lutaram para me trazer de volta. Que seja. Vou poupá-lo, porém, — Sasuke embainhou a katana — se Iruzu Ibe ousar aparecer na vila mais uma vez, eu mesmo cuidarei dele. Nem as suas palavras salvarão este homem de mim, eu foi claro?

— Tsc. Pode deixar, Sasuke. Se encontrarmos o Iruzu fazendo mal a alguém de novo, ele será todo seu. — Naruto agradeceu, silenciosamente, pelo fato de seu amigo voltar atrás na decisão de executar o Oukami.

— Eu vou na frente. Avisarei a todos que a missão foi bem-sucedida. Aproveite esse tempo e ache algumas roupas para a Karin. Será uma longa viagem de volta à vila. — Sasuke deu as costas para os dois e se dirigiu à saída, mas, antes de deixar o escritório, chamou pelo amigo. — Naruto, vai chegar uma hora em que você terá que matar alguém para proteger a vila, principalmente se você for nomeado Hokage. Vivemos em um mundo ninja, meu amigo. Nem todos os vilões retrocedem à inocência, lembre-se disso. — Assim, Sasuke deixou a sala.

Naruto observou Sasuke se retirar. Em seu íntimo, Naruto sabia que Sasuke tinha razão; uma hora alguém morreria pelas mãos de Naruto Uzumaki.

— Naruto. — A baixa voz de Karin atraiu a atenção do loiro.

— Espere um pouco, Karin. Eu quero ver uma coisa.

O loiro se desvinculou da prima, indo até Iruzu. Ao lado do Oukami, Kokujin, a lâmina de Meiton, jazia caída sobre o chão.

Naruto juntou as duas mãos, acumulando chakra de Senjutsu suficiente para analisar a arma do inimigo.

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“Você não é Senjutsu nem nada que eu conheço. Vamos ver do que você é feita, Kokujin.”

Quando Naruto tocou o cabo da espada, horríveis sensações lhe possuíram, de forma que o garoto se viu incapaz de continuar a empunhar aquela arma. Largou-a de imediato. Matatabi estava certa: não era Senjutsu, era outra coisa... algo maligno.

O rapaz desviou o olhar pela última vez para o Oukami derrotado. Iruzu não esboçava qualquer movimento, qualquer vitalidade, nada.

— Vamos embora, Naruto. Eu não quero ficar mais aqui. — Insistiu Karin. Naruto balançou a cabeça, concordando.

— Vamos encontrar algo para você vestir e depois vamos embora, prima. Não há mais nada para fazermos aqui. — Decretou.

* * *

— E então, Hinata? Quem venceu? — Sakura perguntou à Hyuuga, que ativara o Byakugan para acompanhar todo o combate de Naruto.

Hinata sustentava uma expressão de alívio no rosto. Antes que ela respondesse à Haruno quem fora o vencedor da batalha, Sasuke saiu da mansão.

— Sasuke-kun, — Ino perguntava — e o Naruto? Ele está bem?

Diferente de antes, o Uchiha não parecia estar tão inquieto. O rosto dele estava sério como lhe era típico; sem exagero, o que, para todos, principalmente Sakura, era um bom sinal. Sasuke caminhou em direção aos demais.

— Ele venceu. — Respondeu.

— Como esperado do Naruto. — Chouji comentou, sorrindo.

— Ainda acho que ele demorou demais. — Kiba falou.

— E a Karin-san, Sasuke-kun? — Lee perguntou.

— Está a salvo. Os dois já vêm.

— Sasuke-kun, — Sakura se dirigiu ao moreno, olhando-o nos olhos — e o inimigo, o chamado Iruzu Ibe?

Sakura perguntara de propósito. Ela conhecia o namorado mais do qualquer pessoa e sabia que, lá no fundo, o Uchiha queria dar um fim à vida de Iruzu Ibe. Sasuke e Sakura se observavam como se conversassem apenas trocando olhares. Por fim, o rapaz quebrou o silêncio.

— Derrotado, mas vivo.

— Não seria melhor prendê-lo, Kakashi-senpai? — Perguntou Yamato ao Hatake.

— Não. Tenho certeza de que a Hokage-sama não iria querer um Nukenin desses dentro da vila.

— Poderíamos matá-lo. — Anko sugeriu.

— Resgatamos a Karin e derrotamos os Oukami; nada mais precisa ser feito. — Kakashi se pronunciou.

— Tsc. A política pacifista de “sem mortes”. Entendi. — Murmurou Anko.

A conversa se encerrou quando as portas principais da mansão se abriram mais uma vez, revelando Naruto e Karin. A garota andava timidamente, Naruto, todavia, ao ver seu time, ergueu o braço direito, em um jeito de vitória.

— Vencemos, pessoal! — Dizia Naruto, triunfante.

Karin foi abordada por Sakura que, sem demora, quis avaliar a Uzumaki. Karin olhava incompreensivamente para a Haruno, mas esta apenas lhe devolvia um sorriso gentil e prestativo.

Naruto não pôde deixar de notar que Hinata compunha a segunda equipe. O loiro pareceu surpreso, pois, antes de ir à missão Naruto havia pedido à Hinata que não fosse atrás dos Oukami também; poderia ser perigoso.

— Hinata?

— Naruto-kun! — Hinata não evitou e abraçou o namorado. — É ótimo te ver de novo!

— Hinata, essa missão era perigosa! Eu pedi para voc... — Naruto foi interrompido por Hinata, que o tocou no rosto carinhosamente. A morena sorria.

— Você se preocupa demais, Naruto-kun. — Falou Hinata. — Que bom que a missão foi um sucesso.

Naruto deu uma risada tímida e, com os olhos brilhando de entusiasmo, falou à garota.

— Hinata! Hinata! Você não vai acreditar!

— O que foi?

— A Karin, Hinata!

— O que tem a Karin-san, Naruto-kun?

— Ela... Ela me chamou de primo, Hinata! Ela me chamou de primo finalmente! — Naruto dizia em meio a um sorriso exacerbado. O garoto nem parecia ter realizado uma missão de Rank S a menos de poucos minutos.

A Hyuuga se surpreendeu e ficou feliz pelo namorado. Mais um sonho dele, o desejo de aparentar Karin, se realizara. Hinata sorriu para Naruto.

— Isso é ótimo, Naruto-kun! Eu quero que você me conte tudo depois, está bem?

De longe, Karin observava Naruto e Hinata conversarem. A ruiva analisava atenciosamente a feição alegre do garoto. Karin sabia sobre o que o casal mais querido na Vila da Folha, Naruto e Hinata, conversavam e, discretamente, sorriu pela situação.

“Naruto”.

— Pessoal, vamos nos retirar. A missão foi cumprida. É hora de retornarmos à vila, certo, Naruto-taichou? — Kakashi, o capitão do segundo time, se dirigiu a Naruto, que se surpreendeu de imediato. Estava sendo visto como igual pelo seu ex-professor do Time Sete. Mesmo já possuindo o mesmo cargo ninja, Naruto sempre se veria como um Gennin diante de Kakashi, seu eterno professor “Kakashi-sensei”.

A mão do garoto foi tocada pela de Hinata, que o estimulava também com o olhar. Como capitão do primeiro time, Naruto precisava dar uma resposta.

— Certo. Vamos pra casa, pessoal. A missão acabou.

* * *

Mansão do prefeito Gintake Hanagusari – Sétimo andar.

Os olhos dele se abriram.

— O quê? O que está... — Iruzu não compreendia o que ocorria naquele instante. Até poucos minutos ele havia matado todos os seus clientes com os poderes que, outrora, pertenceram a Naruto Uzumaki, também assassinado pelo Oukami.

Seu corpo estava muito dolorido e quase completamente incapaz de se movimentar.

— Eu ainda estou nesta mansã... Entendo. Foi um genjutsu... Naruto Uzumaki me derrotou, não fui eu quem venceu a luta. Aquele Jinchuuriki maldito! Eu, assim que sair daqui, irei matá... — Iruzu arregalou os olhos e parou de falar imediatamente. Ele sentiu algo vindo ao longe.

— Não... Eles estão aqui. — O Oukami sentiu um frio percorrer-lhe a espinha, medo.

Ele conseguiu erguer um pouco o pescoço. Pela porta entreaberta ele notou que uma figura de manto e capuz negro caminhava pacientemente em sua direção. Não havia dúvidas, era um dos clientes de Iruzu Ibe.

A mão afastou a porta, abrindo-a ainda mais. Agora fora possível enxergar que aquela pessoa trazia nas costas algo gigantesco, semelhante a um leque fechado.

— Iruzu Ibe, como você vai? — A voz era feminina e sádica. Iruzu reconheceu de imediato.

— S-Suki-sama? — Perguntou Iruzu retoricamente.

A mulher retirou o capuz da cabeça e encarou Iruzu. Era adulta — de, aproximadamente, trinta anos de idade. Possuía cabelo castanho escuro e longo, sendo este separado com duas mechas soltas à frente e o restante preso. Os olhos, igualmente castanhos, fitavam Iruzu ironicamente.

— Surpreso em me ver, Iruzu? Relaxe. Diferente dos meus companheiros, eu não me importo que um mero verme me chame pelo nome.

— A senhora é uma das minhas clientes mais cruéis, Suki-sama. Do que adianta? — Perguntou Iruzu, desgostoso.

— Ora, Iruzu, hoje você tirou a sorte grande. O Líder-sama queria enviar a Mira para vir te matar, mas eu intervim. Você já foi torturado pelas correntes de chakra dela, não se lembra? A Mira adora torturar as vítimas dela... Aquela ruiva ridícula.

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— Suki-senpai! — Outra voz, mais grave e masculina ecoou pelo corredor. Não demorou e outra pessoa, trajada da mesma forma que Suki, entrou no escritório. — Já terminei, Suki-senpai.

— Taka, você fez como eu te falei? — Suki perguntou ao companheiro.

— Como manda o protocolo de nossa organização, Suki-senpai: sem deixar o corpo. Matei aquele tal de Gura, mas o que mais me agradou foi matar aquela garota, Mera Kujiro. — Taka gargalhou. — Ela chorou, implorando pela vida. Depois eu a despedacei e destruí os vestígios.

— E os outros dois? — Suki perguntou, alterando a voz. — E quanto a Raiga Takame e Beni Makagawa?

— Raiga já estava morto quando eu cheguei. Já aquela garota do Shinigami no Jutsu está desaparecida.

— Desaparecida? — Suki questionou impacientemente. — Você é um rastreador nato, Taka Kazekiri, encontre-a e mate-a.

— É impossível, Suki-senpai. Os rastros dela não existem mais neste lugar.

“A Beni está viva?” — Iruzu refletia.

Suki suspirou com desgosto e contrariedade, mas, por fim, cedeu. Não havia o que fazer naquele momento.

— Não importa. Um lobo ferido e separado da alcateia não demora a morrer. — Suki se voltou ao líder dos Oukami. — Não concorda Iruzu?

O homem inspirava rapidamente; estava sob tensão, sob medo. Diante de seus clientes, toda a força de Iruzu contava para nada. A situação era caótica para o líder dos Oukami.

Suki desatou o enorme leque das costas, premindo-o contra a barriga de Iruzu. A mulher olhava com seriedade.

— Nós lhe demos uma missão simples, Iruzu Ibe: capturar e matar Karin Uzumaki na frente de Naruto Uzumaki; só isso e nada mais. Não precisava enfrentar os ninjas da Folha. Assim como na vez em que você matou Juugo, o bipolar, nós poderíamos lhe fornecer o escape da raiva de Naruto e dos demais. Isso seria até melhor, pois você mataria aquela garota e sairia impune, para o desespero de Naruto. Contudo, você tinha que estragar tudo, não é? Você tinha que enfrentar a Folha, não é? O que esperava desta batalha, me diga? — Suki interrogou.

Iruzu olhou para o lado. Lá estava Kokujin, sua espada e, naquele momento, sua única forma de sobreviver. Tentou esticar o braço, mas a ponta metálica da haste do leque de Suki perfurou-lhe a mão, impedindo-o de empunhar a espada.

Suki caminhou vagarosamente e, abaixando-se, empunhou a espada negra.

— Entendo... Você queria o poder de Naruto Uzumaki para se rebelar contra nós, estou certa? — Suki riu de desdém. — Você foi nosso servo por tempos, Iruzu. Deveria saber que qualquer membro da minha organização é capaz de lidar com Naruto Uzumaki. Qualquer um, desde os membros Juniores, como o Taka, meu parceiro, até os membros Seniores, como eu. E isso sem falar na Mira e no Líder-sama. Sua idiotice e intrepidez são patéticas, mas ao mesmo tempo engraçadas, Iruzu. Você me faz rir. — Suki olhou para Taka Kazekiri, seu companheiro. — Pelo visto, a arma forjada a partir do chakra do Líder-sama vai voltar ao seu devido dono. Taka, guarde esta espada com você. Vamos devolvê-la ao nosso líder.

— Como desejar, Suki-senpai. — Taka tomou Kokujin e a pôs no cinto.

Suki encarou Iruzu mais uma vez. A mão do homem sangrava, o suor lavava-lhe o corpo, a respiração era pesada e desesperada.

— Você não faz ideia, Iruzu, do quanto nos atrasou. Agora, graças à sua tentativa de rebelião, nós teremos que recomeçar com o plano novamente. Só que desta vez não usaremos outra organização para assumir a frente, enquanto agimos por trás das cortinas. Os lobos morreram, agora é a vez dos fantasmas atuarem.

Com brusquidão, Suki arrancou o leque da mão de Iruzu, fazendo-a sangrar com um fluxo maior. Iruzu gritou de dor, já não sentia o braço direito.

— Você falhou conosco, Iruzu Ibe. Seus Oukami falharam conosco. Nós não toleramos falhas, você sabia disso. — Suki dizia sombriamente.

Mais ao fundo, Taka ria da situação de Iruzu. Sua parceira, Suki, era bem cruel. Tala adorava vê-la torturando alguém.

— S-Seus... — Iruzu tossia e sentia a visão turva. — Seus malditos... Yuurei.

Suki abriu o leque parcialmente, erguendo-o em um movimento ofensivo.

— Adeus, Iruzu. — Suki sentenciou.

A última visão de Iruzu Ibe foi a de Suki abrindo o leque de vento sobre ele.

* * *

Caminhavam tranquilamente. Atrás deles, a mansão do prefeito de Zuko ardia em chamas, destruída. A fumaça negra erguia-se como um pilar rumo ao céu noturno.

— E agora? — Taka perguntou à companheira que estava andando ao seu lado.

— O Líder-sama vai aguardar. Com a falha de Iruzu, teremos que esperar mais um pouco para atacar o coração de Naruto mais uma vez. Só que, desta vez, seremos incisivos e constantes, seremos assombrações para Naruto Uzumaki. — Suki respondeu.

— Só para o Naruto? Os Yuurei serão uma assombração para o mundo inteiro, Suki-senpai. — Taka deu uma risada.

— É verdade, Taka.

— Falando no mundo ninja, a sua aluna foi uma heroína na última guerra, Suki-senpai. Dizem que, das Kunoichi da Vila Oculta da Areia, ela é a mais forte. — Taka comentou, fazendo Suki rir.

— Eu tive ótimas alunas, mas sem dúvidas a Temari-chan foi a mais excepcional, a mais talentosa, a mais completa. Ela era como uma filha para mim, uma extensão do meu poder. Um dia, provavelmente, ela saberá que eu estou viva e terá que me enfrentar. Se ela for tão boa quanto dizem, terei uma luta divertida com minha ex-aluna.

— Será que teremos que matar o Kazekage? Dizem que ele e Naruto Uzumaki são amigos, certo?

— Eu ainda não acredito que alguém como o Gaara-kun sofreu uma mudança tão radical em sua forma de pensar e agir. Eu me lembro daquele menino muito bem, era um verdadeiro demônio. Quem diria que ele se tornaria o Godaime Kazekage e seria aceito pela Vila da Areia? Mas se ele é amigo de nosso Alvo Primário, tenho certeza de que, em algum momento, receberemos ordens para matá-lo. — Suki deu de ombros.

— Matar um Kage é a sua especialidade, Suki-senpai, ou devo chamá-la pela sua alcunha: “Suki, a assassina de Kages”? — Perguntou Taka.

— Tanto faz, eu não me importo.

— Não se importa? Invadir sozinha a Vila Oculta da Névoa, assassinar Yagura, o Yondaime Mizukage e ainda atrapalhar os planos de caça às Bijuus da Akatsuki; não é qualquer ninja que faz isso, Suki-senpai. Não é à toa que você é um membro Sênior dos Yuurei.

— Isso são feitos passados, Taka. Quando o momento de agirmos chegar, faremos coisas bem maiores que estas.

— Finalmente vamos assumir as cordas! Eu estou ansioso, Suki-senpai.

— Eu também, Taka.

— Depois da Quarta Grande Guerra Ninja, o mundo pensa que as organizações criminosas morreram com a Akatsuki.

— É verdade, meu amigo. A Akatsuki morreu; agora o mundo conhecerá os Yuurei. — Suki levou as duas mãos ao capuz, pondo-o sobre a cabeça.

Os dois Yuurei, os dois fantasmas, cruzaram o enorme portão metálico da propriedade do finado prefeito. Enquanto isso, a casa dele queimava incessantemente. Os Oukami já não existiam mais. Sem deixar corpos, assim agiam os Yuurei.