Segundo Andar – Segunda Porta à esquerda.

Lee arrombou a porta com um forte chute e entrou no local, que se tratava de um enorme salão vazio, sem qualquer mobília, sem nada; as paredes eram da coloração verde-oliva, o piso era bege, o lugar não tinha janelas.

O Jounin caminhou cautelosamente. Mesmo que não houvesse quaisquer móveis no local, de forma que seu oponente pudesse usar para se esconder, por estar no território inimigo, Lee tinha a convicção de que não poderia agir descuidadamente nem por um segundo sequer.

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Parou no centro exato do salão. Olhava para a esquerda e para a direita, mas não encontrava o inimigo. Lee se perguntava se aquele era o lugar certo.

— Onde será que ele... — Lee não terminou a própria frase.

Em uma manobra instintiva, girou o corpo no ar, se esquivando a tempo do ataque repentino que vinha do alto. O pesado soco de Gura não encontrou o corpo de Lee e acertou apenas o piso, causando um tremendo ruído.

— Pelo teto. — Lee observava o gigantesco homem — Eu deveria ter imaginado.

— O primeiro inseto que irei esmagar. — Gura fitava Lee com desprezo no olhar — Tão feioso.

Lee sequer piscava. Os olhos estavam concentrados no alvo, o Oukami de grande estatura. O garoto assumiu posição de combate. Gura nada fazia além de observar o garoto com desdém.

— Eu me chamo Rock Lee, a Besta Verde da Vila Oculta da Folha. Qual é o seu nome, Oukami-san? — Perguntou o garoto serenamente.

Gura franziu a testa, arqueou a sobrancelha e, posteriormente, gargalhou alto e grotescamente.

— Como se eu fosse dizer o meu nome para um inseto baixinho de sobrancelhas grandes! Eu vou te esmagar, garoto! — Retrucou Gura.

O ataque aconteceu em um piscar de olhos. Em um instante Lee estava a cerca de cinco metros de distância de Gura. No instante seguinte estava prestes a chutar o pescoço do Oukami com um fatal chute aero-horizontal.

— Konoha Gouriki Senpuu! (Furacão Forte da Folha). — O estalar do golpe podia ser ouvido à distância. O chute avassalador acertou o pescoço de Gura em cheio. Um chute potente de Rock Lee

Só que algo estava errado.

O ninja da Folha recuou, surpreso com o que estava vendo. Os olhos não se desviavam em nenhum momento do oponente. Gura estava em pé, imóvel.

“O que aconteceu? O meu ataque deveria ser capaz de destruir completamente o pescoço dele, mas esse cara... Ele está intacto. Meu chute sequer estremeceu o corpo dele. Minha perna só ricocheteou no pescoço dele!” — Lee cerrou os punhos.

Gura suspirou, estalou os ossos do pescoço — um ruído agudo se fez ouvir — e cuspiu no chão em desprezo.

— Um inseto que não é capaz nem de me machucar quis saber o meu nome... Como se fôssemos iguais em níveis de força! O seu lugar é debaixo dos meus pés, inseto ridículo! Eu vou te esmagar agora e prometo: não vai sobrar nada de você! — Vociferou Gura.

Após cerrar os punhos, o gigante avançou furiosamente contra Lee.

Quinto Andar – Quinta porta à esquerda.

A garota levava a mão direita ao estojo de shurikens, se municiando com o maior número possível de armas. A porta a qual deveria atravessar estava diante dela. Estava ansiosa para conhecer sua oponente.

Tenten foi cautelosa. Chutou a porta, abrindo-a, mas não entrou de imediato, preferindo recuar com um salto para trás. Assim que a porta foi aberta, agulhas foram disparadas de dentro da sala e se fincaram no chão, exatamente onde Tenten estava antes de recuar. A garota reparou que elas formavam os Kanji “間で” (do japonês, significa “Pode entrar!”).

— Uau! Ela é uma excelente anfitriã, é bem convidativa. — Admirada, Tenten sorriu ao ver o conjunto de agulhas que formavam a mensagem hospitaleira de Mera.

Tenten respirou profundamente e avançou, entrando no local com uma cambalhota rápida. Ela podia ouvir as agulhas perfurando o piso às suas costas.

A Jounin se levantou com um gracioso salto para o lado direito, lançando shurikens na direção de Mera. Agulhas e Shurikens colidiam no ar aos montes. Tenten correu para a direita, visando um ângulo melhor para acertar a inimiga. A Oukami saltou para o lado, conseguindo encontrar um novo ângulo para atingir mortalmente as costas de Tenten.

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Como um verdadeiro enxame, as agulhas lançadas por Mera iam de encontro à Tenten, que por muito pouco não foi atingida. Encontrou refúgio atrás de uma coluna de mármore. As agulhas se cravaram na parede e na coluna que protegia a ninja da Folha. O coração de Tenten estava acelerado. Ela gostava de lutas dinâmicas e emocionantes; se sentia treinando com Lee e com seu ex-professor, Gai.

— Impressionante! É a primeira vez que encontro alguém capaz de evitar todas as minhas senbon. Quem é você, garotinha? — À distância, perguntou Mera.

— Tenten... Eu me chamo Tenten. — Enquanto respondia detrás da coluna de mármore, Tenten sacava dois pequenos pergaminhos de seu estojo de acessórios.

— Tenten... — Mera repetia, com se estivesse pronunciando um nome de um doce — Acho que vou gostar de lutar contra você. Vai ser interessante, não concorda?

— É, vai ser divertido.

— Será. Não é todo dia que encontro alguém que luta igual a mim. — Mera disse com um leve tom de sarcasmo. Tenten não se importou.

— Eu penso a mesma coisa. É por isso que estou feliz por participar desta missão. Meu único objetivo é te neutralizar, Mera Kujiro.

— Imaginei que fosse isso. — Mera se municiava de mais agulhas. O sorriso sádico estava nos lábios da Oukami — Então, vamos começar Tenten?

Tenten, com os polegares, removeu os lacres de seus dois pergaminhos. Ela sorria com o desafio dado pela Oukami.

— Quando você quiser, Mera. Eu estou pronta!

— Devo avisá-la: eu nunca erro o meu alvo.

— Tsc. Essa fala é minha, Mera. — Com isso, Tenten deixou a coluna de mármore e encarou a oponente.

Primeiro Andar – Terceira porta à direita.

Sai abriu a porta com cuidado. Aquele era um dos lugares cujas habilidades sensoriais de Ino não foram capazes de analisar. Estava entregue nas mãos do destino, assim como Shino, que fora explorar o quarto andar. Com sorte, tudo daria certo. Sai e Ino encontrariam Raiga Takame, o usuário do Reika no Jutsu.

O rapaz entrou pela porta sendo seguido por Ino. A porta aberta por Sai revelara uma gigantesca biblioteca. Estantes colossais se erguiam de forma imponente. As enormes cortinas púrpuras estavam fechadas, escurecendo o local. A única fonte de iluminação naquele ambiente era o grande candelabro dourado preso ao teto.

Sai e Ino se postaram um às costas do outro. Os olhares estavam atentos ao ambiente.

— Sai. — Ino chamou.

— Eu sei, Ino. — O garoto desembainhou o sabre preso às costas — Tem alguém aqui.

— Será que é o Raiga Takame? — Perguntou a loira, mas Sai não respondeu. A garota entendeu que seu namorado temia que não fosse Raiga o oponente.

O ar estava um pouco frio. As vozes de Sai e Ino, por mais baixas que saíam, ecoavam pelo cômodo.

De repente, tudo escureceu. Sai e Ino estavam às cegas no território inimigo.

Quarto andar – Terceira porta à esquerda.

Os cupins devoraram instantânea e completamente a porta, liberando passagem para Shino Aburame passar livremente.

Era um salão de artes.

Quadros, estátuas de tamanhos e materiais variados, obras diversas enriqueciam o nobre salão. Shino, no entanto, não se surpreendia com nada e tampouco mostrava interesse na beleza do lugar. Estava ali para abater a garota de ataduras nos braços; qualquer coisa diferente disso fugia dos planos de Shino.

Caminhou mais um pouco, parando apenas ao ver que seu adversário surgira calmamente detrás de uma estátua e se postara em seu caminho. Era um homem de aproximadamente vinte e três anos de idade, cabelos longos e loiros, estava armado com dois sabres embainhados nas costas, usava uma couraça em forma de “X” no tórax e abdômen, calças e sandálias ninjas de cor preta. Pelos desenhos de Sai, Shino não teve dificuldade alguma para reconhecer o inimigo. Aquele homem em sua frente era Raiga Takame, o usuário do Reika no Jutsu.

O plano fugiu do curso original. Um erro.

Raiga desembainhou os dois sabres e caminhou lentamente para frente, na direção de Shino. O Oukami demonstrava um sorriso de escárnio nos lábios.

— Eu odeio obras de arte! Essas coisas são ridículas e sem graça. Só estou lutando aqui porque minha companheira Mera me obrigou. Aquela vadia psicótica e chantagista. — Raiga suspirou — Mas, eu percebi que você, moleque estranho, também não curte essas coisas. Acho que ganhei o oponente certo, no fim das contas.

Shino nada disse. Com as duas mãos nos bolsos do casaco esverdeado, o garoto olhava para Raiga, que bufou entediado.

— Tô vendo que você não é de falar, hein moleque? Beleza, eu vou te contar um segredo. Talvez isso tire essa sua cara de tédio. — Raiga sorriu maliciosamente — Sabe aquela ruivinha gostosa, a tal da Karin? Eu me diverti muito com ela, se é que me entende. Você tinha que ver! Ela chorou feito bebê. Ela é prima daquele tal de Naruto, quer dizer, que se dane se eles são primos ou não. Os dois são Uzumaki, não? Isso deve valer de alguma coisa. O que importa é que eu acabei com aquela vadia imunda. Ela se debatia tanto... — Raiga riu mais uma vez — O Naruto é um moleque sortudo! Tem uma prima gostosa daquelas à disposição.

Shino ajeitou os óculos no rosto e falou com frieza:

— Você é um homem de sorte, Raiga Takame.

— Sim, eu sei. Eu também soube que no time de vocês têm mais duas gostosas. Uma morena e uma loirinha, tô certo? Depois que eu te matar, eu vou...

— Você não me entendeu. — Shino interrompeu Raiga. A voz do garoto permanecia inalterada, apesar de tudo o que ele acabara de ouvir — Sua mente minúscula, pervertida e patética foi incapaz de acompanhar meu raciocínio.

— O que você disse, pirralho de merda? O que você quis dizer então? — Raiga perguntou, já com certa alteração no humor.

— Você é um homem de sorte por me ter como oponente. Se meu capitão, Naruto Uzumaki, fosse seu adversário, neste exato momento você estaria morto e seu sangue estaria lavando o chão. Tenho certeza de que meu capitão não ficaria satisfeito ao ouvir estas suas palavras. Como eu já disse: você é um homem de sorte, Raiga Takame.

— É, pode ser. É uma pena que o “todo-poderoso Naruto Uzumaki” está selado três andares acima de nós enfrentando o Iruzu em uma batalha com restrições. Sem poder usar um ataque consideravelmente danoso, o Naruto vira um ninja qualquer, sem nada de especial. — Raiga esnobou.

— Acha mesmo que isso é o suficiente para conter o Naruto? — Perguntou Shino — Vocês, Oukami, foram uns tolos por provocarem o Naruto. Agora vão tentar lidar com poderes além da própria compreensão. Ao sequestrarem Karin Uzumaki, vocês contribuíram para a própria aniquilação. — Shino rebateu.

— Tsc. Essa sua ladainha me dá sono. Prepare-se, homem-inseto! Eu vou com tudo! — Raiga girou nas mãos os dois sabres.

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Shino deu um leve, quase imperceptível, suspiro. As mãos do garoto deixaram de lado os bolsos do casaco e, em poucos segundos, liberaram enxames de insetos.

— Eu pretendia enfrentar a garota de vestido negro, mas isso não importa agora. Você é meu inimigo, Raiga Takame. Venha! — Shino declarou para Raiga.