Oriente das Trevas.

Cap. 3 - Não me deixe.


Estava dormindo, achando que seria apenas mais um dia - um domingo para ser mais exata - relaxante, onde teria que me preparar psicologicamente e fisicamente para o dia de amanhã, pois tenho aula. Mas não é bem com o que estou acostumada.

Estava tomando café da manhã, apenas ouvindo as reclamações da raposa traiçoeira e vendo Susanoo gastar saliva, ordenando que Ichiro parasse de tagarelar sozinho e continuasse o dever que fora mandado.

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– CALEM A MERDA DA BOCA!

Grito.

Os dois param imediatamente.

– Não posso dormir, e nem posso tomar meu café da manhã em paz que vocês dois já começam a discutir! Me façam o favor e calem a boca! - Esbravejo, olho para Susanoo que tentava sair despercebido. - Você que é mais velho que nós dois juntos, aja como tal! Não era você que estava dizendo para me portar como uma Deusa?! - Então, direciono meu olhar para Ichiro. - E você pare de reclamar, você não é o único que não queria estar aqui, mas nós três estamos sendo obrigados! Eu poderia estar vendo tevê enquanto conversava com minhas amigas, mas nem tudo é perfeito! Então pare de se fazer de coitado!

Lembro-me de estar em um templo, então paro imediatamente e possivelmente com as maçãs do rosto extremamente vermelha, saio da cozinho e procuro o banheiro.

Ao encontrar, percebo que tudo é limpo e organizado. Pego um roupão e algumas roupas que deixaram para mim, colocando-os tudo em um armário. Olho para os lados para ver se não há nenhum lugar para que ninguém possa me espionar e começo a me despir. Preciso urgente de um banho para acalmar meus nervos.

[...]

Na casa ao lado de Asuka, há um garoto de 15 anos. O nome dele é Juro Hideki. Ele não é tão amigável, mas o garoto é um poço sem fundo de mistério. Mora sozinho e ninguém sabe onde seus parentes vivem ou como ele chegou até aqui.

Juro conversa apenas com Asuka, já que ambos vêem as mesmas coisas.

Apesar de ser misterioso e mal-humorado, sua aparência é algo que todas as garotas simplesmente se derretem.

Olhos verde-água, pele alva e cabelos naturais ruivos com pequenas sardas nas bochechas. Juro tem quase o tamanho de Asuka, apesar de só ter 15 anos. Além de ser bonito e alto, possuí habilidades com arco e flecha e uma inteligência fora do comum.

O ruivo levanta-se da sua cadeira - estava debruçado sobre a escrivaninha - e vai para a janela de seu quarto. Ao abrir as cortinas amarelas, se depara com algo um tanto diferente do que é acostumado a ver - geralmente vê Asuka olhar o céu e quando ela nota sua presença, os dois começam uma conversa sem fim -, a garota que ele tanto admira brigava com um garoto de cabelos castanhos e orelhas pretas, seus olhos vermelhos eram assustadores, mas é fácil se acostumar. Asuka estava extremamente corada, acho que dá para entender o por quê, já que estava apenas de toalha.

Dava para ouvir ela gritar com o rapaz.

– SAIA DO MEU QUARTO!

Diz ela jogando seu travesseiro no rosto do mesmo.

[...]

Depois de Susanoo, Ichiro e Asuka voltarem do templo do Deus da Guerra, a garota resolveu tomar mais um banho, já que sofreu uma queda lamacenta, criado pelo próprio Ichiro.

Os três devem voltar o mais rápido para o templo, já que ficar na casa de Asuka não é seguro, pois com um youkai, um Deus do Mar e uma garota cujo os poderes são tão fortes que nem a mesma sabe, o melhor é ficar em um templo cujo o Deus não se importe com as brigas e que as coisas de seu lar seja destruído aos poucos.

A campainha soou. Asuka vestiu-se rapidamente desceu as escadas de seu quarto e abriu a porta.

– J-Juro! - Espantou-se a azulada. - O-O que faz aqui... ?

Pergunta ela olhando para trás, então Asuka vai para fora e fecha a porta.

– Eu pensei em conversar com você, mas... a vi com um homem muito estranho. Por acaso você gosta de homens que gostam de se fantasiar?

Pergunta Juro, um tanto interessado na resposta.

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– E-Eh?! Não.

– Então por que havia um no seu quarto? E você estava apenas de toalha!!

– B-Bem... ele não estava fantasiado... lembra que lhe contei sobre a minha história? Que vivia em Izumo o lar dos Deuses e que... não me dou nenhum pouco com youkais?

O garoto assentiu com a cabeça.

– Pois bem... aconteceu algumas coisas recentemente... de qualquer forma, não se preocupe... eu não vou me dar bem com esse youkai, mesmo que eu faça o que foi mandado.

– Espere... você terá de morar com ele?

Juro tentava não demonstrar sua frustração, mas era difícil quando se tem um homem que você mal conhece morando com você.

– Juro eu... vou ter que me mudar para um templo, sabe... o do Deus da Guerra, porque parece que onde estou não é mais seguro. Além do mais, eu tenho um professor. Nós estamos sendo obrigados a fazer isso, eu terei que me tornar uma Deusa, Juro... sinto muito. Isso aconteceu não faz nem três dias.

– O-O que? Não me deixe aqui sozinho... você é a única que me entende, que vê o que e vejo. - Suplica o garoto.

– E-Eu não posso fazer isso Juro, eu bem que queria continuar aqui... entenda, eu não queria estar fazendo isso.

– Então fique aqui!

– Juro!! - Esbraveja a garota. - Eu quero ficar! Mas as coisas não são tão fáceis...

– Então, deixe-me ir junto!

– Eh?!

– Olha, eu não quero ficar longe de você... p-por que... por que eu quero deixar de ver essas coisas!

De repente, a porta se abriu e Susanoo parecia que ouvira a conversa. Já que os dois nem estavam mais conversando, pareciam estar berrando um com o outro.

– O garoto pode ir, tem algo nele que me incomoda.

Diz Susanoo deixando o garoto com um largo sorriso.

– Com apenas uma condição, o que eu mandar você fazer, terá de cumprir sem uma reclamação.

Juro concordou imediatamente, deixando Asuka preocupada.

[...]

Depois de todos se aprontarem e pegarem tudo o que precisam. Foram em cima de Ichiro - transformou-se na sua forma original, uma raposa de pelos castanhos e algumas manchas pretas na orelha e na cauda -, que chegaram num piscar de olhos.

– Oooh! Vocês vieram, enfim.

– Olá, Wakamiya.

Diz Susanoo descendo da raposa.

– Parece que não estava aqui quando vocês chegaram. - Diz o senhor. - Huh? Temos dois rapazes jovens por aqui... achei que seria apenas a Srta. Minako e você, Susanoo.

– Eu também, mas a Deusa Chefe mandou mais uma pessoa e ela me deu um breve aviso de que encontraria alguém, cujo os talentos talvez sejam... perigosos.

Diz Susanoo se referindo ao Juro.

[...]

Era uma noite fria e escura... Susanoo, Ichiro e Asuka... lutavam com algo.

Podia-se ouvir a voz de Asuka suplicar pelo nome de Juro.

– JURO! VOLTE! VOLTE PARA MIM!

Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, além de inchados.

Juro não ouvia ninguém, seu coração foi apunhala-do, deixando-o frágil e invulnerável a qualquer perigo.

Asuka sem voz, ajoelhada ao lado de alguém que tentava consola-la, dizia em meio as lágrimas:

– Volte... volte para mim, Juro... não me deixe...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.