Tom e os Três Fantasmas Natalinos

O Fantasma dos Natais Passados


Capítulo 1

O Fantasma dos Natais Passados

No meio da noite, Tom suava, estava tendo pesadelos. Via Gustav com o rosto cheio de sangue, via Georg com o corpo totalmente queimado e a visão que fez seu sangue gelar foi Bill com a cabeça separada do corpo.

Tom acordou gritando, mas por incrível que pareça, não acordou Beatriz ao seu lado, era como se ela não pudesse escutar.

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- Bons sonhos, Tom? – Perguntou uma figura singular em um canto do quarto.

Tom olhou para lá assustado e deparou-se com ninguém menos do que Georg.

- Ge? O que você está fazendo aqui? – Kaulitz perguntou assustado.

- Eu não sou o Georg, apesar de me parecer com ele – ele respondeu – Eu sou o Fantasma dos Natais Passados, você será visitado por mais dois ainda nessa noite e cada um deles vai se parecer com alguém importante para você.

- Ah não – Tom respondeu desvencilhando-se dos braços de Beatriz que continuava dormindo. – Eu conheço essa história, Charles Dickens já morreu, Ge, a história é muito fofa, mas eu não vou acreditar nisso.

Georg/Fantasma levantou-se da cadeira onde estava sentado e pegou no braço de Tom.

- Eu vou te mostrar.

Então um labirinto de fumaça apareceu ao seu redor, e logo depois Tom se viu em um quarto pequeno e muito confortável, ele tinha uma cama de casal e em cima dela um garotinho loiro estava deitado.

- Vem Tom – outro garotinho loiro, idêntico a ele, disse enquanto abria a porta – Está quase na hora de ligar a árvore de natal.

- Vamos – o que estava deitado levantou-se subitamente animado.

Os gêmeos foram até a sala de mãos dadas, onde Simone já os esperava com um sorriso no rosto.

- Oooh que fofinhos. Não acredito que você deixou essa criança fofa se transformar em você – disse o fantasma.

Tom estava pasmo, estava se vendo ali, mais novo, mas ainda assim era ele. Lembrava-se daquele dia, era exatamente o dia em que tinha decidido odiar o Natal.

- Você pode não ser o Georg, mas é tão irritante quanto ele – o gêmeo mais velho disse ainda sem desgrudar os olhos das figuras idênticas.

- Venham, meus lindos gêmeos – Simone disse abrindo os braços para eles – É quase meia noite, você vão querer ligar a árvore, não?

Bill assentiu entusiasmado, mas Tom não parava de olhar em volta procurando alguém.

- Mamãe, cadê o papai? – Ele perguntou ainda procurando com os olhos.

Na mesma hora um homem alto, de cabelos e olhos castanhos, vestindo uma calça jeans velha, camiseta vermelha suja e uma cara de poucos amigos entrou na casa.

Bill encolheu-se, tinha medo do pai. Tom abriu um lindo sorriso e foi correndo para abraçar o pai, mas o homem desvencilhou-se do garoto, empurrando-o para o lado e fazendo-o cair no chão.

Simone levantou-se possessa e começou a discutir com Jörg ali mesmo, Bill correu para abraçar o irmão, que olhava tudo assustado.

- Por favor, não briguem – o mais velho pediu tristemente – É natal...

- Natal? – Jörg virou-se para o filho – Natal? Eu vou te dizer o que é Natal: uma data comercial! Isso que é o Natal. Natal é a época que todos fazem promessas para o ano seguinte, mas que não duram até o primeiro mês. Natal é pura enganação, Natal não é nada!

- Que triste – O Fantasma dos Natais Passados disse recolhendo uma lágrima – Ele fez isso com você um dia e hoje você desconta nos outros.

- Ele não deixou de ter razão... – Tom murmurou.

- Não, não deixou – o fantasma concordou – Todos sabem disso, mas o natal ainda é capaz de trazer esperanças para quem precisa. Não é porque você tem consciência de que a essência do Natal se perdeu, que você tem que ser igual ao seu pai e massacrar as esperanças dos outros.

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- Mas...

- Mais nada. Venha, eu vou te levar de volta para o hotel e lá você vai aguardar a visita do próximo espírito natalino.

Continua...