Ficta Confessio

Capitulo 02 - Mirabile Dictu


Longe de Labela, em Baltar, um homem treina sua espada em grandes alvos de madeira. Grande, cabelos vermelhos, e braços rápidos, aplicava golpes ligeiros e fortes nos alvos em forma humana, decepando sempre um braço ou meio-tronco. Seu nome era Nior, guerreiro nascido ali mesmo em Baltar, treinado nos fogos de Daichi e mercenário. Fincando a espada dourada no chão, Nior se exalta:

- Preciso ficar mais forte! Não conseguirei achar aquele desgraçado se eu não conseguir voltar a Daichi.

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Nior estava falando de seu pai, que o deixou sozinho para treinar no centro do vulcão Daichi. Dez anos antes dos acontecimentos citados no começo dessa história, Daichi e seu pai saíram de Baltar em direção ao continente Sancta Sanctrorum, viajaram durante muitos dias para chegar à zona de treinamento do vulcão, logo na chegada, entraram por uma longa caverna com um imenso portal a sua frente Igni Natura Renovatur Integra.

- Pai, isso não é perigoso? –; perguntou temerosamente Nior a seu pai.

-Claro que não filho! Seu pai é um grande lutador, ele te protegerá enquanto estamos dentro da caverna.

Com os olhos brilhando de admiração, Nior pegou a mão de seu pai e juntos entraram na caverna. Depois de algumas horas andando, desviando de grandes fissuras e passando ppor perigosas pontes, enfim, chegam a uma abertura gigantesca, o cratera interior do vulcão, uma ilha no centro cercada por magma.

- Feche os olhos filho. – disse o pai de Nior, colocando as mãos nos olhos do filho.

Em instantes os dois estavam na pequena ilhaque era visivelmente inacessível de onde estavam anteriormente. Assustado Nior pergunta:

- Pai, como viemos parar aqui? – sem resposta alguma, Nior fica desesperado e grita pelo pai - Pai! Pai!

A única resposta que consegue é um bilhete escrito na pedra na ilha, “Tente sair daqui, depois me procure...”. E então, voltamos ao presente, Nior já estava em sua casa aconchegado em sua cama, revirando em quanto dormia.

No dia seguinte Nior acordou de repente, com o sonho de seu pai o chamando. Lavou seu rosto e saiu para treinar mais uma vez, como sempre fazia todas as manhas.

O telefone toca e Nior volta para sua casa para atendê-lo:

- Nior, quem fala? – pergunta ao telefone.

- Olá meu filho, desistiu de vir procurar seu querido Pai? – questiona a estranha voz do outro lado do telefonema.

- Bastardo! Quem está brincando com uma coisa tão séria! Revele-se.

- Sou seu pai mesmo, filho idiota – responde o pai de Nior rindo.

- Pai? É você mesmo? Me diga onde está que irei agora vê-lo.

- Se eu disser onde estou não terá graça nossa demorada e perigosa brincadeira. Venha logo me encontrar e pare de tentar ficar mais forte, filho, treinando assim você nunca superá seu querido pai. - E acabando de falar, desliga o telefone, não deixando Nior ter uma resposta.

Imediatamente, Nior larga o telefone e começa a se arrumar, embainha sua espada, veste suas proteções, enfia mantimentos e roupas dentro de uma mala e só pega o que for necessário e vital para sua perigosa aventura. E assim os destinos começarão a se entrelaçar entre nossos heróis.