Eu olho para ele, o Serial-Killers novamente esta olhando para mim sem os óculos.Eu ergo as sobrancelhas sem entender o motivo dele ter me seguido:

―Posso ajudar?-Eu pergunto um pouco irônica e ele apesar exibe um sorriso de canto de boca-Quer que eu chame meu chefe novamente para você socar a cara dele novamente?

―Eu estou pedindo,saia fora disso antes que você também seja envolvida.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

―Ao invés de você ficar sendo tão vago,porque não diz logo que merda eu acabei de entrar? Porque o estanho disso tudo é você.

―Senhorita Fountaine, você é um pouco complicada.

―Como sabe meu nome?

―Eu sei mais de você do que eu gostaria-Ele diz se aproximando um pouco de mim-Sou Adrian Llion.

―E você bate em pessoas com muita frequência?-Eu digo dando alguns passos para trás para me virar e correr a qualquer sinal de ameaça.

―Se me pagam para isso é o que eu faço.

―Se te pagam você bate em pessoas?Ai que bela profissão.

Um pouco de saco cheio desse dia super estressante eu me viro e começo a andar. Porem Adrian me segue e andamos lado a lado:

―Onde vai?

―Pegar um táxi.

―São dez horas da noite,achar um táxi a essa hora vai ser um porre.

―Eu vou de ônibus-Digo despreocupada.

―Com essa roupa?

―E porque você esta preocupado?-Eu paro de frente e o encaro.

―Você ouviu a parte que eu bato em pessoas por dinheiro?

―Ouvi-Eu digo cruzando os braços-Queria que eu corresse e chorasse?

―Queria que você fosse um pouco curiosa e perguntasse porque eu bati no seu chefe?

―Eu prefiro não me envolver-Eu digo com uma voz esganiçada e começo a andar novamente.

―O problema é que você já esta envolvida, ou você vai fora da empresa e se livra da merda toda, ou se fode...

―Por favor Adriano...

―Adriel-Ele me corrige e para de andar e eu repito.

―Tanto faz,eu não quero saber.Você é um maluco.

―Quer uma carona?-Ele pergunta sorrindo um pouco.

―Eu não entrei no carro do Pierre, porque eu entraria no seu?

―Larga a mão de ser medrosa, você quebrou uma taça na minha testa...sabe se defender muito bem.

Suspiro e tento analisar os pós e os contras.

O cara maluco a minha frente, acaba de bater e ameaçar meu chefe com a desculpa esfarrapada que foi por dinheiro.Eu não entrei no carro do meu chefe porque eu não tinha clima nenhum para fazer isso,porem ele é mais confiável do Adriel.Mas ele tem razão,táxi agora vai ser impossível e ônibus talvez eu não chegue em casa antes da uma da manha.

―Obrigada mas não!-Pego meu celular e disco para o telefone de casa.

―Tudo bem,nos trombamos por ai-Ele diz sussurrando no meu ouvido e começa a andar. Quando olho para trás para ver onde ele esta, ele já sumiu.

Algo me arrepia a nuca, eu balanço a cabeça para afastar pensamentos,ouço a voz da minha vó na linha:

―Fountaines.

―Vó,eu preciso que você venha me buscar.Desculpe por ligar tão tarde.

―Eu vou pedir para Ryan te buscar, aproveitar que ele tá em casa.

―Ryan, o que ele esta fazendo ai?

―Esta me ajudando com o jantar das senhoras.

―E...tudo bem.Diz que eu to na rua de trás do restaurante.

―Tudo bem,ele vai com meu carro querida.Beijos!

Ela desliga o telefone, e eu ainda fico olhando o visor.Mais cedo Ryan tinha saído de casa um pouco bravo,e por que motivos ele estaria na casa da minha vó.Hoje eu sei que é o dia que normalmente a vó Eleonor faz uma festinha de massas,ela adora uma casa cheia como todo italiano.Mas o que Ryan estaria fazendo por la?

Vinte minutos depois o carro da minha avó encosta,eu abro a porta e pulo para dentro.Sinto uma pontada nas mãos e olhos para elas,um corte enorme cruza as linhas.Como é que eu não percebi isso antes. Fecho a mão e a encosto na coxa e coloco o cinto com a outra mão:

―Oi Ryan-Eu disse olhando para ele, seu rosto não demonstra emoção.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

―Oi Pandora-Sinal de perigo, ele me chamou de Pandora e não de Pan.

―O que foi?-Eu pergunto e ele apenas suspira ligando o radio-Ryan fala comigo.

―Porque estava aqui?–Sua voz esta mais grossa do que o normal.

―Eu...-E que explicação eu ia dar,dei uma pausa pesando em qual seria a consequência se eu dissesse a verdade a ele.

―Se essa demora é para inventar uma mentira...prefiro que não me diga nada-Ele me conhece bem o suficiente ate para saber quais são os motivos das minhas pausas.

Eu suspiro e olho para ele:

―Antes de te falar o que aconteceu no restaurante,você pode me dizer porque esta bicudo.

―Porque você não me ouviu.

―Eu devia ter te ouvido...-Ele me olha e eu sinto que ele amoleceu um pouco.

―Pandora, por favor.Não podemos continuar assim.

―Continuar assim como?

―Desse jeito, não te incomoda quando a gente briga?-Ele parece querer mudar de assunto, e sinto que não era isso que ele queria falar-É horrível, eu nem consegui pensar em ir para a faculdade. Voltei para a gente colocar os pingos nos is mas você não estava mais la.

―Eu devia ter ouvido você,eu sei que eu devia.

Ele para no semáforo, e tira uma das mãos do volante e pega a minha.Ele a aperta e eu arfo de dor por causa do maldito corte.Ele me olha,tentando identificar o que aconteceu de errado:

―O que foi?

―Nada-Eu minto e retiro a mão da dele.

Ele puxa a minha mão rápido de mais para que eu possa evitar,ele olha o corte raso que esta ali:

―Porra Pandora, o que aconteceu?-Ele quase grita e acelera o carro assim que o sinal fica verde.Ele acelera de mais que o carro da um tranco.

―Calma Ryan, é só um corte.

―Não é só um corte!-Ele grita novamente e eu fico um pouco assustada com a velocidade que ele esta indo.

Quando ele vira a curva sei que ele esta indo para o apartamento dele,e sei que ele esta puto pelo jeito que ele breca o carro na frente do prédio.Ele desce do carro e bate com força e em seguida abre a porta para mim:

―Ry,deixa eu explicar.

―Levanta-Ele quase ordena.

Eu obedeço para que não cause mais confusão do que antes. Ele me puxa pelo braço para a portaria.

Quando chegamos ao seu apartamento,vejo o quanto um homem solteiro pode bagunçar um comodo só.Eu venho a casa do Ryan poucas vezes, é ele quem vai á minha com mais frequência. Pela historia eu sei que o pai dele era um bêbado e a mãe sumiu quando ele tinha oito anos.

Ele fecha a porta atras de mim e corre para a cozinha,sento no sofá e espero o chilique que eu sei que ele vai da.Ele volta com a maleta de primeiro socorro e segura a minha mão na sua.Ele começa a limpar com água oxigenada,eu arqueio um pouco o corpo por causa da ardência:

―Ry-Eu chamo baixinho,ele me olha de canto de olho.

―O que aconteceu Pandora?

―Eu m machuquei quando fui defender meu chefe de um cara-Eu falo um pouco baixo e ele tem quase que encostar sua orelha na minha boca para entender-Um cara socou o rosto dele, e eu quebrei uma taça em sua testa.

―Você ficou louca?-Ele pergunta gritando novamente.