O Preço De Sua Companhia
Capitulo 8
Eu olho para ele, o Serial-Killers novamente esta olhando para mim sem os óculos.Eu ergo as sobrancelhas sem entender o motivo dele ter me seguido:
―Posso ajudar?-Eu pergunto um pouco irônica e ele apesar exibe um sorriso de canto de boca-Quer que eu chame meu chefe novamente para você socar a cara dele novamente?
―Eu estou pedindo,saia fora disso antes que você também seja envolvida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!―Ao invés de você ficar sendo tão vago,porque não diz logo que merda eu acabei de entrar? Porque o estanho disso tudo é você.
―Senhorita Fountaine, você é um pouco complicada.
―Como sabe meu nome?
―Eu sei mais de você do que eu gostaria-Ele diz se aproximando um pouco de mim-Sou Adrian Llion.
―E você bate em pessoas com muita frequência?-Eu digo dando alguns passos para trás para me virar e correr a qualquer sinal de ameaça.
―Se me pagam para isso é o que eu faço.
―Se te pagam você bate em pessoas?Ai que bela profissão.
Um pouco de saco cheio desse dia super estressante eu me viro e começo a andar. Porem Adrian me segue e andamos lado a lado:
―Onde vai?
―Pegar um táxi.
―São dez horas da noite,achar um táxi a essa hora vai ser um porre.
―Eu vou de ônibus-Digo despreocupada.
―Com essa roupa?
―E porque você esta preocupado?-Eu paro de frente e o encaro.
―Você ouviu a parte que eu bato em pessoas por dinheiro?
―Ouvi-Eu digo cruzando os braços-Queria que eu corresse e chorasse?
―Queria que você fosse um pouco curiosa e perguntasse porque eu bati no seu chefe?
―Eu prefiro não me envolver-Eu digo com uma voz esganiçada e começo a andar novamente.
―O problema é que você já esta envolvida, ou você vai fora da empresa e se livra da merda toda, ou se fode...
―Por favor Adriano...
―Adriel-Ele me corrige e para de andar e eu repito.
―Tanto faz,eu não quero saber.Você é um maluco.
―Quer uma carona?-Ele pergunta sorrindo um pouco.
―Eu não entrei no carro do Pierre, porque eu entraria no seu?
―Larga a mão de ser medrosa, você quebrou uma taça na minha testa...sabe se defender muito bem.
Suspiro e tento analisar os pós e os contras.
O cara maluco a minha frente, acaba de bater e ameaçar meu chefe com a desculpa esfarrapada que foi por dinheiro.Eu não entrei no carro do meu chefe porque eu não tinha clima nenhum para fazer isso,porem ele é mais confiável do Adriel.Mas ele tem razão,táxi agora vai ser impossível e ônibus talvez eu não chegue em casa antes da uma da manha.
―Obrigada mas não!-Pego meu celular e disco para o telefone de casa.
―Tudo bem,nos trombamos por ai-Ele diz sussurrando no meu ouvido e começa a andar. Quando olho para trás para ver onde ele esta, ele já sumiu.
Algo me arrepia a nuca, eu balanço a cabeça para afastar pensamentos,ouço a voz da minha vó na linha:
―Fountaines.
―Vó,eu preciso que você venha me buscar.Desculpe por ligar tão tarde.
―Eu vou pedir para Ryan te buscar, aproveitar que ele tá em casa.
―Ryan, o que ele esta fazendo ai?
―Esta me ajudando com o jantar das senhoras.
―E...tudo bem.Diz que eu to na rua de trás do restaurante.
―Tudo bem,ele vai com meu carro querida.Beijos!
Ela desliga o telefone, e eu ainda fico olhando o visor.Mais cedo Ryan tinha saído de casa um pouco bravo,e por que motivos ele estaria na casa da minha vó.Hoje eu sei que é o dia que normalmente a vó Eleonor faz uma festinha de massas,ela adora uma casa cheia como todo italiano.Mas o que Ryan estaria fazendo por la?
Vinte minutos depois o carro da minha avó encosta,eu abro a porta e pulo para dentro.Sinto uma pontada nas mãos e olhos para elas,um corte enorme cruza as linhas.Como é que eu não percebi isso antes. Fecho a mão e a encosto na coxa e coloco o cinto com a outra mão:
―Oi Ryan-Eu disse olhando para ele, seu rosto não demonstra emoção.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!―Oi Pandora-Sinal de perigo, ele me chamou de Pandora e não de Pan.
―O que foi?-Eu pergunto e ele apenas suspira ligando o radio-Ryan fala comigo.
―Porque estava aqui?–Sua voz esta mais grossa do que o normal.
―Eu...-E que explicação eu ia dar,dei uma pausa pesando em qual seria a consequência se eu dissesse a verdade a ele.
―Se essa demora é para inventar uma mentira...prefiro que não me diga nada-Ele me conhece bem o suficiente ate para saber quais são os motivos das minhas pausas.
Eu suspiro e olho para ele:
―Antes de te falar o que aconteceu no restaurante,você pode me dizer porque esta bicudo.
―Porque você não me ouviu.
―Eu devia ter te ouvido...-Ele me olha e eu sinto que ele amoleceu um pouco.
―Pandora, por favor.Não podemos continuar assim.
―Continuar assim como?
―Desse jeito, não te incomoda quando a gente briga?-Ele parece querer mudar de assunto, e sinto que não era isso que ele queria falar-É horrível, eu nem consegui pensar em ir para a faculdade. Voltei para a gente colocar os pingos nos is mas você não estava mais la.
―Eu devia ter ouvido você,eu sei que eu devia.
Ele para no semáforo, e tira uma das mãos do volante e pega a minha.Ele a aperta e eu arfo de dor por causa do maldito corte.Ele me olha,tentando identificar o que aconteceu de errado:
―O que foi?
―Nada-Eu minto e retiro a mão da dele.
Ele puxa a minha mão rápido de mais para que eu possa evitar,ele olha o corte raso que esta ali:
―Porra Pandora, o que aconteceu?-Ele quase grita e acelera o carro assim que o sinal fica verde.Ele acelera de mais que o carro da um tranco.
―Calma Ryan, é só um corte.
―Não é só um corte!-Ele grita novamente e eu fico um pouco assustada com a velocidade que ele esta indo.
Quando ele vira a curva sei que ele esta indo para o apartamento dele,e sei que ele esta puto pelo jeito que ele breca o carro na frente do prédio.Ele desce do carro e bate com força e em seguida abre a porta para mim:
―Ry,deixa eu explicar.
―Levanta-Ele quase ordena.
Eu obedeço para que não cause mais confusão do que antes. Ele me puxa pelo braço para a portaria.
Quando chegamos ao seu apartamento,vejo o quanto um homem solteiro pode bagunçar um comodo só.Eu venho a casa do Ryan poucas vezes, é ele quem vai á minha com mais frequência. Pela historia eu sei que o pai dele era um bêbado e a mãe sumiu quando ele tinha oito anos.
Ele fecha a porta atras de mim e corre para a cozinha,sento no sofá e espero o chilique que eu sei que ele vai da.Ele volta com a maleta de primeiro socorro e segura a minha mão na sua.Ele começa a limpar com água oxigenada,eu arqueio um pouco o corpo por causa da ardência:
―Ry-Eu chamo baixinho,ele me olha de canto de olho.
―O que aconteceu Pandora?
―Eu m machuquei quando fui defender meu chefe de um cara-Eu falo um pouco baixo e ele tem quase que encostar sua orelha na minha boca para entender-Um cara socou o rosto dele, e eu quebrei uma taça em sua testa.
―Você ficou louca?-Ele pergunta gritando novamente.
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